quinta-feira, 18 de agosto de 2011

CONTRAF-CUT DEBATE NA CAMARA DOS DEPUTADOS O FUTURO DOS CORRESPONDENTES BANCÁRIOS

A Contraf-CUT na tarde de ontem (16) referendou seu papel de defesa dos interesses, não somente dos bancários e bancárias, mas também de toda a sociedade brasileira ao participar da audiência pública  na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, convocada para discutir o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) nº 214/2011, do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que suspende as recentes resoluções do BC que amplia a atuação dos correspondentes bancários.

Em um plenário repleto de representantes de bancários de todos os Estados, Carlos Cordeiro, Presidente da Contraf-CUT,  defendeu a inclusão bancária de toda a população e exortou o Congresso Nacional a se somar aos esforços para realização de uma Conferência Nacional sobre o Sistema Financeiro, possibilitando a discussão sobre qual é o papel que os bancos devem assumir no Brasil.

Diante de deputados, representantes da Fenaban e do Banco Central, Carlos Cordeiro afirmou: "O Banco Central funciona hoje como um verdadeiro sindicato nacional dos bancos. Em vez de se preocupar com a sociedade e com o desenvolvimento econômico e social do país, age única e exclusivamente a serviço do sistema financeiro."


Exclusão, precarização e insegurança

Último a falar na audiência, o presidente da Contraf-CUT fez um histórico da evolução da legislação sobre os correspondentes bancários e rebateu as argumentações do BC e da Fenaban de que esses instrumentos desempenham importante função social ao supostamente levar atendimento bancário a regiões distantes e carentes.

"Quando foram criados, na década de 1970, a intenção era realmente essa. Mas paulatinamente o Banco Central foi alterando a sua função, atendendo os interesses dos bancos, e hoje os correspondentes podem fazer praticamente tudo o que as agências fazem. Mas é mentira que eles estão levando atendimento às populações distantes e desassistidas",
criticou Carlos Cordeiro.

"Os correspondentes estão concentrados hoje nas regiões onde está a população bancarizada, principalmente no Sudeste, funcionando ao lado ou próximo das agências, que é para onde os bancos estão empurrando a clientela de baixa renda em sua estratégia de elitização das agências", acrescentou o presidente da Contraf-CUT. "Os correspondentes estão sendo usados na verdade para segregar e excluir os mais pobres, para precarizar as relações de trabalho, reduzir custos e aumentar os lucros dos bancos, uma vez que os correspondentes fazem a mesma coisa e custam um quarto do salário do bancário."

Em vez de correspondente, posto de atendimento

Cordeiro, por fim, refutou a argumentação da Fenaban de que a aprovação do PDC 214 provocará demissões e deixará sem acesso aos serviços financeiros as populações de regiões desassistidas.

"É preciso deixar claro que nós não defendemos o fim dos correspondentes", frisou o presidente da Contraf-CUT. "O que queremos é transformar os correspondentes em postos de atendimento, em agências pioneiras, com segurança, com sigilo bancário preservado, que dêem assistência financeira a toda a população, sem discriminação de condição econômica e social, de raça ou de cor. Os bancos são o segmento que mais lucra na economia. Essa deveria ser a sua contrapartida social para ajudar o Brasil a se desenvolver", destacou.

Reclamações de clientes

Citando dados consolidados de 150 Procons, o diretor-substituto do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça revelou na audiência pública que os órgãos estão lotados de reclamações contra os correspondentes bancários. "Muitos deles se aproveitam da ignorância da população de baixa renda e negociam a quitação de uma dívida em troca de novos empréstimos para conseguir comissão", denunciou Amaury.

FONTE: Contraf-CUT, com Seeb de Brasília

COMANDO ENTREGA PAUTA ESPECÍFICA À DIREÇÃO DO BB

Ontem (17) pela manhã, o Comando Nacional dos Bancários entregou à direção do Banco do Brasil a pauta de reivindicações específicas da Campanha Nacional 2011. Entre outros itens, a Pauta Específica dos trabalhadores do BB reivindica como prioridades a extinção do voto de minerva na Previ, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas e dos descomissionamentos, novas contratações, Cassi e Previ para todos os trabalhadores dos bancos incorporados e reforço do caráter público do BB, definidos no 22º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, realizado em São Paulo, no mês de julho.

Para o Coordenador  do Comando Nacional dos Bancários e  Presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, esse crescimento da lucratividade do BB no último período é a prova de que é o momento de ampliarmos nossas conquistas em relação à última Campanha Nacional. "Se o Brasil quer avançar, temos que deixar de buscar só o desenvolvimento econômico e buscar o desenvolvimento de forma geral, em todas as áreas. Esse é o momento de levar para a sociedade o debate em relação ao papel dos bancos", defendeu Cordeiro.

Outro ponto destacado pelo Presidente da Contraf-Cut, em relação ao BB, é a questão do Assédio Moral como uma prática desumana dentro do ambiente de trabalho. "O que mais tem nos preocupado é essa forma violenta de fazer os bancários cumprirem as metas. Infelizmente o BB está mais preocupado em disputar com os bancos privados do que em ser um banco público e por isso acaba tratando os funcionários dessa forma", criticou.

"Na mesma proporção dos balanços positivos que o banco vem apresentando, queremos uma negociação que dê resultados frutíferos para o funcionalismo. Vamos discutir as questões econômicas, mas devemos principalmente melhorar as condições de trabalho com mais contratações e combater a violência organizacional e o assédio moral com respeito e valorização dos bancários", afirma Carlos Cordeiro.

Para Pedro Loss, funcionário do BB e Diretor do SindBancários, a entrega da minuta simboliza os anseios e a disposição dos trabalhadores para avançar nas conquistas. “Nossas demandas, justas e necessárias, foram entregues ao banco. Agora vamos mobilizar para coletivamente construirmos um grande movimento e conquistarmos avanços e ganhos reais para os bancários e bancárias”, afirma Loss.
 
MATÉRIA: COMANDO ENTREGA PAUTA ESPECÍFICA À DIREÇÃO DO BB
POR: Jorge Lucas (Articulação Bancária de Porto Alegre – RS)
SUBSÍDIO: Pricilla Beine - Seeb Brasilia

DIRIGENTES, DELEGADOS SINDICAIS E EMPREGADOS DA CEF DEBATEM CONDIÇÕES DE TRABALHO E CAMPANHA NACIONAL 2011

As condições de trabalho serão tema de reunião nesta quinta-feira, dia 18, a partir das 18h30, na Casa dos Bancários. Aberta a todos os interessados e aos delegados sindicais a proposta é organizar os trabalhadores para novos dias de paralisação em agências que apresentam problemas, como fraude no ponto eletrônico, falta de pessoal, assédio moral, instalações precárias e outros. Do jeito que as coisas estão, novas paralisações serão feitas para que a Caixa resolva a situação. A organização para a Campanha Nacional dos Bancários também estará na pauta. Participe!

Em junho, os empregados fecharam a agência Partenon. Além de falta de empregados, o prédio apresentava péssimo estado de conservação. Laudo da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), que foi ao local após denúncia do SindBancários, apontou a existência de fungos, mal cheiro e sujeira nos dutos da edificação. Um muro também apresentava riscos de desabamento. Há mais de um ano que está escorado com vigas.

O SindBancários informa que denúncias sobre violência organizacional, más condições de trabalho e outros problemas podem ser encaminhadas para o Tudo Tem Limite, de forma que a entidade tenha a dimensão da situação e possa agir em defesa da categoria. Além do site www.tudotemlimite.org.br, você pode encaminhar e-mail para: tudotemlimite@sindbancarios.org.br ou telefone (51) 3433-1225.

FONTE: SindBancários

DIEESE DIVULGA BALANÇO DE REAJUSTES DAS CATEGORIAS NO PRIMEIRO SEMESTRE

O DIEESE realiza hoje em São Paulo a apresentação e debate do Balanço dos Reajustes Salariais do primeiro semestre de 2011, que servirá como subsídio para as Campanhas Salariais com data base no segundo semestre, a exemplo da Campanha Nacional dos Bancários.

FONTE: DIEESE

COMANDO NACIONAL ENTREGA PAUTA ESPECÍFICA À CEF

Na tarde desta quarta-feira (17) o Comando Nacional dos Bancários entregou a pauta de reivindicações dos empregados para a campanha salarial 2011 ao diretor de Gestão de Pessoas da Caixa, Nelson Antônio de Souza. O documento é fruto de discussões realizadas pelos funcionários da CEF e aprovadas pelo 27º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (CONECEF), realizado nos dias 9 e 10 de julho, em São Paulo (SP).

Durante a entrega da Pauta, o Coordenador do Comando Nacional e Presidente da Contraf/CUT, Carlos Cordeiro, enfatizou que a minuta da Caixa é específica e complementar à pauta geral da categoria bancária. Segundo Carlos Cordeiro, a expectativa é de que o acordo específico de 2011 seja fechado em condições melhores do que o firmado no ano passado. "Queremos resolver as questões da Caixa no âmbito da mesa específica, a exemplo do que ocorreu na campanha salarial 2010. Isto, sem dúvida, será bom para ambos os lados", acrescentou Cordeiro.

A pauta específica entregue reúne temas fundamentais para a melhoria das condições de trabalho dos funcionários da CEF, dentre eles: Saúde Caixa, Jornada de Trabalho, PSI, Voto de Minerva na FUNCEF, aposentadoria, além da discussão também encaminhada para a diretoria da CEF sobre a questão dos correspondentes bancários utilizados com a finalidade de redução de custos, precarizando o Trabalho Bancário.

MATÉRIA: COMANDO NACIONAL ENTREGA PAUTA ESPECÍFICA À CEF
POR: Jorge Lucas (Articulação Bancária de Porto Alegre)
SUBSÍDIO: www.fenae.org.br

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

19º ENCONTRO NACIONAL DOS BANRISULENSES

Todos os banrisulenses estão convocados para o 19º edição do Encontro Nacional, que ocorre no sábado, dia 20 de agosto, no Hotel Embaixador, em Porto Alegre. As inscrições para o evento podem ser realizadas a partir desta quinta, dia 11, através do Sistema de Eventos Online da Fetrafi-RS, através dos sindicatos filiados à entidade ou diretamente no hotel, no dia do Encontro.

Este será um momento decisivo para elegermos nossas prioridades à Campanha Salarial de 2011 e avançarmos no debate sobre um plano de carreira que valorize o empenho e dedicação dos trabalhadores. Os debates centrarão temas como Remuneração; Participação nos Lucros e Resultados; Quadro de Carreira; Cabergs e Fundação; Saúde e Condições de Trabalho. Uma agenda de lutas será aprovada, assim como definida a minuta, a data de entrega para a direção do banco e um calendário de negociações.

O Plano de Carreira terá espaço para um relato dos trabalhos da Comissão Paritária, e apresentação dos seus parâmetros. Estão contemplados os empregos básicos, que não são comissionados. Já os comissionados terão um prazo maior de discussão.

A sua presença é fundamental para mostrarmos força e mobilização. O Banrisul sempre se caracterizou por ser vanguarda nas Campanhas Salariais, por isso vamos lutar para voltarmos a ser os protagonistas dessa luta. Participe!

Programação
9h - Abertura - Fetrafi-RS, SindBancários, Contraf, CUT e presidente do Banrisul
9h30 - Painel das perspectivas da Fundação Banrisul
10h - Conjuntura estadual e análise do balanço do primeiro semestre - Dieese-RS
11h - Debate e aprovação da pauta específica dos banrisulenses
12h30 - Almoço
13h30 - Debate Plano de Carreira
16h30 - Debate e eleição do Comando dos Banrisulenses
17h - Encerramento

Fonte: Imprensa/SindBancários com Imprensa/Fetrafi-RS

MARCHA DAS MARGARIDAS QUEBRA INVISIBILIDADE POLÍTICA DAS TRABALHADORAS RURAIS

Abertura da manifestação aconteceu nessa terça (16), no Parque da Cidade, em Brasília

 


Na solenidade de abertura da Marcha das Margaridas, ativistas e ministros exaltaram o poder de diálogo conquistado pelo movimento de mulheres do campo e da floresta a partir da mobilização social. Desde 2000, elas rumam à capital federal para protestar e cobrar o poder público a cada quatro anos. Na quarta edição, iniciada nesta terça-feira (16), a conquista de espaço junto ao poder público foi motivo de comemoração, mas as demandas por avanços no combate à desigualdade de gênero ainda são amplas.

O primeiro dos dois dias de mobilização começou com a recepção às comitivas de todas as regiões do país. A estimativa das organizadoras é de que 50 mil mulheres estejam instaladas na Cidade das Margaridas, montada no Parque da Cidade, em Brasília. Há expectativa de que seja possível alcançar a meta de 100 mil até esta quarta-feira (17), quando ocorrem as manifestações propriamente.

Os alojamentos onde estão instaladas as mulheres do campo, da floresta e da cidade têm cobertura e piso de lona. Sobre a forração de plástico é que são posicionados os colchonetes durante a noite. As filas longas são regra durante as refeições, mas reina o espírito de solidariedade.

Nesta terça, além de receber as delegações, houve a prepração para a marcha, com oficinas de formação e duas mesas de debate sobre desenvolvimento sustentável, relacionados aos sete eixos que compõem a pauta entregue ao governo na semana passada. À tarde, uma solenidade marcou o lançamento da marcha.

Visíveis
Apesar do atraso de quase duas horas, o ato foi prestigiado por ministros de Estado e parlamentares, além de Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal. Carmem Foro, coordenadora geral da Marcha das Margaridas, secretária de Meio Ambiente da CUT e secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), lembrou que muitas das mulheres deixaram suas casas há dois ou três dias, tomando barco e ônibus como meio de transporte, para chegar até Brasília.

Carmem Foro se definiu como uma "cabocla da Amazônia", citando sua origem na área rural do Pará, que integra o bioma. "Muitas mulheres aqui presentes veem de uma realidade política bem difícil. Muitas aqui eram invisíveis e, desde a primeira marcha, em 2000, conseguimos quebrar essa invisibilidade política. A quarta marcha de amanhã (quarta-feira) tem muita importância para todas as mulheres, porque é a primeira vez em que marcharemos tendo uma mulher como presidenta da República."Rosane Silva, Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT e da coordenação da marcha, ressaltou que o modelo de sociedade defendido pela marcha é um modelo em que todas as mulheres sejam livres de fato. “Nós da CUT não nos sentimos somente parceiros da marcha, mas parte dela, pois a agenda de reivindicações da marcha fazem parte da luta da CUT, com o destaque para duas: a política de valorização do salário mínimo e reforma agrária”.

Rosane ainda destacou a luta por creche pública de qualidade para trabalhadoras rurais e urbanas, atualização do índice de produtividade da terra, além da ratificação da convenção 159 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que prevê igualdade de direitos entre homens e mulheres no mercado de trabalho.

Estiveram presentes também como representantes da CUT, Vagner Freitas, Secretário de Administração e Finanças, e Jacy Afonso, Secretário de Organização.

Uma das homenageadas foi a pernambucana Elizabeth Teixeira, de 86 anos. Viúva do fundador das Ligas Camponesas João Pedro Teixeira, assassinado em 1962, ela criou sozinha 11 filhos no meio rural. A escolha foi uma forma de lembrar das mulheres ameaçadas ou assassinadas no campo. Segundo a Contag, em 10 anos, as mulheres ameaçadas de morte na região amazônica passaram de 7% para 20% dos nomes listados anualmente pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Iriny Lopes, ministra da Mulher, foi a única representante do governo a falar. Ela confirmou que, ao participar da marcha, nesta quarta-feira, a presidenta Dilma Rousseff anunciará medidas do Executivo federal para atender à pauta de reivindicações entregue na semana passada pelas lideranças da Contag.

"O Estado precisa fazer sua parte para que seja superada a desigualdade de gênero", defendeu Iriny. "Mas já adianto aqui para vocês que, com certeza, a presidenta Dilma irá fazer diversos anúncios para que sejam cumpridas as pautas que vocês apresentaram a nós nos próximos quatro anos, ainda no governo da Dilma."

O presidente da Contag, Alberto Ercílio Broch, relembrou a primeira marcha, em 2000, quando a mobilização teve como alvo o modelo neoliberal promovido pelo governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Desde então, o ato se incorporou à agenda das mulheres no país e, hoje, é considerada a maior mobilização de mulheres da América Latina. "As mulheres aqui presentes são sofridas, simples, humildes e ajudaram a viabilizar a marcha." Apesar de a lista de reivindicações das ativistas ainda ser extensa, Broch reconheceu avanços em relação à política para os agricultores familiares e para comunidades extrativistas.

 

FONTE: CUT - BRASIL

POR: Tatiana Melim


 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

AUDIÊNCIA PÚBLICA DEBATE OS RUMOS DOS CORRESPONDENTES BANCÁRIOS

O Movimento Sindical Bancário de todo o país participa hoje, a partir das 14:30hs, com transmissão em tempo real pelo site da Contraf-Cut, da audiência pública da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados, em Brasília. A audiência pública é fruto de uma série de ações engajadas pelo Contraf-Cut, Federações e Sindicatos de Bancários de todo o Brasil pela regulamentação dos serviços prestados pelos correspondentes bancários.

A principal meta nesta audiência pública é defender o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) nº 214/2011, do Dep. Federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que suspende as recentes resoluções do Banco Central, que ampliam as funções dos correspondentes bancários.

Na justificativa do projeto, apoiado por todo o Movimento Sindical Bancário, a resolução do BC invade a competência exclusiva da União para legislar sobre Direito do Trabalho, quando permite a criação de “bancários informais”, que realizam as mesmas atividades, mas sem contar com as proteções legais e os direitos da categoria – uma forma de precarização do trabalho. Uma outra preocupação abordada na justificativa é a realização, pelos correspondentes bancários, de atividades típicas de uma instituição financeira por terceiros não autorizados para realizá-las. Um outro conflito observado na defesa do projeto é a discussão judicial sobre a caracterização ou não dos empregados dos correspondentes bancários como integrantes da categoria bancária, evidenciada com a autorização dada para que os correspondentes bancários atuem nas áreas de câmbio e operações de abertura de crédito.

Antes da audiência pública, dirigentes sindicais e bancários do Distrito Federal participam de um ato público na rampa do Banco Central, a partir das 10h, para protestar contra as resoluções que atendem exclusivamente aos interesses dos bancos.

Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, estará presente à mesa da audiência pública para apresentar a posição da categoria bancária. "Vamos mostrar aos deputados e à sociedade a necessidade de barrar essas resoluções do Banco Central, que discriminam o atendimento bancário, promovem a exclusão porque expulsam os clientes de baixa renda das agências, trazem insegurança, representam risco à proteção dos dados dos clientes e significam uma séria ameaça ao futuro da categoria bancária, uma vez que permitem aos bancos substituírem agências por correspondentes a um custo infinitamente menor. Queremos emprego decente e banco para todos, sem exclusão e sem precarização”, alerta o presidente da Contraf-CUT.

Para Lúcio Paz, Diretor do SindBancários e Fetrafi-RS, e também participante dos fóruns que debatem a Segurança Bancária (CCASP), a discussão sobre a manutenção dos correspondentes bancários transcende a esfera sindical e das relações do trabalho. “Precisamos convocar a sociedade para participar deste importante debate. A população é a mais atingida com o atendimento precário e sem segurança oferecido pelos correspondentes bancários”, completa Paz.

O Diretor do SindBancários Alexandre Rieger, funcionário do BANRISUL, reafirma a importância da discussão sobre essa nova categoria de “bancários informais” com salários infinitamente menores e com direitos reduzidos em relação aos bancários. “Embora executem o mesmo trabalho que um bancário, a sua realidade é completamente diferente. A precarização do trabalho e a insegurança imposta a esses trabalhadores gera um ambiente de trabalho nefasto,”  explica Rieger.

“Precisamos aprofundar o debate sobre os correspondentes bancários. É inaceitável que os bancos públicos façam uso dos correspondentes para “empurrar” a clientela indesejável para fora das agências. Também é necessário impedir a precarização do trabalho dentro dos correspondentes bancários. O BC está prestando um “desserviço” ao povo brasileiro”, afirma Pedro Loss, funcionário do BB e Diretor do SindBancários.  

Matéria: Audiência Pública debate os rumos dos correspondentes bancários.
Por: Jorge Lucas (Articulação Bancária de Porto Alegre – RS)
Subsídio: www.contra-cut.org.br

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PIQUETE DOS BANCÁRIOS COMEMORA 10 ANOS DE EXISTÊNCIA

No ano em que comemora uma década, o Piquete dos Bancários retoma o local onde esteve de 2002 a 2009, o lote 290. O galpão começa a ser montado no dia 21 de agosto, com abertura para o fim de agosto.

Não perde tempo e organiza tua agência, a família e os amigos, que o patrão Edson da Rocha já está reservando o espaço. É só ligar para o 9806 0007 e manifestar o interesse, que a água quente, o bolicho abastecido e a churrasqueira em brasa ta garantida!

Atividades confirmadas

Este ano, acontecem os já tradicionais Torneios de Truco de duplas, no dia 10 de setembro, e de trios, no dia 11. Para participar, é só aparecer no Piquete e fazer a inscrição. No dia 9, tem a 2ª Noite da Poesia e no 17 a categoria guarda a Chama Crioula. O Coral da Apcef/RS, sem data confirmada, também vai marcar presença, assim como o Bier e suas charges. Te esperamos, vivente!

Roupas personalizadas

Quem quiser, ainda pode comprar as camisas, casacos e aventais personalizados do Piquete dos Bancários. É só ligar para o Patrão. O pagamento pode ser feito com cheque pré-datado para vinte dias.

Preços:
Casaco (Em lona) – R$ 180
Camisa Manga Longa (Várias cores) – R$ 60
Camisa Manga Curta (Polo – Várias cores) – R$ 35
Avental (Preto, azul ou vermelho) – R$ 25

Agende-se:
Dia 7 – 19h – Projeto Cultural (Carreteiro de Charque)
Dia 9 – 19h – 2ª  Noite da Poesia
Dias 10 e 11 – 14h – Torneio de Truco (Duplas e Trio) – inscrição no Piquete dos Bancários
Dia 17 – 22h15 – Guarda da Chama Crioula
Sem data definida – Apresentação do Coral da Apcef/RS

Fonte: Imprensa/SindBancários

CONTRAF-CUT ENTREGA NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA (17) A PAUTA ESPECÍFICA DO BB E CEF

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, entregará as pautas de reivindicações específicas dos trabalhadores do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para as direções dos dois bancos públicos na próxima quarta-feira, dia 17, em Brasília.

A atividade ocorrerá um dia após a audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados sobre o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) nº 214/2011, do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que susta as recentes resoluções do Banco Central que ampliaram as funções dos correspondentes bancários.

Banco do Brasil

Entre as prioridades, aprovadas durante o 22º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, estão itens como inclusão de melhorias no Plano de Cargos Comissionados e no Plano de Cargos e Remuneração, jornada de 6 horas para todos, mais contratações, fim do voto de minerva na Previ, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas e dos descomissionamentos, reversão das terceirizações, Cassi e a Previ para todos os trabalhadores dos bancos incorporados, e reforço do caráter público do BB.

Caixa

Dentre as reivindicações deliberadas no 27º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), destacam-se: recomposição do poder de compra dos salários, mais contratações, melhorias no Saúde Caixa, fim do voto de minerva na Funcef, pagamento do tíquete e cesta-alimentação aos aposentados e pensionistas, isonomia para todos os empregados, e fim da discriminação aos empregados do REG/Replan não saldado.

Fonte: Contraf-CUT

ENTREGUE À FENABAN A PAUTA DE REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS - CAMPANHA NACIONAL 2011

Na última sexta (12) o Comando Nacional dos Bancários realizou a entrega à FENABAN da Pauta de Reivindicações da Campanha Nacional 2011.

Como principais itens da Minuta de Reivindicações estão o reajuste salarial de 12,8% (aumento real de 5% mais reposição da inflação projetada em 7,5%), PLR de três salários mais R$ 4.500, piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho), emprego decente, com plano de cargos e salários para todos, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, segurança contra assaltos, garantia contra dispensas imotivadas, mais contratações, fim da rotatividade, reversão das terceirizações, igualdade de oportunidades, aposentadoria digna e banco para todos, sem precarização.

A pauta foi entregue ao novo presidente da Fenaban, Murilo Portugal, pelos integrantes do Comando Nacional dos Bancários liderados pelo Presidente da Contraf-CUT , Carlos Cordeiro, que enfatizou o momento positivo da economia Brasileira, mesmo diante da grave crise econômica na Europa e nos EUA, portanto, sendo possível concretizar os avanços solicitados na Minuta dos Bancários como forma de melhorar e qualificar a distribuição de renda no país.


Emprego decente

Uma inovação da Pauta dos Bancários 2011 é a inclusão do conceito de EMPREGO DECENTE na Convenção Coletiva Nacional da Categoria, elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e assumido pela CUT como bandeira central de luta em 2011. "O emprego decente que queremos ter dentro dos bancos envolve várias dimensões, entre elas a de garantia no emprego, remuneração digna, sem discriminações de nenhum tipo, condições de trabalho decente, fim do assédio moral e das metas abusivas - que é um problema tanto dos bancos públicos como privados -, aposentadoria decente e mais segurança nas agências", disse Carlos Cordeiro.

Sistema financeiro decente

Outra novidade na Minuta de Reivindicações está o conceito de INCLUSÃO BANCÁRIA, que é o direito de toda a população brasileira ter conta bancária e ter atendimento decente, feito em agências e postos de atendimento, com assessoria financeira, sigilo de dados e segurança.

"Dentro desse debate, queremos discutir os correspondentes bancários, que achamos que é um instrumento para segregar e excluir os mais pobres e precarizar as relações de trabalho. Se o Brasil quer ser grande, precisa ter um sistema financeiro diferente, com as pessoas em primeiro lugar", analisa Cordeiro.

Para o Diretor do SindBancários e da Contraf-CUT, Paulo Stekel, a minuta reune um conjunto de grandes avanços para a categoria. "A pauta de reivindicações é fruto do debate realizado pelas Bancárias e Bancários de todo o Brasil, através dos Encontros Estaduais e Encontros dos Bancos Públicos,  discutidos e reafirmados na Conferência Nacional. É possível com muita unidade e mobilização atingirmos sim a conquista das reivindicações propostas na Minuta", afirma Stekel.

Lúcio Paz, Diretor do SindBancários e da Fetrafi-RS, acredita em uma grande Campanha Nacional dos bancários em todo o país. "A minuta define uma série de conquistas importantíssimas para o conjunto dos bancários e bancárias de todo o Brasil. A mobilização e a união da categoria será o ponto forte da luta para avançarmos nesta Campanha Nacional 2011", comenta Paz.

O Diretor recém-eleito do SindBancários Alexandre Rieger, funcionário do Banrisul, vislumbra uma grande mobilização e unidade dos bancários na Campanha Nacional em pauta. "Estamos dispostos a realizar uma grande Campanha Nacional. A minuta elaborada pelo conjunto dos bancários contempla as reivindicações discutidas nos fóruns da categoria - elaborada de forma democrática, responsável e consciente do momento econômico, que aponta para a possibilidade de atingirmos as conquistas propostas", salienta Rieger.

Pedro Loss, Diretor do SindBancários, funcionário do Banco do Brasil, entende que é possível avançar nas conquistas se efetivamente construirmos a unidade dos bancários durante a Campanha Nacional. "Nós Bancários temos todas as condições de sairmos desta Campanha Nacional 2011 vitoriosos. Podemos avançar na Pauta de reivindicações com muita mobilização dos bancários e unidade de toda a categoria", afirma Loss.

Principais reivindicações

Reajuste Salarial
12,8% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 7,5%)

PLR - Participação nos Lucros e Resultados
Três salários mais R$ 4.500

Pisos
Portaria - R$ 1.608,26
Escritório - R$ 2.297,51
Caixa - R$ 3.101,64
1º Comissionado - R$ 3.905,77
1º Gerente - R$ 5.169,40
Vales Alimentação e Refeição e auxílio-creche/babá
Salário Mínimo Nacional - R$ 545

PCCS - Plano de Cargos, Carreiras e Salários
Para todos os bancários

Auxílio-educação
Pagamento para graduação e pós

Emprego
Ampliação das contratações
Fim da rotatividade
Combate às terceirizações
Garantia contra dispensas imotivadas (Convenção 158 da OIT)
Banco para todos, sem precarização

Outras prioridades
Cumprimento da jornada de 6 horas
Fim das metas abusivas
Combate ao assédio moral e à violência organizacional
Segurança contra assaltos e adicional de 30% de risco de morte
Previdência complementar para todos os trabalhadores
Contratação da remuneração total
Igualdade de Oportunidades

Fonte: CONTRAF-CUT
Por: Jorge Lucas (subsídio http://www.contraf-cut.org.br/)