segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

02/12/2012

Conferência da UNI Américas Finanças elege Carlos Cordeiro para presidência

 
Crédito: Almir Aguiar
Almir Aguiar Evento, iniciado no sábado, ocorreu em Montevidéu

A 3ª Conferência da UNI Américas Finanças, encerrada neste domingo 2 em Montevidéu, aprovou um plano de ação para o período 2013-2016, com o objetivo de fortalecer a organização dos trabalhadores do setor financeiro nas Américas e no Caribe, e elegeu a nova diretoria, que pela segunda vez será presidida por Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Participaram da Conferência 61 delegados de 13 países do continente americano e do Caribe. A UNI América Finanças é o braço regional da UNI- Sindicato Global, que representa 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços em todo o mundo.

Veja aqui como foi o primeiro dia da Conferência.

"Quero agradecer o apoio e o carinho que recebi na gestão que encerra o mandato e que certamente terei no enfrentamento dos desafios futuros. Ninguém nasce dirigente sindical. Torna-se por uma opção de vida e por pertencer a uma classe, e é para ela que temos de trabalhar. Tenho muito orgulho de ser dirigente da minha confederação e da UNI Américas Finanças", afirmou Carlos Cordeiro ao final da votação, que foi por aclamação.

"Graças à ação coletiva de vocês, no último período a UNI Américas Finanças deu um salto importante. E vocês me fizeram uma pessoa melhor. Temos imensos desafios, entre eles ampliar e fortalecer as redes sindicais, que insisto em dizer que são o coração da UNI, melhorar a comunicação, fortalecer a solidariedade como um valor e estreitar a unidade entre nossas entidades sindicais", concluiu Cordeiro.

A primeira vice-presidência da UNI Américas Finanças ficará com o argentino Sergio Palazzo e a segunda vice-presidência com Trevor Johnson, de Trinidad e Tobago. Também integram a nova direção da entidade o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Mario Raia; a presidenta e a secretária de Finanças do Sindicato de São Paulo, respectivamente Juvandia Moreira e Rita Berlofa; e o presidente do Sindicato do Rio de Janeiro, Almir Aguiar.

Plano de ação

O plano de ação aprovado pela 3ª Conferência estabelece o compromisso da UNI América Finanças de reforçar "sua condição de Sindicato Global, conectado com as necessidades dos trabalhadores, em defesa dos direitos adquiridos, nacionais e internacionais, e com o compromisso de lutar pela ampliação dos direitos".

A UNI Américas Finanças assume ainda no plano de ação, subdividido pelos temaa Política Sindical, Organização, Negociação Coletiva e Cumprimento de Acordos e Instrumentos de Direitos Fundamentais, o compromisso de defender "de maneira intransigente os direitos fundamemtais do trabalho como parte indissolúvel dos direitos humanos e lutará pelo trabalho decente".

Veja abaixo resumo dos objetivos do plano de ação por temas.

1. Plano de Ação de Política Sindical

A UNI Américas Finanças fomentará nos países das Américas ações para estabelecer e fortalecer organizações sindicais indepemdemtes, autônomas, democráticas e éticas que lutam pela democracia política, social e econômica e que de maneira permanente defendam os conceitos do internacionalismo dos trabalhadores.

A UNI Américas Finanças incentivará e promoverá nas Américas a unidade de todas as organizações sindicais, recconhecendo-a como a forma de luta mais efetiva para alcançar os objetivos da classe trabalhadora. A unidade da classe trabalhadora é um dos pilares sobre o qual se sustenta a luta da entidade em defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores e trabalhadoras das Américas e do Caribe, de seus esforços para desfrutar de sociedades sustentadas em uma democracia política, social e econômica e em defesa do pleno respeito aos direitos humanos.

2. Plano de Ação de Organização

A UNI Américas Finanças tem como objetivo estabelecer programas e realizar campanhas articuladas na defesa e promoção dos direitos, das conquistas e do bem-estar dos trabalhadores e suas famílias, especialmemte frente às intenções de introduzir novos modos de desenvolvimento e novas práticas comerciais que ignoram as repercussões sociais e humanas das inovações tecnológicas.

A entidade se compromete a atuar como sindicato continental, como instrumento articulador, propositor, coordenador e organizador das entidades filiadas, criando um corpo sindical para atuação conjunta.

3. Plano de Ação de Negociação Coletiva

A negociação coletiva é um direito previsto nas Normas Internacionais do Trabalho básicas e deverá ser exercido com toda a determinação pelas entidades sindicais filiadas, com a participação de suas bases sindicais organizadas, e por UNI Américas Finanças. A falta de disposição por parte das empresas multinacionais em reconhecer o direito a Negociação Coletiva deve ser rechaçada como ato antissindical e denunciada internacionalmente em todos os fóruns constituídos para a defesa dos direitos dos trabalhadores.

4. Plano de Ação de Cumprimento de Acordos
e Instrumentos de Direitos Fundamentais


A UNI Américas Finanças e suas organizações filiadas realizarão ações pela vigência, cumprimento e aplicação das Normas Internacionais do Trabalho básicas e a legislação trabalhista de cada país, especialmente as que se referem à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva, à erradicação do trabalho infantil, à proibição do trabalho forçado e a não-discriminação no emprego, em todos seus âmbitos.

A entidade defende ainda um sistema integral, indivisível, interdependente de direitos humanos, tendo o direito à vida como eixo principal, que reconheça a superioridade dos direitos sociais e culturais. E afirma que a liberdade de organização é fundamental para garantir a real e efetiva vigência de todos os direitos.

Conferência da UNI Américas mulheres

Neste domingo 2 e segunda-feira 3, também está sendo realizada em Montevidéu a Conferência da UNI Américas Mulheres, com a participação das diretoras da Contraf-CUT Deise Recoaro (Mulheres), Andréa Vasconcelos (Políticas Sociais) e Fabiana Uehara Proscholdt. Participam ainda dirigentes sindicais bancárias de diversas entidades filiadas à Contraf-CUT.

De 5 a 7 de dezembro, ainda na capital uruguaia, será a vez da Conferência Regional UNI Américas, que reunirá, além de bancários, dirigentes das entidades sindicais de trabalhadores dos outros setores de serviços filiados à UNI em todo o continente americano e no Caribe.

Por fim, haverá a Conferênciada UNI Américas Jovens, días 7 e 8, também em Montevidéu.


Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

27/11/2012

Projeto-piloto de segurança bancária avança, mas continua incompleto

 
Crédito: Jailton Garcia/Contraf-CUT
Jailton Garcia/Contraf-CUT  


















Grupo de trabalho discutiu medidas que serão testadas em Pernambuco

O projeto-piloto de segurança bancária avançou durante a reunião do grupo de trabalho, integrado por dirigentes da Contraf-CUT, federações e sindicatos e por representantes dos bancos, realizada na manhã desta terça-feira (27), na sede da Fenaban, em São Paulo.

Os bancos concordaram em incluir novos procedimentos, como guarda-volumes no autoatendimento das agências, câmaras internas nos postos de atendimento bancário (PABs) e local específico para estacionamento de carro-forte para abastecimento das unidades. Eles também propuseram a formação de um grupo bipartite, com reuniões trimestrais, para acompanhar a evolução do projeto-piloto, cujo prazo de duração não será menor que um ano.

A Fenaban anunciou a extensão do projeto-piloto para as cidades de Olinda e Jaboatão dos Guararapes, conforme fora indicado nas negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2012.

Na negociação ocorrida no último dia 7 com o Comando Nacional dos Bancários, os bancos haviam apontado somente Recife. Além disso, eles propuseram a instalação de portas de segurança com detectores de metais depois do autoatendimento, biombos em frente aos caixas e câmeras internas e externas nas agências.

Outra medida anunciada foi a redução das tarifas de transferência (DOC e TED) nos caixas para o mesmo valor cobrado via internet, bem como a diminuição do limite do TED, passando agora de R$ 3 mil para R$ 2 mil e a partir de março de 2013 para R$ 1 mil.

Avaliação

"A proposta de projeto-piloto da Fenaban caminhou mais um pouco, mas é preciso que haja mais avanços. É preciso experimentar mais equipamentos e medidas que bancários e vigilantes têm defendido nos últimos anos para prevenir assaltos e sequestros", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Os lucros gigantescos dos bancos permitem ampliar os investimentos em segurança e proteger a vida de trabalhadores e clientes", destaca.

Os bancários chamaram a atenção para a existência de lacunas na proposta da Fenaban. "Precisamos reforçar a segurança das fachadas externas, mediante a blindagem. Banco não é butique. Os vidros das agências são muito frágeis. Também é preciso incluir medidas contra sequestros, como o fim da guarda das chaves por bancários e a abertura e fechamento das unidades por empresas especializadas em segurança, como alguns bancos já estão fazendo", salienta Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional.

"A porta de segurança precisa ser instalada antes do autoatendimento nas agências. Nesse espaço ocorre hoje a maioria das operações. Os bancários e o vigilante que ali trabalham, os clientes e os usuários não podem continuar desprotegidos", afirma Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Ela defende também a colocação da porta de segurança nos postos de atendimento.

O horário estendido de alguns bancos também preocupa os bancários. "As agências que estão permanecendo abertas até as 20h ficaram mais vulneráveis, aumentando o risco para trabalhadores e clientes", enfatiza Jaqueline Melo, presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco. Ela reitera também a importância da isenção das tarifas da TED e DOC para combater o crime da "saidinha de banco".

Propostas dos bancários

Os bancários reafirmaram a necessidade de que os bancos incluam no projeto-piloto o conjunto de reivindicações, elaboradas pelo Comando e pelo Coletivo Nacional de Segurança Bancária e apresentadas na negociação.

Os bancos alegaram dificuldades. Além das medidas anunciadas, eles ficaram de avaliar a instalação de divisórias entre os caixas eletrônicos no autoatendimento. Trata-se de uma medida que visa garantir a privacidade dos clientes.

Veja as propostas dos bancários:

- implantação do projeto-piloto em agências e postos de atendimento bancário;
- porta de segurança com detector de metais antes do autoatendimento;
- câmeras internas e externas com monitoramento em tempo real fora do local controlado;
- vidros blindados nas fachadas externas;
- biombos opacos entre a fila e a bateria de caixas;
- divisórias opacas entre os caixas, inclusive os eletrônicos no autoatendimento;
- mais funcionários nos caixas para reduzir as filas e evitar a ação de olheiros;
- isenção das tarifas de transferência de recursos (DOC, TED);
- fim da guarda das chaves pelos bancários para evitar sequestros;
- abertura e fechamento das agências e postos por empresas de segurança para combater sequestros;
- presença de vigilantes em toda jornada de trabalho dos bancários;
- guarda-volumes antes da porta de segurança para evitar constrangimento de clientes;
- abastecimento dos caixas eletrônicos no autoatendimento na parte traseira e em local fechado;
- escudo com assento para vigilantes nas agências e postos de atendimento;
- local específico para estacionamento do carro-forte para abastecimento das unidades.

"Queremos ainda que a Fenaban abra uma agenda com a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) para discutir as propostas que envolvem essa categoria, como a colocação de escudo com assento para os vigilantes nas agências e postos de atendimento", conclui Cordeiro.

Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

21/11/2012

CCJC da Câmara discute nesta quinta projeto que regulamenta terceirização

 
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), realiza nesta quinta-feira (22), às 10h, audiência pública sobre o Projeto de Lei (PL) nº 4330, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) que, inicialmente, foi apresentado como uma proposta de regulamentação da terceirização, mas, na verdade, amplia essa forma de contratação que vem aumentando a precarização do trabalho no Brasil.

Clique aqui para ver a íntegra do PL 4330.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, é um dos convidados. Ele vai reafirmar as premissas construídas em conjunto com as demais centrais sindicais para a regulamentação da terceirização no Brasil, como a isonomia de tratamento e salarial, proibição da terceirização nas atividades-fim, responsabilidade solidária entre tomadores e prestadores de serviços, acesso às informações de negociação prévia e punição às empresas infratoras.

O PL, relatado e modificado pelo deputado federal Roberto Santiago (PSD-SP), cuja mudança foi aprovada na Comissão Especial sobre o assunto no dia 23 de novembro de 2011, libera a terceirização para as atividades-fim das empresas. Atualmente, só podem ser terceirizadas atividades-meio, como porteiros, vigilantes, pessoal de limpeza etc.

Além disso, o PL não estabelece nenhum tipo de isonomia salarial e de direitos, o que deve provocar a substituição na contratação de trabalhadores diretos por empresas terceirizadas. O enquadramento sindical também se mantém diferenciado, dividindo os trabalhadores.

"A nova versão piorou, e muito, o projeto de lei inicial. Representa um ataque aos direitos conquistados dos trabalhadores", avalia o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, que participará da audiência.

"Além de precarizar os direitos dos trabalhadores, a terceirização tem enorme impacto social, uma vez que reduz salários e o terceirizado é discriminado em todos os espaços da empresa e na sociedade. É um golpe contra o emprego decente, contra a CLT e contra a organização dos trabalhadores", afirma Miguel.

"Promover o empobrecimento da classe trabalhadora é promover o empobrecimento do país. Menos ainda se justifica na atual conjuntura econômica, onde o Brasil vem apresentando crescimento econômico e é hoje a sexta maior economia do mundo, mas está entre os 12 países com pior distribuição de renda", aponta o diretor da Contraf-CUT.

A proposta, que já passou pela Comissão do Trabalho, está agora em tramitação na CCJC. A votação na comissão encerra o debate na Casa. "O que aumenta a importância da audiência pública", salienta Miguel.


Fonte: Contraf-CUT
21/11/2012

Emprego e condições de trabalho em negociação com Santander nesta quinta

 
A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta quinta-feira (22), o Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) do Santander. Trata-se de espaço de negociação permanente que está previsto na cláusula 31ª do acordo coletivo aditivo assinado entre as entidades sindicais e o banco espanhol. A reunião ocorre das 14h às 17h, no prédio do Banesprev, no centro de São Paulo.

A pauta de reivindicações dos funcionários que será negociada com o banco foi encaminhada na última sexta-feira (16), tendo sido elaborada a partir das sugestões enviadas por federações e sindicatos. Também foram incluídas pendências de reuniões anteriores.

Clique aqui para ler a íntegra da pauta.

Emprego

Uma das questões pautadas é o emprego. No primeiro trimestre de 2012, o quadro de pessoal era de 55.053 funcionários, sendo reduzido para 54.918 no segundo trimestre, o que representou um corte de 135 vagas. No terceiro trimestre, o número de trabalhadores subiu para 55.120, significando a criação de 202 vagas.

"Essa pequena geração de empregos é insuficiente diante da abertura de 90 agências nos últimos 12 meses e da carência de funcionários nas unidades", salienta Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT.

A representação sindical reivindica novas contratações e fim da rotatividade, visando gerar mais empregos, melhorar as condições de trabalho, garantir qualidade de atendimento para os clientes e a população e contribuir com o desenvolvimento do país.

Condições de trabalho

Além do emprego, os bancários cobram outras medidas para melhorar as condições de trabalho. "Queremos o fim das metas individuais, o fim das metas para os caixas, o fim das reuniões diárias para cobrança de metas, a proibição de abertura e prospecção de conta universitária fora da jornada e do local de trabalho, o fim do desvio de funções nas agências, envolvendo caixas, coordenadores e gerentes de atendimento e de negócios, e a proibição de cobrança de metas para estagiários e menores aprendizes", afirma Maria Rosani, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Outras demandas

As entidades sindicais também pautaram a criação de um plano de cargos e salários (PCS), conforme proposta apresentada na Campanha Nacional dos Bancários 2012 para a Fenaban, que remeteu o debate para negociação banco a banco.

Também será cobrada a redução das taxas de juros e a isenção das tarifas para funcionários e aposentados do banco.

Outra reivindicação é a concessão de folga no dia de aniversário para todos os funcionários do Banco, conforme já tem sido praticado em vários locais de trabalho.

Reunião da COE do Santander

Antes do CRT, a Contraf-CUT realiza, às 9h30, uma reunião da COE do Santander, na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, para preparar os debates com o banco.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

terça-feira, 20 de novembro de 2012



ARTBAN REUNE BANCÁRIOS PARA CONFRATERNIZAR O ANO DE 2012 E PREPARAR OS DESAFIOS PARA 2013      

A Articulação Bancária reuniu no último dia 13, no Salão de Festas do SindBancários, mais de uma centena de bancários e bancárias, de bancos públicos e privados, nacionais, regionais e internacionais, para confraternizar mais um ano que se encerra, celebrar o sucesso de 2012 e preparar os desafios para 2013.

O evento contou com a presença do presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, que parabenizou os bancários pelo protagonismo da categoria nos avanços de suas campanhas salariais e por conquistarem, ano após ano, direitos sociais importantes para a dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras.  

Claudir e Lúcio Mauro na abertura
Claudir lembrou da pauta dos trabalhadores empreendida pela CUT e convocou os presentes para continuar fazendo a diferença não apenas no âmbito categorial, mas também nas transformações sociais e globais, citando o Fórum Social por uma Palestina Livre. 

Na sequência, os dirigentes da ArtBan fizeram um resgate das últimas Campanhas Salariais e enalteceram a unidade e a organização dos bancários nos processos negociais e nas pautas permanentes. Além disso, lembraram dos 20 anos da Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários que é modelo para todos os trabalhadores no país e no mundo. Os dirigentes também fizeram um chamamento à unidade e à articulação das proposições para a categoria avançar ainda mais em sua organização em 2013 e 2014. 

Elza, Claudir, Welf e Celsinho dialogando
Além do atual presidente da CUT RS, o evento também contou com a presença de outras lideranças da Articulação. Celso Woycieckowski, o “Celsinho da CUT”, trouxe o seu fraterno abraço aos bancários.


Flávio Pastoriz e Milton Mottini
O ex-presidente do SindBancários, Milton Mottini, figura histórica do movimento sindical bancário compartilhou suas experiências e ensinamentos com a vanguarda da ArtBan.


Lúcio Mauro e Carlos Rocha
     

O diretor da Federação dos Bancários (FETRAFI-RS), Carlos Augusto Rocha, não poderia faltar ao evento. Rocha celebrou junto com os bancários compartilhando suas ações na federação, uma instância estratégica na organização da categoria.

Bancários e bancárias confraternizando
Bancários e bancárias confraternizando

 Enquanto o plenário confraternizava, um delicioso churrasco estava sendo preparado com todo o requinte que o momento exigia.


















Chef Lucas, baita assador


O evento contou com o expertise de um “baita” assador, o Chef Lucas. À partir daí foram só elogios!!!









Na sequência do jantar, a ArtBan inovou; já no clima natalino, organizou um conjunto de brincadeiras e sorteios.







  
A proposta tinha como pano de fundo um conjunto de reflexões sobre o cotidiano da categoria bancária, suas dificuldades e como de forma unificada e organizada se é possível vencer, conquistar e avançar!!!


Jairo, Claudir, Pastoriz, Geovana, Lúcio e Orlando
 


17/11/2012

Contraf-CUT celebra consciência negra e reforça luta por igualdade racial

 
Bancários combatem racismo e discriminações e defendem igualdade

A Contraf-CUT celebra o mês da consciência negra e, junto com a CUT, reforça a luta por igualdade racial no trabalho e na vida. A entidade chama federações e sindicatos a organizar e integrar atividades de mobilização que visem combater o racismo, denunciar qualquer discriminação racial, promover ações afirmativas e fortalecer a luta por igualdade de oportunidades nos bancos e na sociedade.


Para tanto, a Contraf-CUT divulga uma publicação especial para o mês da consciência negra, denunciando a exclusão das pessoas negras no sistema financeiro, alertando que as mulheres são duplamente discriminadas e apontando o descompasso entre os lucros e a responsabilidade social dos bancos.


Clique
aqui para ler o jornal especial da Contraf-CUT.

"Percebe-se o desafio e a urgência de traçar estratégias específicas para combater o racismo estrutural, principalmente por meio de ações afirmativas que possam contrabalançar os efeitos históricos dessas discriminações. Situação que comprova o quão violento e perverso é atual realidade da população negra em nosso país", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.


"As instituições financeiras mantêm os mecanismos de exclusão que perpetuam o passado no presente e, portanto, cooperam com as desigualdades sociais e com o racismo no Brasil", destaca Andrea Vasconcelos, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.


Bancos excluem pessoas negras


Há mais de uma década, os trabalhadores têm denunciado a existência de discriminação contra a população negra nos bancos. Por isso, neste mês da consciência negra, a Contraf-CUT não tem muito a comemorar, uma vez que o quadro segue inalterado e as pessoas negras continuam sendo minoria no sistema financeiro e no mercado formal de trabalho do país.


Os números mostram que, apesar do Brasil ser a segunda maior população afrodescendente do mundo, ficando atrás apenas da Nigéria, não é verificado um mesmo patamar de respeito à diversidade e à herança cultural que devem fazer parte de uma sociedade democrática. E quando tomamos como referência a América Latina e o Caribe constatamos a presença estimada de 150 a 200 milhões de pessoas afrodescendentes. Ou seja, é a maior população do mundo.


Porém, em pleno século XXI, o mercado de trabalho ainda pratica ao menos três tipos de discriminações contra os negros e as negras: a ocupacional, a salarial e a pela imagem.


Portanto, o modelo predominante de exclusão e marginalização institucionalizadas nas instituições financeiras demonstra na prática a falta de responsabilidade social dos bancos e evidencia também a não valorização de um capital humano multicultural e multirracial riquíssimo presente numa sociedade plural e diversa como a brasileira.


Mulheres negras são duplamente discriminadas


Pesquisas confirmam que a inserção da mulher negra no mercado de trabalho é caracterizada por ingresso precoce e tem como porta de entrada o trabalho doméstico, onde 75% não têm carteira assinada. "É uma condição de extrema desvantagem em relação às demais mulheres brancas e aos homens, brancos e negros", salienta Deise Recoaro, secretária de Mulheres da Contraf-CUT.


As mulheres negras trabalham em situações mais precárias, têm menos anos de estudo, menos possibilidades de carreira, têm os rendimentos mais baixos e as mais altas taxas de desemprego. São as últimas a serem contratadas e as primeiras a serem demitidas. Situação que comprova a dura realidade da mulher negra no Brasil.


Pesquisa elaborada pelo Instituto Ethos, em 2010, mostra que a presença de mulheres negras nos cargos de comando das empresas é quase nula: apenas 0,5% está no executivo, 2% na gerência, 5% na supervisão e 9% no quadro funcional.


O descompasso dos lucros e a responsabilidade social dos bancos


Em 2011, os cinco maiores bancos do país - Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal - alcançaram juntos a cifra de R$ 51 bilhões de lucro líquido.


Apesar desse valor astronômico, os lucros não se refletem em mais empregos, mais inclusão e mais responsabilidade social. Ao contrário, os bancos demitem, praticam a rotatividade - despedem pessoas com mais tempo de casa com salários maiores e contratam (não na mesma proporção) com salários menores.


Os bancos devem implantar programas de inclusão


Conforme demonstram pesquisas, os programas de valorização da diversidade influenciam fortemente o bom desempenho financeiro das empresas. Isso porque reforça vínculos e cria um clima positivo no ambiente de trabalho.


Porém, o que é verificado na maioria dos bancos, principalmente nos privados, é que não há implantação de políticas de diversidade. Pelo contrário, as empresas segregam e excluem de seus quadros pessoas negras. "Para piorar ainda mais, as instituições financeiras não divulgam planos de ascensão na carreira, o que caracteriza o não reconhecimento do potencial, da criatividade, do talento e do empenho dos trabalhadores e das trabalhadoras. Enfim, comete preconceito e discriminação velada e indireta", conclui Andrea.



Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

15/10/2012

Convenção Coletiva dos Bancários, uma conquista histórica, completa 20 anos

 
A vitoriosa Campanha Nacional de 2012, que pelo nono ano consecutivo conquistou aumento real de salário, melhorias na PLR e em outras cláusulas econômicas e sociais, celebra uma data histórica: os 20 anos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos Bancários.

Assinada pela primeira vez em 1992, a CCT garante aos bancários os mesmos salários e os mesmos direitos em todo o território nacional e em todos os bancos, públicos e privados.

"Essa é uma conquista histórica e única no Brasil, uma construção de muitas e muitas gerações de bancários. Fruto da ousadia, da coragem da categoria para a luta, da sua capacidade de organização e da busca permanente da unidade nacional, a Convenção Coletiva é hoje um paradigma para as demais categorias de trabalhadores do país", comemora Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

"Assinar a convenção coletiva em 1992, embora naquele momento só para bancos privados e estaduais, foi de extrema importância para nossa luta e sobretudo para nossa unidade. Se antigamente havia os acordos coletivos por Estado, no momento em que conseguimos unificar a categoria numa única convenção, isso abriu um novo caminho para as conquistas futuras que tivemos nos últimos períodos", conta Carlos Cordeiro.

Com essa unidade nacional e capacidade de mobilização, por exemplo, nos últimos nove anos os bancários conquistaram com paralisações massivas 16,22% de aumento salarial acima da inflação, além de ganho real de 35,57% no piso e melhorias sucessivas na PLR.

"Além das conquistas econômicas, obtivemos com unidade e luta importantes avanços nas cláusulas sobre saúde, condições de trabalho, combate ao assédio moral, segurança bancária e igualdade de oportunidades", acrescenta o presidente da Contraf-CUT.

Leia aqui caderno especial da Contraf-CUT, em pdf, sobre os 20 anos da Convenção Coletiva dos bancários.

E veja abaixo as principais conquistas dos bancários nos últimos 20 anos:

1992 - Assinatura da primeira Convenção Coletiva de Trabalho, válida para todo o país.

1994 - Conquista do Vale-alimentação.

1995 - Bancários são a primeira categoria a conquistar a Participação nos Lucros e Resultados. Veja no final do texto a evolução da PLR desde então.

1997 - Complementação salarial para afastados por doença ou acidentes e conquista da verba de requalificação profissional na demissão. Criada a comissão permanente de saúde.

1998 - Implementação do Programa de Prevenção, Tratamento e Readaptação de LER/DORT.

2000 - Inclusão na CCT da cláusula sobre Igualdade de Oportunidades.

2003 - Primeira campanha salarial unificada. Com greve, bancários dos bancos públicos conquistam a mesma PLR dos bancos privados.

2004 - Conquista, com greve, de aumento real de 1,7% no salário e de 5,7% sobre o piso.

2005 - Após greve vitoriosa, o BB assina pela primeira vez a CCT da categoria. Bancários conquistam 0,9% de ganho real no salário. Empregados da Caixa conquistam equiparação do valor da cesta-alimentação da Fenaban.

2006 - Conquista do valor adicional de PLR e de 0,6% de aumento real.
- Pela primeira vez, a Caixa assina a Convenção Coletiva de Trabalho.
- Implantação de grupo de trabalho para debater assédio moral.

2007 - Conquista da 13ª cesta-alimentação e de 1,1% de ganho real.

2009 - Licença-maternidade de 180 dias.
- Aumento real de 1,5%.
- Mudança no modelo de cálculo e melhorias da PLR adicional.
- Inclusão dos parceiros de mesmo sexo nos Planos de Saúde.
- Avanços na igualdade de oportunidades. 1
- 15 mil contratações no BB e na Caixa.
- Programa de reabilitação profissional.
- Criação de mecanismos de combate ao assédio moral.

2010 - Inclusão na CCT, pela primeira vez, de cláusula com mecanismo de combate ao assédio moral. Ganho real de 3,1% no salário e de 11,6% no piso.

2011 - Aumento real de 1,5% no salário e de 4,3% no piso.
- Fim de divulgação de rankings individuais de produtividade.
- Avanços no combate ao assédio moral e no PCMSO.
- Aviso prévio proporcional.
- Cinco mil novas contratações na Caixa.
- Proibição do transporte de numerário por bancários.
- Avanço na igualdade de oportunidades.
- Vitória política sobre a "ameaça da inflação" com o aumento real de salário.

2012 - Ganho real de 2% no salário e de 2,95% no piso, no auxílio-refeição, na cesta-alimentação e na 13ª cesta-alimentação.
- Cláusula garantindo os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica.
- Implementação de projeto-piloto para experimentar medidas defendidas pelos bancários e vigilantes para a melhoria da segurança nos bancos.
- Realizar novo censo na categoria para verificar questões como gênero e raça, na perspectiva da igualdade de oportunidades.

Confira aqui como foi a evolução da PLR dos bancários.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

10/09/2012

Assembleias dos bancários decidem nesta quarta greve a partir do dia 18

 
Por orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, os sindicatos realizarão assembleias em todo o país nesta quarta-feira 12 para aprovar a deflagração da greve por tempo indeterminado a partir do dia 18, diante do impasse nas negociações com a Fenaban. Novas assembleias serão realizadas no dia 17, para organizar a paralisação nacional.

O Comando Nacional considerou insuficiente a proposta dos bancos apresentada no dia 28 de agosto, de 6% de reajuste sobre todas as verbas salariais, o que significa aumento real de 0,58%. Em nova rodada de negociação realizada no dia 4 de setembro, a Fenaban frustrou a expectativa dos bancários e não apresentou nenhuma nova proposta, forçando o Comando a orientar os sindicatos pelo encaminhamento da greve.


Veja
aqui como foi a rodada de negociação e a decisão do Comando.

A Contraf-CUT enviou carta à Fenaban na quarta-feira 5 de setembro para informar sobre o calendário de mobilização aprovado pelo Comando e reafirmar que os sucessivos resultados positivos dos bancos permitem atender às demandas dos bancários.


"Somente os cinco maiores bancos tiveram R$ 50,7 bilhões de lucro líquido em 2011, com uma rentabilidade de 21,2%, a maior do mundo. No primeiro semestre deste ano, as mesmas instituições apresentaram lucro líquido de R$ 24,6 bilhões, maior que em igual período do ano passado, mesmo com o provisionamento astronômico de R$ 37,34 bilhões para pagamento de devedores duvidosos, incompatível com a situação real de inadimplência", afirma ainda o texto, assinado por Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.


Comando aguarda nova proposta até o dia 17


A Confederação conclui a carta ponderando que, "como sempre acreditamos no diálogo e apostamos no processo de negociações, aguardamos manifestação dessa Federação com uma nova proposta até o dia 17 de setembro, para que possamos submetê-la à apreciação das assembleias".


Clique
aqui para ler a carta enviada à Fenaban.

A Contraf-CUT acredita que, embora esteja disposta a encontrar uma solução na mesa de negociação, a categoria só alcançará avanços com um amplo processo de mobilização nacional. "Foi assim, com greves cada ano mais fortes, que os bancários conquistaram aumentos reais de salário e outros importantes avanços nos últimos oito anos. Temos que nos preparar", convoca Carlos Cordeiro.


As principais reivindicações dos bancários


● Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%).

● Piso salarial de R$ 2.416,38.
● PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
● Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
● Elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.
● Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade.
● Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
● Mais segurança
● Igualdade de oportunidades.


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

04/09/2012

Fenaban frustra bancários e Comando indica greve nacional a partir do dia 18

 
Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT

Jailton Garcia - Contraf-CUT Rodada de negociação desta terça-feira durou menos de meia hora

Os bancos mais uma vez frustraram as expectativas da categoria e não apresentaram nenhuma nova proposta na rodada de negociação realizada com o Comando Nacional dos Bancários nesta terça-feira 4, em São Paulo. Diante do impasse, o Comando definiu calendário de mobilização que aponta para a realização de assembleias no dia 12 para deflagrar greve por tempo indeterminado a partir do dia 18, com assembleias organizativas no dia 17.


A rodada durou menos de meia hora. Contrariando as expectativas de que colocariam novos avanços na mesa de negociação, os bancos mantiveram a proposta de 6% de reajuste (aproximadamente 0,7% de aumento real) feita no dia 28 de agosto.


Além de não trazer nova proposta, os bancos descumpriram o compromisso anunciado nas negociações anteriores de montar um projeto-piloto em Recife para testar equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros. Nesta terça-feira, o jornal Valor Econômico publicou longa reportagem, dizendo que até o presidente da Fenaban, Murilo Portugal, já esteve na capital pernambucana tratando de segurança nos bancos com as autoridades e o Ministério Público.


Bancos empurram bancários para a greve


"Com essa postura intransigente, os bancos empurram os bancários para a greve. Eles não mudaram de posição nem depois da divulgação da pesquisa do Dieese na semana passada revelando que 97% das categorias profissionais fecharam acordos com reajustes acima da inflação no primeiro semestre. Portanto, o sistema financeiro, o mais dinâmico e rentável da economia, tem condições de atender à reivindicação de aumento real de 5% dos bancários", cobra Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.


"Se setores econômicos sem a mesma pujança estão concedendo aumentos reais, os bancos podem muito mais. Somente os seis maiores bancos lucraram R$ 25,2 bilhões no primeiro semestre e ainda provisionaram R$ 39,15 bilhões para devedores duvidosos, um grande exagero para uma inadimplência que cresceu apenas 0,7 ponto percentual no período", afirma Carlos Cordeiro.


Diretores têm aumento real na remuneração milionária


Para o presidente da Contraf-CUT, a postura dos bancos para com os trabalhadores contrasta com a benevolência em relação a seus altos executivos. Dados fornecidos pelas próprias instituições financeiras à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) revelam que a remuneração média dos diretores estatutários de quatro dos maiores bancos (Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander) em 2012 será 9,7% superior à do ano passado, o que significa um aumento real de 4,17%.


A remuneração total dos diretores dos quatro bancos, que inclui as parcelas fixas, variáveis e ganhos com ações, soma este ano R$ 920,7 milhões, contra R$ 839 milhões em 2011. Cada diretor estatutário do BB embolsará este ano mais de R$ 1 milhão, os do Bradesco receberão R$ 4,43 milhões e os do Santander R$ 6,2 milhões. E no Itaú saltou de R$ 7,4 milhões em 2011 para R$ 8,3 milhões este ano.


"Vejam que situação perversa temos no Brasil. Aqui estão os maiores lucros dos bancos, inclusive dos estrangeiros, e também as maiores remunerações dos executivos. Por que os salários dos bancários brasileiros estão entre os menores?", questiona Carlos Cordeiro.


Bancários querem continuar negociando


A Contraf-CUT, conforme orientação do Comando, enviará carta nesta quarta-feira 5 à Fenaban, manifestando disposição para o diálogo e resolver o acordo na mesa de negociação. Também encaminhará ofícios aos bancos públicos, cobrando apresentação de propostas para as reivindicações específicas dos trabalhadores, e aos bancos privados, para reiterar a exigência de negociações sobre garantias de emprego.


"Queremos continuar negociando e buscar um acordo que contemple sobretudo aumento real, valorização maior do piso, PLR de três salários mais R$ 4.961,28 fixos, mais contratações e garantias contra demissões imotivadas", conclui Carlos Cordeiro.



Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

31/08/2012

Se 97% das categorias fazem acordo com ganho real, bancos podem mais

 
Balanço divulgado nesta quinta-feira 30 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que quase todos os acordos salariais assinados no primeiro semestre de 2012 resultou em aumentos reais de salário para os trabalhadores. Na média, os ganhos foram 2,23% acima da inflação - mais que o triplo do 0,7% de aumento real proposto pela Fenaban aos bancários nas negociações desta semana, já considerado insuficiente pelo Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT.

Segundo a pesquisa, que considera as negociações registradas no Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS) do Dieese, 97% dos 370 reajustes dos primeiros seis meses do ano superaram a inflação calculada pelo INPC, do IBGE. É o melhor resultado das negociações salariais desde 1996. Apenas duas categorias registradas no SAS tiveram reajustes abaixo da inflação. Veja no quadro.


Distribuição dos reajustes comparada com o INPC, por setor econômico Brasil - 2012

                 
                                             
Variação
Indústria
Comércio
Serviços
Total (em %)
Acima do INPC-IBGE
98,2
98,1
94,2
96,5
Mais de 5% acima
4,9
3,8
13,0
8,1
De 4,01% a 5% acima
6,1
3,8
5,2
5,4
De 3,01% a 4% acima
4,3
3,8
3,2
3,8
De 2,01% a 3% acima
36,6
34,6
19,5
29,2
De 1,01% a 2% acima
28,0
44,2
30,5
31,4
De 0,01% a 1% acima
18,3
7,7
22,7
18,6
Igual ao INPC-IBGE
1,8
1,9
4,5
3,0
De 0,01% a 1% abaixo
-
-
1,3
0,5
De 1,01% a 2% abaixo
-
-
-
-
De 2,01% a 3% abaixo
-
-
-
-
De 3,01% a 4% abaixo
-
-
-
-
De 4,01% a 5% abaixo
-
-
-
-
Mais de 5% abaixo
-
-
-
-
Abaixo do INPC-IBGE
-
-
1,3
0,5
Total
100,0
100,0
100,0
100,0
                                     

Fonte: Dieese. SAS-Dieese - Sistema de Acompanhamento de Salários
Obs.: Foram considerados os reajustes salariais de 164 unidades de negociação da Indústria, 52 do Comércio e 154 dos Serviços.


"Salta aos olhos na pesquisa que até no setor industrial, que os economistas apontam como o mais atingido pela crise, mais de 98% dos acordos salariais garantiram aumentos reais. Não há, portanto, nenhuma razão para que o sistema financeiro, o mais dinâmico e rentável da economia, fique com essa choradeira e recuse atender as reivindicações dos bancários", compara Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.


As negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban serão retomadas nesta terça-feira 4 de setembro. Os bancos propuseram 6%, mas a categoria reivindica 10,25% de reajuste (5% de aumento real), valorização maior do piso, PLR de três salários mais R$ 4.961,28 fixos, mais contratações e garantias contra demissões imotivadas, mais saúde e melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades.


"Nós queremos construir um bom acordo na mesa de negociação na próxima terça-feira. Isso dependerá exclusivamente dos bancos. Condições financeiras eles têm de sobra. Somente as seis maiores instituições apresentaram R$ 25,2 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre e ainda provisionaram R$ 39,15 bilhões para devedores duvidosos, um grande exagero para uma inadimplência que cresceu apenas 0,7 ponto percentual no período", afirma Carlos Cordeiro.


Veja mais sobre o assunto:


* Negociações salariais têm melhores resultados deste 1996, aponta Dieese


* Bancários retomam negociação sobre remuneração com a Fenaban na terça


* Comando considera 6% insuficiente. Negociação continua nesta quarta


* Contraf-CUT reivindica negociação sobre emprego banco a banco



Fonte: Contraf-CUT