sábado, 21 de abril de 2012

20/04/2012

Contraf-CUT cobra transparência na divulgação das novas taxas de juros

 
Crédito: CUT

CUT A Contraf-CUT está cobrando transparência dos bancos na divulgação da queda dos juros cobrados dos clientes, informando taxas mínimas e máximas para cada linha de crédito antes e depois da redução. Os números até agora veiculados pela imprensa, especialmente pelos bancos privados, não permitem a comparação entre as instituições.

"A estratégia do governo de usar os bancos públicos para forçar o sistema financeiro a baixar os juros e o spread bancário, que era uma reivindicação do movimento sindical, foi acertada e já surtiu os primeiros efeitos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. A partir do corte efetuado pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, bancos privados como HSBC, Santander, Bradesco e Itaú recuaram e anunciaram também redução nos juros.


"Mas a diminuição feita, sobretudo, pelos bancos privados ainda é muito pequena, nebulosa e restrita, não atingindo todas as modalidades de crédito. A queda nos juros precisa ser ampla, transparente e não pode ser uma jogada de marketing diante da pressão do governo e da sociedade", aponta o dirigente sindical.


Segundo avaliação preliminar do Dieese, é hoje impossível aos clientes dos bancos saber quais taxas foram reduzidas, diante da falta de transparência nas informações divulgadas.


"É preciso que os bancos reduzam de fato os juros, como forma de baratear o crédito e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país com inclusão social e distribuição de renda", destaca Cordeiro.


Para o presidente da Contraf-CUT, "é hora também do Banco Central padronizar regras e critérios, a fim de possibilitar aos clientes a comparação entre as taxas de juros dos bancos. Além disso, o BC tem que cobrar das instituições financeiras maior transparência e normas claras para fazer a portabilidade das contas correntes".


Cordeiro defende também o aumento da oferta de crédito, que hoje é de apenas 49% do PIB, enquanto nos países desenvolvidos chega a ser mais que o dobro. "Isso é imprescindível para sustentar o desenvolvimento econômico e social do país", aponta o dirigente sindical.


"A redução dos juros é fundamental para a queda do spread no Brasil, que está muito acima do padrão internacional", conclui o sindicalista.


Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 19 de abril de 2012

19/04/2012

Centrais querem reabertura de discussão sobre alta programada no INSS

 
O INSS submeteu à consulta pública o instrumento denominado "Tempo Estimado para Recuperação de Capacidade Funcional baseado em Evidências". Trata-se de tabela para ser utilizada pelo perito do INSS quando vai conceder um benefício por incapacidade (Auxílio Doença) para estabelecer de forma automática o tempo necessário para recuperação e consequente cessação do benefício sem necessidade de nova perícia de acordo com a Classificação Internacional de Doenças versão 10, CID-10.

Na verdade trata-se da tentativa de legitimar um procedimento adotado desde agosto de 2005 conhecido como "alta programada" ou Cobertura Previdenciária Estimada - COPES. Esse programa implantado de maneira autoritária, sem consulta ao Conselho Nacional de Previdência Social, órgão deliberativo de controle social, foi amplamente rechaçado pelo movimento sindical, por causar graves prejuízos aos trabalhadores/as que passaram a ser obrigados a retornar ao trabalho, na maioria das vezes, sem estar devidamente recuperado, tendo suspensão do benefício e sem poder receber salário da empresa, pois o médico da empresa o considera inapto no exame de retorno.


O sistema de alta programada trouxe tantos transtornos aos trabalhadores/as, que foi alvo de ação civil pública - ACP Nº 2005.33.00.020219-8, com decisão da justiça federal, que obrigou o INSS a manter o pagamento dos benefícios aos segurados até que se esgotem os recursos de pedido de reconsideração. Apesar disso os trabalhadores/as continuam tendo seus direitos desrespeitados.


Ao tentar legitimar a tabela de "Tempo Estimado para Recuperação de Capacidade Funcional baseado em Evidências", o INSS incorre em vários erros:


1. Cria um instrumento através de um grupo de trabalho instituído pela diretoria de Saúde do Trabalhador, sem a participação de instituições especializadas, Conselho Federal de Medicina, Comissões Intersetorial de Saúde do Trabalhador - CIST/CNS, entre outros...;


2. Não submete a proposta ao Conselho Nacional de Previdência Social - CNPS para que seja avaliada;


3. Relaciona numa tabela diversos tipos de doenças, definindo tempo de afastamento sem considerar, estudos científicos sobre o assunto, processos e organização do trabalho, inclusive doenças da modernidade, muitas delas relacionados aos transtornos mentais que tem aumentado nos últimos anos;


4. Joga para um sistema informatizado a decisão do afastamento do "Tempo Estimado para Recuperação de Capacidade Funcional baseado em Evidências", retirando do médico perito a responsabilidade por uma avaliação criteriosa, que possibilite um tempo maior de afastamento e recuperação do segurado quando necessário;


5. Não há na proposta nada que mencione a relação do tempo de afastamento, com um projeto de reabilitação física e profissional;


6. Desrespeita a 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador que aprovou resolução exigindo a suspensão imediata do Programa Data Certa/COPES, agora sendo retomada com outro formato.


7. Enfim, uma consulta pública que carece de amplo estudo de especialistas e a participação dos representantes dos trabalhadores e uma explicação pedagógica que dê transparência aos objetivos de proposta que vai afetar diretamente os trabalhadores e trabalhadoras.


Portanto, a CUT, NCST, UGT e Força sindical, preocupados com a nova investida do INSS, protocolou um documento na última reunião da Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho, realizada no dia 13, reivindicando a suspensão da consulta pública e a reabertura do debate sobre a sistemática da COPES.


Clique
aqui para ler a íntegra do documento.

Trata-se de um assunto que é fundamental para a saúde dos trabalhadores.


Fonte: CUT
18/04/2012

Para Contraf-CUT, Selic precisa cair mais e trazer junto os juros bancários

 
Crédito: CUT

CUT A Contraf-CUT considera positivo o corte de mais 0,75% na taxa básica de juros decidido pelo Copom nesta quarta-feira (18), que mantém a trajetória descendente da Selic. Mas avalia que ainda há espaço para maior redução da taxa básica, de forma a se aproximar dos níveis internacionais, e que é imprescindível forçar o sistema financeiro nacional a também baixar o spread e suas taxas de juros.

"Embora a nova queda da Selic seja um passo positivo, o Brasil continua com uma das maiores taxas de juros do mundo. Em 2011, o Tesouro desembolsou R$ 236,6 bilhões para pagar os juros da dívida pública, o que é o maior programa de transferência de renda do governo, beneficiando os mais ricos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.


A decisão do Copom de baixar a Selic para 9% foi a sexta queda consecutiva na taxa, em processo iniciado em agosto de 2011. Antes disso, porém, o Banco Central fez sucessivos aumentos na Selic, entre abril de 2010 e julho de 2011, levando a taxa de 8,75% para 12,50%.


"Foi um equívoco o Copom elevar a Selic em meio à crise internacional, cedendo às pressões do mercado financeiro. Ele olhou apenas para a inflação e, com isso, sacrificou o crescimento da economia, que foi de apenas 2,7% no ano passado, e a geração de emprego e renda para os trabalhadores", diz Cordeiro.


Derrubar ainda mais o spread


A Contraf-CUT também considera positivo o governo usar os bancos públicos federais para forçar o sistema financeiro a baixar o spread, como o Itaú e o Bradesco anunciaram nesta quarta-feira 18, seguindo os passos do HSBC. "Mas as reduções praticadas pelos bancos privados até agora foram muito pequenas. Continuamos com um spread muito acima da média internacional. A queda nos juros não pode ser apenas perfumaria, é preciso que os bancos reduzam de fato o spread e os juros", aponta Cordeiro.


"É preciso também aumentar a oferta de crédito, que hoje é de apenas 49% do PIB, enquanto nos países desenvolvidos chega a ser mais que o dobro. Isso é imprescindível para sustentar o desenvolvimento econômico e social do país", defende o dirigente sindical.


Conferência Nacional do Sistema Financeiro


A Contraf-CUT considera urgente a sociedade brasileira discutir o papel dos bancos na economia e por isso defende a realização de uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro, nos moldes de outros conferências setoriais realizadas pelo governo federal nos últimos anos.


"É preciso discutir com a sociedade o papel das instituições financeiras, que são concessões públicas e devem estar alinhadas com o desenvolvimento econômico e social do país. O que fazem hoje, ao oferecer crédito prioritariamente para o consumo em detrimento da produção e com juros altíssimos, é exatamente o inverso do que a sociedade espera", critica o presidente da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 17 de abril de 2012

16/04/2012

Empossada nova direção nacional da Contraf-CUT para triênio 2012-2015

Crédito: Paulo de Tarso - Feeb RJ-ES
Paulo de Tarso - Feeb RJ-ES  














Posse ocorreu no auditório da Feeb RJ-ES, no centro do Rio

Foi empossada no último sábado (14), às 10h, a nova direção nacional da Contraf-CUT para o triênio 2012-2015, eleita por unanimidade no 3º Congresso realizado de 30 de março a 1ºde abril, em Guarulhos (SP), com a participação de 316 delegados e delegadas de sindicatos e federações filiadas de todo Brasil. A nova diretoria é liderada pelo presidente reeleito Carlos Cordeiro.


A posse ocorreu no auditório da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Feeb RJ-ES), no centro do Rio. "Pela primeira vez, tomamos posse no Rio, onde ocorreu no mesmo dia a apuração das eleições do Sindicato, o segundo maior de bancários do país, com a vitória da Chapa 1, apoiada pela Contraf-CUT, com 86,5% dos votos válidos", afirma Cordeiro.


A cerimônia foi prestigiada pelo presidente em exercício da Feeb RJ-ES, Nilton Damião Esperança. Também compareceu o presidente reeleito do Sindicato do Rio, Almir Aguiar, além de vários dirigentes da Contraf-CUT.


Conforme decisão do 3º Congresso, a nova direção possui duas novas secretarias: Mulher e Relações de Trabalho. Ambas já existiam na estrutura da CUT. Já a posse solene da nova direção nacional da Contraf-CUT está prevista para o próximo dia 4 de maio, em São Paulo.


Diálogo social e emprego decente


Cordeiro ressalta duas grandes tarefas para a nova gestão. Uma é a ampliação do diálogo com outros atores da sociedade. "Precisamos dialogar com a sociedade, especialmente sobre o sistema financeiro, que é nossa área de atuação. Por isso, é fundamental a realização de uma conferência nacional sobre o tema, a fim de que haja um debate nacional sobre o papel dos bancos estatais e privados. Eles são concessões públicas e precisam atender os interesses da sociedade brasileira. Também queremos discutir outros temas importantes, como as reformas política e tributária", ressalta.


Outra grande tarefa é a promoção do emprego decente no ramo financeiro, com a luta por proteção contra demissões imotivadas, melhores condições de saúde e trabalho, segurança, remuneração e aposentadoria digna. Entre os principais pontos. "Temos três anos para mudar essa realidade dos bancários. O Brasil está crescendo e precisa distribuir renda e melhorar as condições dos trabalhadores e esse é nosso papel enquanto dirigentes sindicais", reitera.


Veja a nova direção nacional da Contraf-CUT:


DIRETORIA EXECUTIVA


EFETIVOS


Presidência: Carlos Cordeiro (Itaú Unibanco/SP)

Vice-Presidência: Carlos de Souza (Banco do Brasil/RJ)
Secretaria-Geral: Ivone Maria da Silva (Itaú Unibanco/SP)
Secretaria de Finanças: Roberto Von Der Osten, (Itaú Unibanco/PR)
Secretaria de Imprensa: Ademir Wiederkehr (Santander/RS)
Secretaria de Relações Internacionais: Mário Luiz Raia (Santander/SP)
Secretaria de Saúde do Trabalhador: Walcir Previtale (Bradesco/SP)
Secretaria de Formação: William Mendes (Banco do Brasil/SP)
Secretaria de Organização do Ramo Financeiro: Miguel Pereira (HSBC/RJ)
Secretaria de Políticas Sociais: Andrea Freitas de Vasconcelos (Bradesco/RR)
Secretaria de Assuntos Sócios Econômicos: Antonio Pirotti (Banrisul/RS)
Secretaria de Políticas Sindicais: Carlindo Abelha (Bradesco/MG)
Secretaria de Assuntos Jurídicos: Alan Patrício Menezes Silva (HSBC/PE)
Secretaria da Mulher: Deise Recoaro (Santander/SP)
Secretaria de Relações do Trabalho: Adílson Martins Barros (Bradesco/RJ)

DIRETORES EXECUTIVOS


Bárbara Peixoto de Oliveira, (Caixa Econômica Federal/DF)

Fabiana Uehara Proscholdt, (Caixa Econômica Federal/DF)
Marcos Aurélio Saraiva Holanda (Caixa Economia Federal/CE)
Mauri Sérgio Martins de Souza (Itaú Unibanco/SP)
Manoel Elídio Rosa (Itaú Unibanco/SP)
Plínio José Pavão de Carvalho (Caixa Econômica Federal/SP)
Rosalina do Socorro Ferreira Amorim (Banco do Brasil/PA)
Simoni Nascimento de Abreu (Itaú Unibanco/SC)

SUPLENTES


Alex Sandro dos Santos Reis, (Banco do Brasil/RJ)

Camilo Fernandes dos Santos (Santander/SP)
Elaine Cútis Gonçalves (Bradesco/SP)
José Ricardo Sasseron (Banco do Brasil/SP)
Magna dos Reis Ferreira Vinhal (Bradesco/MG)
Sérgio Wilson Lima de Amorim (Caixa Econômica Federal/RJ)
Sérgio Ricardo Nunes Siqueira (HSBC/SP)
Sônia Maria Rocha (HSBC/MT)
Wanderley Antonio Crivellari (Itaú Unibanco/PR)

CONSELHO FISCAL


EFETIVOS


Gilmar Carneiro dos Santos (Itaú Unibanco/SP)

Paulo Roberto Stekel (Santander/RS)
Vaine Terezinha Andreguete (Banrisul/RS)

SUPLENTES


Edson Alves de Oliveira (Bradesco/SC)

Marcos Vandai Tavares Rolim (Bradesco/MA)
Paulo Robeson dos Santos Manhães (BMB/RJ)

CONSELHO DIRETIVO


André Luís Rodrigues (Itaú Unibanco/SP)

Antonio Magno Leitão de Sousa (Itaú Unibanco/MA)
Célio Dias Cunha (HSBC/MG)
Cícero Ferreira Matheus (Rural/AL)
Cristiana Silva Rocha Garbinatto (Banco do Brasil/RS)
Elias Cardoso de Moraes (Itaú Unibanco/SP)
Eliomar Carvalho Silva (Bradesco/BA)
Francisco Cézar Bernardo de Lima (Itaú Unibanco/SP)
José Carlos Garcia (Santander/SP)
Juçara Portilho Lins (Itaú Unibanco/RJ)
José Ricardo Jacques (Bradesco/SC)
Leonardo de Mello Quinan (Itaú Unibanco RJ)
Luiz Fernando Moreira (Santander/SC)
Mac Laine Torres (Caixa Econômica Federal/SP)
Maikon Nunes Azzi (Itaú Unibanco/SP)
Márcio Benedito Monzani, (Santander/SP)
Marcos Roberto Leal Braga (Bradesco/SP)
Marcos José da Silva (Rural/MG)
Marilza Speroto (HSBC/DF)
Miguel Teófilo Fardelone (Bradesco/SP)
Mirian Cleusa Fochi (Banco do Brasil/DF)
Natalina Rosane Gué (Santader/RS)
Nélson Luiz da Silva Nascimento (HSBC/SP)
Paulo Ranieri Medeiros da Silva (BIC Banco/PB)
Raquel Barbosa do Araújo Lima (Bradesco/MG)
Sâmara Alves de Andrade (Santander/PB)

Fonte: Contraf-CUT