sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Protesto por falta de refeitório em prédio do Banco do Brasil
 
Após pressão do Sindicato, banco agenda vistoria do Sesmt no novo setor de crédito imobiliário, localizado na 15 de Novembro




São Paulo – O novo prédio do setor de crédito imobiliário do Banco do Brasil, CSI, na 15 de Novembro, centro da capital, não apresenta condições de trabalho aos cerca de 700 funcionários, entre bancários e terceirizados, que há aproximadamente um mês foram transferidos para o local. O local não tem área para alimentação dos trabalhadores, direito previsto na instrução normativa do banco para locais com grande concentração de empregados.

> Veja imagens do ato

Nesta quinta-feira 5, o Sindicato promoveu em frente ao prédio um “marmitaço” para protestar contra a falta de refeitório. Diversos funcionários, sem lugar para esquentar suas refeições e se alimentar, desceram para almoçar na rua.

“Exigimos a criação de uma área de alimentação com condições, espaço com mesas e cadeiras, geladeiras e microondas para que os trabalhadores possam guardar e esquentar suas refeições e comer com conforto”, disse o diretor do Sindicato e funcionário do BB Cláudio Rocha.

A administração do prédio já havia confirmado aos dirigentes sindicais não existir previsão para instalação de refeitório. Como medida paliativa, o banco resolveu transformar em local de alimentação as pequenas áreas destinadas ao cafezinho, situadas, em cada andar, na passagem para elevadores e banheiro. “Isso não adianta porque a área é muito pequena e não apresenta as mínimas condições de conforto ou de higiene. Vamos continuar exigindo que o banco cumpra sua própria instrução normativa”, acrescentou.

O dirigente criticou ainda a forma como foi feita a transferência do pessoal. “Eles transferiram grande parte dos funcionários sem que o prédio estivesse pronto para recebê-los. E ainda virão mais bancários. Além disso, os trabalhadores vieram pra 15 de Novembro sem saber que não haveria refeitório no prédio.”

Vistoria – A pressão do Sindicato já rendeu fruto. O BB solicitou vistoria no prédio pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – Sesmt, para a próxima semana. “Vamos ficar atentos à situação e aguardar o relatório do Sesmt”, completa Cláudio.


Andréa Ponte Souza - 05/01/2012

Site: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

05/01/2012

Santander recebe inscrições para bolsas de graduação até 3 de fevereiro

 
O Santander está recebendo inscrições até o dia 3 de fevereiro para o Programa de Bolsas de Graduação de 2012. A iniciativa é destinada aos funcionários que estão cursando ou desejam iniciar a primeira graduação de nível superior. O auxílio-educação é de 50% do valor da mensalidade, limitado a R$ 410 por mês.

O direito está previsto no acordo aditivo do Santander à convenção coletiva, assinado no dia 16 de dezembro entre a Contraf-CUT, federações e sindicatos com a direção do banco espanhol, em São Paulo.


"Conquistamos em 2011 o aumento do total de bolsas, passando de 2.000 para 2.300, com a aplicação do reajuste salarial no valor da mensalidade", destaca o funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.


Quem pode participar


Para participar do programa, o funcionário deve ter no mínimo quatro meses de vínculo empregatício, não ter graduação completa ou formação tradicional em nível superior e escolher um dos cursos nas áreas de exatas e humanas, com duração mínima de dois anos, reconhecidos pelo MEC - Ministério da Educação.


Caso haja mais inscritos do que bolsas disponíveis, serão aplicados os critérios de desempate, como menor salário, maior tempo de casa e maior número de filhos.


Como se inscrever


As inscrições podem ser feitas pela intranet do banco, no seguinte caminho:


Intranet > As Pessoas > Autoatendimento > Benefícios > Solicitar Reembolso > Bolsa de Graduação > Solicitar Bolsa.


Após o final do prazo de inscrições, o funcionário receberá entre os dias 7 e 10 de fevereiro o retorno do seu pedido pelo endereço eletrônico rhpoliticasedu@santander.com.br.


Para saber mais sobre o Programa de Bolsas de Graduação, o funcionário deve acessar:


Você e a Organização > Seu Desenvolvimento > Educação > Graduação Universitária.



Fonte: Contraf-CUT
05/01/2012

Pesquisa nacional aponta 49 mortes em assaltos envolvendo bancos em 2011

Pesquisa nacional mostra que 49 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos em 2011, uma média de 4 vítimas fatais por mês, o que representa um aumento de 113,04% em relação a 2010, quando foram registradas 23 mortes. O levantamento foi realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa e apoio técnico do Dieese.

São Paulo (16), Rio de Janeiro (9), Goiás (4), Paraná (4) e Rio Grande do Sul (4) foram os estados com o maior número de casos. A principal ocorrência foi o crime de "saidinha de banco", que provocou 32 mortes. Já a maioria das vítimas foram clientes (30), seguido de vigilantes (8) e policiais (6).

Para a Contraf-CUT e a CNTV, essas mortes refletem, sobretudo, a carência de investimentos dos bancos para prevenir assaltos e sequestros. Segundo dados do Dieese, os cinco maiores bancos que operam no país apresentaram lucros de R$ 37,9 bilhões de janeiro a setembro de 2011. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 1,9 bilhão, o que significa 5,2%, em média, na comparação com os lucros.

"Essas mortes comprovam o descaso e a escassez de investimentos dos bancos na proteção da vida de trabalhadores e clientes, bem como revelam a fragilidade da segurança pública diante da falta de policiais e viaturas nas ruas e ações de inteligência para evitar ações criminosas", avalia o diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

"Esses números assustadores reforçam a necessidade de atualizar a lei federal nº 7.102/83, que se encontra defasada diante do crescimento da violência e da criminalidade. Precisamos de um estatuto de segurança privada com medidas eficazes e equipamentos de prevenção para garantir a proteção da vida, eliminar riscos e oferecer segurança para trabalhadores e clientes", salienta o presidente da CNTV, José Boaventura Santos.

Mortes por estados


São Paulo registra não somente o maior número de ocorrências, mas também o crescimento mais alarmante na comparação entre 2010 e 2011. O total de mortes saltou de 5 para 16, uma evolução assustadora de 220%.

O Rio de Janeiro ficou em segundo lugar. O número de assassinatos passou de 3 para 9, uma disparada preocupante de 200%. Em seguida aparecem empatados Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul com 4 mortes cada um.

UF
2010
2011
Variação
%
%
%
SP
5
21,74%
16
32,65%
220,00%
RJ
3
13,04%
9
18,37%
200,00%
GO
0
0,00%
4
8,16%
-
PR
3
13,04%
4
8,16%
33,33%
RS
3
13,04%
4
8,16%
33,33%
MT
0
0,00%
3
6,12%
-
PA
2
8,70%
2
4,08%
0,00%
SC
0
0,00%
1
2,04%
-
PI
0
0,00%
1
2,04%
-
RN
0
0,00%
1
2,04%
-
MG
2
8,70%
1
2,04%
-50,00%
BA
1
4,35%
1
2,04%
0,00%
PE
2
8,70%
1
2,04%
-50,00%
CE
0
0,00%
1
2,04%
-
MA
1
4,35%
0
0,00%
-100,00%
DF
1
4,35%
0
0,00%
-100,00%
Total
23
100,00%
49
100,00%
113,04%

Fonte: Notícias da imprensa

Elaboração: DIEESE - Subseção Contraf-CUT



> Clique aqui para acessar o gráfico.

"Em todos os estados, a solução depende muito dos bancos, que têm de ampliar os investimentos em equipamentos de prevenção, e das autoridades de segurança pública, que precisam garantir mais policiais e viaturas nas ruas e ações integradas de inteligência policial, dentre outras medidas", salienta Boaventura.

Tipos de ocorrências

O levantamento aponta que os crimes de "saidinha de banco" dispararam em 2011, tendo causado 32 mortes, 65,31% das ocorrências. Em 2010 foram verificadas 10 casos fatais. Isso representa um aumento de 220%.



Tipo de ocorrência
2010
2011
Variação
%
%
%
Saidinha de banco
10
43,48%
32
65,31%
220,00%
Assalto a agências
4
17,39%
5
10,20%
25,00%
Abastecimento de caixas eletrônicos
3
13,04%
2
4,08%
-33,33%
Assalto a correspondentes
1
4,35%
5
10,20%
400,00%
Transporte de valores
1
4,35%
2
4,08%
100,00%
Assalto a caixa eletrônico
1
4,35%
2
4,08%
100,00%
Assalto a PAB
3
13,04%
1
2,04%
-66,67%
Total
23
100,00%
49
100,00%
113,04%

Fonte: Notícias da imprensa
Elaboração: DIEESE - Subseção Contraf-CUT


> Clique aqui para acessar o gráfico.

A Contraf-CUT e a CNTV defendem ações preventivas que visem enfrentar esse crime que apavora e mata. "Esse crime começa dentro dos bancos e, para combatê-lo, é preciso evitar a visualização dos saques de clientes nos bancos por olheiros, através de medidas como a instalação de biombos entre a fila de espera e os caixas, e de divisórias individualizadas entre os caixas, inclusive os eletrônicos", destaca Ademir. "Proibir o uso do celular nos bancos é medida ingênua, inócua e ineficaz", salienta.

"Além disso, é fundamental a colocação de portas de segurança com detectores de metais antes do autoatendimento, câmeras internas e externas de monitoramento em tempo real nos espaços de circulação de clientes, e vidros blindados nas fachadas", aponta Boaventura.

Outra medida é a isenção de tarifas de transferência de recursos (DOC, TED, ordens de pagamento), como forma de reduzir a circulação de dinheiro na praça. "Muitos clientes sacam valores expressivos para não pagar tarifas e viram alvos de assaltantes", justifica Ademir.

Outro crime que preocupa é o transporte de valores, que dobrou no período. "Ocorreram duas mortes em 2011, ambos de policiais que faziam 'bico', o que é ilegal e mata", alerta Boaventura. "Esse serviço deve ser prestado por vigilantes, de acordo com o que estabelece a lei federal nº 7.102/83", destaca.

"Conquistamos uma nova cláusula na convenção coletiva nacional dos bancários em 2011, proibindo os bancos de utilizar funcionários para fazer transporte de valores", frisa Ademir. "Várias instituições têm utilizado ilegalmente bancários, conforme revelam as multas aplicadas pela Polícia Federal", explica o diretor da Contraf-CUT.

Também preocupa a insegurança no abastecimento de caixas eletrônicos. "Queremos o fim da contagem e do manuseio de numerário para evitar novas mortes e garantir segurança para trabalhadores e clientes", enfatiza Boaventura.

Perfil das vítimas

A pesquisa revela que os clientes são cada vez mais as principais vítimas em assaltos envolvendo bancos. Na comparação entre 2010 e 2011, o número de mortes subiu de 12 para 30, um crescimento de 150%. Quase todos foram assassinados em "saidinhas de banco".
Tipo de vítima
Brasil - janeiro a dezembro
Vítimas
2010
2011
Variação
%
%
%
Clientes
12
52,17%
30
78,95%
150,00%
Vigilantes
8
34,78%
8
21,05%
0,00%
Transeuntes
1
4,35%
6
15,79%
500,00%
Bancários
1
4,35%
1
2,63%
0,00%
Policiais
1
4,35%
4
10,53%
300,00%
Total
23
100,00%
49
128,95%
113,04%

Fonte: Notícias da imprensa



Elaboração: DIEESE - Subseção Contraf-CUT





> Clique aqui para acessar o gráfico.

"Os bancos não podem continuar tratando a 'saidinha de banco' como problema de segurança pública ou então responsabilizar os clientes", avalia Boaventura. "Os bancos têm que adotar medidas concretas para combater essa ação criminosa que está tirando a vida de pessoas pelo simples fato de que sacaram dinheiro em condições inseguras", alerta.

Os vigilantes ocupam o segundo lugar entre as vítimas, seguidos de transeuntes e policiais. Um bancário também foi morto. "Os bancos e as empresas de vigilância têm que ampliar equipamentos de prevenção e garantir melhores condições de trabalho, pois é inaceitável que os trabalhadores continuem sendo vítimas da carência de investimentos", ressalta o presidente da CNTV.

Carência de investimentos dos bancos

Conforme estudo feito pelo Dieese da Contraf-CUT, com base nos balanços publicados de janeiro a setembro de 2011, os cinco maiores bancos lucraram R$ 37,9 bilhões e destinaram R$ 1,9 bilhão em despesas com segurança e vigilância. Na comparação com os números de 2010, constata-se uma queda de 5,45% para 5,20% na relação entre o lucro e os gastos com segurança.
Despesas com Segurança e Vigilância
(em milhares de reais e % de participação no Lucro Líquido)
Bancos
Lucro Líquido
Despesas com Segurança e Vigilância
% do LL 2010
% do LL 2011
30/9/2010
30/9/2011
30/9/2010
30/9/2011
Banco do Brasil
7.755.947
9.153.653
490.674
566.113
6,33
6,18
CEF
2.416.387
3.565.483
353.498
430.021
14,63
12,06
Bradesco
7.034.928
8.302.583
202.916
239.520
2,88
2,88
Itaú Unibanco
9.433.161
10.939.881
324.688
358.527
3,44
3,28
Santander (*)
5.464.022
5.956.155
378.783
378.714
6,93
6,36

32.104.445
37.917.755
1.750.559
1.972.895
5,45
5,20
(*) IFRS
Fonte: Demonstrações Financeiras dos Bancos
Elaboração: DIEESE - Rede Bancários.


"Esses dados comprovam tecnicamente o que observamos há muito tempo: os bancos não priorizam a vida das pessoas, pois gastam muito pouco com segurança em comparação com os seus lucros estrondosos", salienta Ademir.

"Está na hora de os bancos tratarem as despesas de segurança e vigilância como investimentos, colocando a vida das pessoas em primeiro lugar, a fim de acabar com essas mortes em assaltos, que também deixam inúmeros feridos e traumatizados", aponta Boaventura.

"Os estabelecimentos não podem continuar vulneráveis, expondo ao risco a vida das pessoas, especialmente clientes e trabalhadores, que acabam sendo vítimas de assaltantes cada vez mais atrevidos, aparelhados e explosivos", conclui o diretor da Contraf-CUT.



Fonte: Contraf-CUT