segunda-feira, 28 de maio de 2012

28/05/2012

Aprovada resolução por conferência do sistema financeiro no 13º Cecut-RS

 
Crédito: Daiani Cerezer - CUT-RS

Daiani Cerezer - CUT-RS Os delegados e as delegadas do 13º Congresso Estadual da CUT do Rio Grande do Sul (Cecut-RS) aprovaram por unanimidade a resolução "por uma conferência nacional sobre o sistema financeiro", durante o evento realizado no último final de semana, em Porto Alegre, que elegeu o metalúrgico Claudir Nespolo para a presidência da CUT-RS.

"Aprovamos essa importante proposta, com o objetivo de reforçar a mobilização dos trabalhadores para que seja realizada uma conferência nacional para discutir o sistema financeiro, buscando envolver a sociedade no debate sobre o papel dos bancos públicos e privados, neste momento em que aumenta a pressão para a redução dos juros, spreads e tarifas, a geração de empregos e a melhoria da prestação de serviços bancários", afirma Paulo Stekel, diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e da Contraf-CUT, que apresentou a resolução.


Conforme a resolução aprovada, "o Brasil precisa de um novo sistema financeiro, que dê contrapartidas sociais a seus lucros, garanta a universalização dos serviços bancários e contribua com o desenvolvimento econômico do país. Os bancos públicos e privados precisam cumprir o seu papel de baratear o crédito, oferecer bons serviços para todos os brasileiros e colocar as pessoas em primeiro lugar".


Leia a íntegra do texto aprovado no 13º Cecut-RS:


Por uma conferência nacional sobre o sistema financeiro

O 13º Congresso Estadual da CUT do Rio Grande do Sul (Cecut-RS) apoia a proposta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) para que o governo federal convoque imediatamente uma conferência nacional sobre o sistema financeiro, a exemplo de encontros já realizados sobre saúde, educação, segurança pública e comunicação, entre outros.

Temos hoje um sistema financeiro altamente concentrado, um verdadeiro cartel de grandes bancos públicos e privados, em que apenas as cinco maiores instituições detêm 82% dos ativos, 80% do crédito e 70% do patrimônio do setor. Mesmo concessões públicas, os bancos ainda cobram os juros, os spreads e as tarifas mais altas do mundo. No ano passado, eles tiveram lucros gigantescos de R$ 53 bilhões e quase não ofereceram contrapartidas para a sociedade.

A participação do crédito na economia brasileira é de apenas 46% do PIB, muito abaixo do padrão internacional. E dos seis grandes bancos que operam no país apenas 35,5% dos ativos são destinados a operações de crédito. A maior parte dos ativos é utilizada em atividades especulativas, graças à taxa Selic, ainda uma das mais altas do mundo, que é uma verdadeira bolsa-banqueiro.

Os bancos públicos federais, regionais e estaduais não podem atuar na lógica perversa dos bancos privados, que visam somente o lucro fácil, mas precisam cumprir o papel de indutores no sistema financeiro para reduzir os juros, os spreads e as tarifas e garantir atendimento decente para todos os brasileiros.

Milhões de brasileiros continuam sendo excluídos pelos bancos. Pesquisa do Ipea mostra que 33% das cidades brasileiras não têm nenhuma agência bancária e 44% da população não possui conta corrente.

Mas existe uma diferença entre a chamada bancarização e a inclusão bancária. O que as instituições financeiras e o Banco Central chamam de bancarização é dar um cartão para uma pessoa, sendo que os clientes de baixa renda são empurrados para atendimento precário em lotéricas e correspondentes bancários. Para haver uma verdadeira inclusão bancária, precisamos acabar com as discriminações e garantir atendimento de qualidade para todos os brasileiros em agências e postos de serviços, com bancários, segurança, orientação para o crédito e proteção ao sigilo bancário.

O Brasil está crescendo, é hoje a sexta maior economia do mundo, mas está entre os 12 países com a maior concentração da riqueza. Essa é uma situação insustentável. O país precisa de desenvolvimento para gerar empregos e renda e reduzir essa vergonhosa desigualdade social. Os bancos precisam fazer a sua parte.

Para tanto, é fundamental que os trabalhadores e sociedade brasileira discutam em uma conferência nacional o sistema financeiro que temos e o que queremos, com a perspectiva de regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal, que estabelece:

'O Sistema Financeiro Nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.'

Para nós, o Brasil precisa de um novo sistema financeiro, que dê contrapartidas sociais a seus lucros, garanta a universalização dos serviços bancários e contribua com o desenvolvimento econômico do país. Os bancos públicos e privados precisam cumprir o seu papel de baratear o crédito, oferecer bons serviços para todos os brasileiros e colocar as pessoas em primeiro lugar.

Porto Alegre, 26 de maio de 2012."



Fonte: Contraf-CUT com CUT-RS

Eleição da Previ vai até o dia 29. Contraf-CUT orienta voto na Chapa 6

 
A eleição para a renovação de parte da diretoria executiva e dos conselhos deliberativo, fiscal e consultivos do Plano 1 e do Previ Futuro da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), que começou nesta sexta-feira 18, se estenderá até o dia 29 de maio.

Seis chapas disputam a eleição. A Contraf-CUT apoia a Chapa 6 Unidade na Previ, encabeçada pelo ex-secretário-geral da Confederação, Marcel Barros, e formada pelas entidades sindicais e associativas, inclusive de aposentados, do funcionalismo do BB.


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Leia aqui manifesto de apoio da Contraf-CUT e conheça os candidatos e os programas da Chapa 6 Unidade na Previ.

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Veja aqui nota assinada pelos diretores eleitos da Previ José Ricardo Sasseron (Seguridade) e Paulo Assunção (Administração) mostrando por que a Chapa 6 é a melhor opção.

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E clique aqui para ler artigo de William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenação da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Como votar na Previ


Os associados da ativa votam pelos terminais do Sisbb. Os aposentados poderão votar pelo telefone 0800-729-0808 ou pelo site www.previ.com.br, para os quais usarão a senha de seis dígitos utilizada para acessar o Autoatendimento da Previ.



Fonte: Contraf-CUT