sábado, 14 de abril de 2012

13/04/2012

Chapa 1, apoiada pela Contraf-CUT, vence eleição na Cassi com 31.026 votos

 
Chapa vitoriosa ganhou com 35,1% dos votos válidos

A Chapa 1 - Cuidando da Cassi, apoiada pela Contraf-CUT, venceu a eleição para a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, realizada de 2 a 13 de abril. Encabeçada por Mirian Fochi, a Chapa 1 obteve 35,1% dos votos válidos, contra 25,2% da Chapa 5 - Uma nova Cassi e 22,9% da Chapa 3 - Responsabilidade e Experiência.


"Agradeço profundamente a confiança depositada pelos associados da Cassi e o apoio dos sindicatos e das demais entidades representativas do funcionalismo, com os quais precisamos somar forças para que tenhamos êxito no imenso desafio de tornar cada vez melhor o atendimento à nossa saúde e a de nossos familiares", agradece Mirian Fochi, que é secretária de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT e ex-diretora do Sindicato de Brasília.


O resultado final da eleição foi o seguinte:

Chapa
Votos
Porcentagem votos válidos
Chapa 1-Cuidando da Cassi
31.026
35,1%
Chapa 2-Cassi: Respeito, Transparência e Independência
8.618
9,75%
Chapa 3-Responsabilidade e Experiência
20.260
22,9%
Chapa 4-Semente da União-Cassi
6.173
7,00%
Chapa 5-Uma nova Cassi
22.285
25,2%


São os seguintes os membros da Chapa 1 - Cuidando da Cassi:


Mirian Fochi

Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes


Conselho Deliberativo

Antonio Cladir Tremarin - Titular
José Adriano Soares - Titular

Milton dos Santos (Miltinho) - Suplente

Mário Fernando Engelke - Suplente

Conselho Fiscal

Carmelina P. dos Santos (Carminha) - Titular
João Antônio Maia Filho - Titular

Cláudio Gerstner - Suplente

José Eduardo Marinho - Suplente

Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 13 de abril de 2012

12/04/2012

Bancos criam 23,5 mil empregos em 2011, mas demitem maiores salários

 
 












Os bancos criaram 23.599 novos postos de trabalho em 2011, mas intensificaram a estratégia de reduzir a folha de pagamento por meio da rotatividade. A prova disso é que o bancário admitido recebeu salário, em média, 40,87% inferior ao dos trabalhadores desligados - em todos os setores da economia essa diferença é de 7,1%. O instrumento para implementar essa política, que diminui o salário dos bancários para aumentar os lucros dos bancos, foi a demissão sem justa causa, que foi o motivo de 50,19% do total de 36.371 desligamento no ano.

Os números são da 12ª Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), elaborada trimestralmente desde 2009 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.


O levantamento também considera os dados divulgados nos balanços dos cinco principais bancos (Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander), que revelam o número de funcionários de cada holding.


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Segundo dados da pesquisa, em 2011, a remuneração média dos admitidos foi de R$ 2.430,57, e a dos desligados de R$ 4.110,26, uma diferença de 40,87%. No ano anterior, a diferença era de 37,60%. "Isso demonstra o acirramento da estratégia espúria dos bancos de utilizar a rotatividade para reduzir a despesa de pessoal", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.


"É uma política que prejudica toda a categoria, deixando os bancários permanentemente em tensão por medo de demissões. Enquanto isso, os cinco maiores bancos registraram um lucro líquido de R$ 50,7 bilhões, em 2011, número 9,8% maior do que no ano anterior, e aumentaram a remuneração de seus executivos. É uma situação absurda", sustenta.


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A análise do saldo de empregos por faixa de remuneração reforça essa visão. O resultado foi positivo apenas para as faixas até três salários mínimos, enquanto as faixas salariais acima desse patamar apresentaram saldos negativos. O maior saldo aconteceu na faixa de remuneração entre dois a três mínimos, que teve crescimento de 30.409 vagas.


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Empregos crescem menos


O saldo de 23.599 novos postos de trabalho representa uma expansão de 4,88% no emprego bancário. No entanto, o número é menor do que os 24.032 empregos criados em 2010, o que significa uma redução de 1,80%. Além disso, na comparação com o saldo de 1.944.560 vagas criadas em todos os setores da economia em 2011, os bancos contribuíram com apenas 1,21% do total.


"O setor de maior lucratividade da economia, exceto Vale e Petrobras, não pode ter uma contribuição tão pequena para a geração de empregos e o desenvolvimento do país", destaca Cordeiro. "É uma distorção ainda mais profunda ao olharmos o Itaú, que obteve em 2011 um lucro líquido de R$ 14,62 bilhões, o maior da história do sistema financeiro nacional, mas fechou 4.058 vagas. Não podemos aceitar essa falta de compromisso dos bancos com a sociedade brasileira", completa.


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Os dois maiores bancos privados do país apresentaram tendências opostas em relação ao emprego em 2011. Enquanto o Bradesco liderou a criação de novas vagas, com 9.436 empregos de saldo, o Itaú foi a única entre as cinco mais instituições financeiras a fechar postos de trabalho.


Segundo análise do Dieese, o crescimento do Bradesco é resultado de um grande investimento na abertura de novas agências, estratégia adotada após a perda da licitação do Banco Postal para o Banco do Brasil. No caso do Itaú, segundo o relatório de administração da empresa, as demissões foram resultado da reestruturação na área de crédito, com a intenção de passar as atribuições para "parceiros varejistas", ou seja, terceirizar as atividades do setor com o fim de enxugar a estrutura do banco e reduzir custos.


Itaú fecha 4.058 empregos em 2011

Estoque de funcionários e saldo de emprego nos cinco maiores bancos do país

Brasil - Janeiro a Dezembro de 2011

Banco
Dezembro
Variação
2010
2011
relativa
absoluta
Banco do Brasil
   109.026
   113.810
4,39%
4.784
Caixa Econômica Federal
     83.185
     85.633
2,94%
2.448
Bradesco
     95.248
   104.684
9,91%
9.436
Itaú Unibanco
   102.316
     98.258
-3,97%
-4.058
Santander
     54.406
     54.602
0,36%
196
Total
   444.181
   456.987
2,88%
12.806

Fonte: Balanços dos Bancos
Elaboração: DIEESE - Rede Bancários

Para Carlos Cordeiro, a questão do emprego é fundamental para os bancários e para toda a sociedade. "É um dos temas que queremos discutir em uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro. Queremos que os bancos assumam suas responsabilidades perante o povo brasileiro, e isso inclui a promoção do emprego decente para garantir melhores condições de trabalho e qualidade de atendimento", conclui.


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 11 de abril de 2012

10/04/2012

Contraf-CUT critica "choradeira" dos bancos privados para reduzir spread

Crédito: Contraf-CUT
Contraf-CUT A Contraf-CUT criticou a "choradeira" dos bancos privados para baixar o elevado spread bancário (diferença entre o que o banco paga para captar dinheiro de investidores e o que cobra de juros dos tomadores de empréstimos) no Brasil.

Nesta terça-feira (10), representantes de bancos privados se reuniram com o Ministério da Fazenda, em Brasília, e apresentaram 20 propostas que envolvem desde a diminuição de impostos até a redução do depósito compulsório (dinheiro que os bancos são obrigados a recolher ao Banco Central).


"Em vez de barganhar vantagens, os banqueiros deviam seguir o caminho aberto pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, que já anunciaram quedas nas taxas de juros, como forma de contribuir também para a diminuição do spread, a melhoria do crédito e o estímulo à produção e ao consumo para gerar mais empregos, distribuir renda e alavancar o desenvolvimento econômico e social do País", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.


Propostas indecentes


Os bancos pediram a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cobrados dos bancos. "O Brasil é um dos países que mais tributa a intermediação financeira", reclamou o presidente da Febraban, Murilo Portugal. Ele também pediu a redução do depósito compulsório.


Outra proposta dos banqueiros é a extensão, para outros tipos de operações de crédito, de benefícios que existem para os financiamentos imobiliários. Também foi sugerido que os clientes com planos de previdência complementar possam usar parte das reservas no fundo de pensão como garantias de empréstimos.


De acordo com o presidente da Febraban, a maior parte do spread bancário não é composta pelo lucro das instituições financeiras. Ele apresentou o levantamento mais recente do Banco Central sobre o spread bancário. Segundo esses dados, no fim de 2010, 29% do spread estava associado aos custos da inadimplência, 26% correspondiam à tributação e ao compulsório, 13% representavam custos administrativos e os 32% restantes eram o lucro líquido dos bancos.


Para Murilo Portugal, a lucratividade dos bancos brasileiros está dentro dos padrões internacionais. "A maior parte do spread bancário no Brasil representa custos e temos como objetivo reduzir esse custo. É importante que todos [bancos e governo] trabalhem na mesma direção. Não se trata de ceder, mas de trabalhar com um objetivo comum", destacou.


"Lágrimas de crocodilo"


O presidente da Contraf-CUT contesta "as lágrimas de crocodilo" dos bancos. "Eles possuem uma lucratividade muito alta e invejável na economia brasileira. Vivem fazendo aquisições e fusões, onde só eles ganham. Hoje, meia dúzia de instituições concentra 90% do sistema financeiro, acumulando lucros gigantescos, sem oferecer contrapartidas para a sociedade, que paga os juros mais altos do mundo, tarifas abusivas, spread nas alturas e bônus milionários para altos executivos. Além disso, é um dos setores que menos gera empregos no país", avalia Cordeiro.


Para Cordeiro, "mesmo após as sucessivas quedas da taxa Selic, os bancos não reduziram os juros cobrados de consumidores e empresas. A queda da Selic barateia o custo do dinheiro para os bancos. Eles, porém, continuam sugando livremente a economia brasileira, ao praticarem taxas de juros até dez vezes maiores que as do mercado internacional".


Segundo pesquisa do Procon de São Paulo, a taxa média de juros de empréstimo pessoal fechou em 5,87% ao mês em março. Já a média dos juros do cheque especial subiu para 9,54% ao mês. Estudo do Ipea revela que bancos estrangeiros praticam taxas reduzidas nos países de origem.


"O abuso dos juros cobrados no Brasil fica ainda mais claro quando comparamos as taxas praticadas aqui e em outros países", aponta o presidente da Contraf-CUT. Uma pesquisa divulgada em janeiro pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) mostra que a taxa do cartão de crédito no Brasil é a mais alta na comparação com cinco países da América do Sul e o México. A soma das taxas dos seis países não chega ao valor médio dos juros cobrados pelas operadoras de cartão de crédito no Brasil.


Segundo a Proteste, o brasileiro pagava no início do ano uma taxa média de juros de 237,9% ao ano. Isto é quase cinco vezes superior à da Argentina, que aparece na segunda colocação com uma taxa média de 50% ao ano. Atrás da Argentina aparece o Chile, com taxa média de 40,7%, seguido pelo Peru, com taxa de 40%, o México, com taxa de 36,2%, e a Venezuela, com taxa de 29%. A menor taxa foi a da Colômbia, com taxa média de juros de 28,5% ao ano no cartão de crédito. "Esses dados mostram que o patamar de juros praticado aqui é uma verdadeira jabuticaba: só existe no Brasil", ironiza Cordeiro.


Desigualdades


"Como se não bastasse, os bancos reclamam dos altos custos, mas eles apresentam os maiores lucros", aponta o dirigente sindical. No ano passado, as cinco maiores instituições lucraram mais de R$ 50,7 bilhões, segundo pesquisa do Dieese.


Enquanto isso, dados do Dieese mostram que o piso dos bancários brasileiros é menor que o salário inicial dos trabalhadores argentinos e uruguaios. "Isso é um absurdo, uma vez que os bancos brasileiros estão entre os maiores e mais lucrativos do continente", compara Cordeiro.


Além disso, um executivo de banco chega a ganhar 400 vezes a renda de um bancário que recebe o piso da categoria no Brasil. "É preciso mudar essa situação, que contribui para que mantenhamos a vergonhosa posição entre as 12 nações mais desiguais do planeta", ressalta o presidente da Contraf-CUT.


Nem mesmo os bancários escapam dos juros altos cobrados pelos bancos, cujas taxas menores também são muito elevadas. O Santander, por exemplo, cobra taxas de cheque especial de 5,90% ao mês e de cartão de crédito de 8,45% ao mês de seus funcionários, apesar do risco zero de inadimplência.


Conferência Nacional do Sistema Financeiro


A Contraf-CUT defende a realização de uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro, nos moldes de outras conferências setoriais realizadas pelo governo federal nos últimos anos, como saúde, educação, segurança pública e comunicação.


"Queremos discutir com a sociedade o papel dos bancos. Como concessões públicas, eles têm de prestar contas à nação e colaborar com o desenvolvimento econômico e social do país. O que fazem hoje, ao oferecer crédito prioritariamente para o consumo em detrimento da produção e com juros altíssimos, é exatamente o inverso do que a sociedade espera", conclui.

 

Fonte: Contraf-CUT
10/04/2012

Contraf-CUT cobra fim das metas abusivas no Fórum de Saúde do Santander

A Contraf-CUT, federações e sindicatos cobraram nesta terça-feira (10) o fim das metas abusivas, como forma de combater o assédio moral, prevenir doenças mentais e reduzir o número de afastamentos, durante a retomada em 2012 do Fórum de Saúde e Condições de Trabalho do Santander, em São Paulo. Trata-se de um importante espaço de debates que está previsto na cláusula 22ª do acordo coletivo de trabalho firmado com o banco, aditivo à convenção coletiva dos bancários.

Foi discutida a pauta de saúde dos trabalhadores, entregue no último dia 4, onde também constam demandas como a manutenção do convênio médico e odontológico na aposentadoria nas mesmas condições dos funcionários da ativa, o acesso às informações sobre afastamentos por saúde e a melhoria na assistência às vítimas de assaltos e sequestros.


"Tivemos mais de duas horas e meia de debates, a definição de duas reuniões específicas sobre planos de saúde e procedimentos de RH para buscar soluções e um avanço importante, que é o fim da empresa terceirizada e a contratação de funcionários do banco para atender os afastados por motivos de saúde", avalia o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.


Fim das metas abusivas


A gestão do Santander voltou a ser criticada pelos dirigentes sindicais. "Além de estabelecer metas abusivas, que são inatingíveis, o banco utiliza mecanismos de cobrança que ocasionam assédio moral, doenças mentais e adoecimento de trabalhadores", afirma a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e nova coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani.


As entidades sindicais defenderam o fim das metas individuais, de modo que fique vedado qualquer tipo de comparação entre os resultados obtidos, seja por agência, região ou ranking, como aliás já determina a cláusula 35ª da convenção coletiva, mas que tem sido descumprida pelo banco, conforme foi denunciado na última reunião do Comitê de Relações Trabalhistas.


Os representantes do banco, que estiveram acompanhados de gestores da área de saúde e medicina do trabalho, alegaram que "as metas são desafiadoras, mas factíveis" e que o assunto deve ser discutido na continuidade da Mesa Temática de Saúde com a Fenaban.


"Concordamos que se trata de um grave problema do sistema financeiro, mas o banco tem especificidades, como os programas próprios de renda variável, que são inclusive objeto de discussão no acordo do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) e, por isso, voltaremos a cobrar o fim das metas abusivas porque elas têm tudo a ver com a saúde do trabalhador", diz Ademir.


"Cobramos também a assinatura de um acordo de venda responsável de produtos e serviços financeiros, a exemplo do protocolo firmado pelo Comitê de Empresa Europeu, formado por representantes do banco espanhol e de entidades sindicais de vários países", salienta Maria Rosani. O representante do banco pediu cópia do termo firmado.


Convênio médico e odontológico


Os sindicalistas reivindicaram a manutenção dos convênios médicos e odontológicos do banco na aposentadoria e nas mesmas condições dos funcionários da ativa.


Outras propostas envolvem a inclusão de pai e mãe como dependentes, a definição de meses fixos nos primeiro e segundo semestres, de cada ano, para solicitações de alterações nos planos existentes e o acesso aos contratos firmados.


"O banco ficou de agendar uma reunião específica para tratar desse tema, principalmente sobre a permanência do plano de saúde na aposentadoria, a exemplo dos aposentados do Banespa que são associados da Cabesp", destaca a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Vera Marchioni.


Reversão na terceirização


"Tivemos um avanço importante com o fim da contratação de uma empresa terceirizada para cadastrar e atender os funcionários afastados por motivos de saúde. O banco anunciou que o serviço está sendo internalizado, com a contratação de nove empregados", aponta Vera.


"Esperamos que o Santander reverta igualmente outros setores terceirizados, como forma de substituir o trabalho precário por empregados com os mesmos direitos dos bancários, o que traz qualidade de atendimento, segurança e sigilo protegidos, dentre outras vantagens", ressalta Ademir.


Melhoria nos procedimentos de RH


As entidades sindicais apontaram a necessidade de melhorias nos procedimentos de RH, destacando que o grupo de trabalho montado no ano passado trouxe avanços, mas que é preciso evoluir, diante da existência de vários problemas administrativos.


"Tem funcionário que não recebe carteirinha do plano de saúde e perde a carência", exemplificou o diretor do Sindicato dos Bancários de Pelotas, Luiz Diogo. "Isso é inadmissível", revela.


O banco ficou de agendar uma reunião específica na segunda quinzena de maio, explicando que até lá a nova equipe contratada deverá estar preparada para receber as demandas dos trabalhadores.


Transparência


Os dirigentes sindicas reivindicaram acesso às informações de funcionários afastados ou adoecidos, mediante o encaminhamento aos sindicatos e à Contraf-CUT dos relatórios mensais previstos na NR-4, artigo 4.12, especialmente na letra "i", apresentados ao Ministério do Trabalho e Emprego. O banco ficou de avaliar.


Também foi reiterado o pedido de informações sobre funcionamento, critérios e políticas globais, como também a receita e os reembolsos aprovados e negados da ajuda social extraordinária da Fundação Santander, ex-Real. O banco adiantou que o atual teto de auxílios é de 26 salários mínimos (R$ 16.172).


O banco prometeu fazer uma apresentação do Programa de Reabilitação Ocupacional (PRO) na próxima reunião do Fórum de Saúde. Foi lembrado que a reabilitação profissional está prevista na cláusula 43ª da convenção coletiva, mas que não vem sendo implementada pelos bancos.


"Exigimos também a imediata supressão da afirmação de inexistência de risco específico constante no Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)", acrescenta Vera. Mas o banco não aceitou a proposta. "Os trabalhadores adoecem em razão da forma de organização e da pressão do trabalho", aponta a dirigente sindical.


Assistência às vítimas de assaltos, sequestros e extorsões


Os dirigentes sindicais cobraram atendimento médico e psicológico, de forma presencial, aos empregados em casos de assaltos ou tentativas, bem como às suas famílias por ocasião de sequestros, consumados ou não.


Também defenderam a emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) a todos os empregados que estiveram no local do assalto, consumado ou não, bem como aos vitimados por sequestro ou extorsão, ainda que não consumado. Foi lembrado que esse procedimento já está valendo no Rio Grande do Sul e em Londrina por força de decisões judiciais.


"Propomos que, após a ocorrência, o estabelecimento deverá permanecer fechado, até que seja procedida avaliação técnica pelas áreas de segurança e saúde do banco, com a participação do sindicato local", destaca Ademir, que é o coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT.


O banco disse que emite CAT após laudo médico e ficou de apresentar o atendimento completo que presta às vítimas da violência na próxima reunião do Fórum de Saúde.


Os sindicalistas cobraram ainda maior atenção do banco para as reformas de agências, que costumam ocasionar problemas de saúde e segurança.


Nos próximos dias será redigida a ata da reunião, que será divulgada tão logo estiver concluída e aprovada pelas partes.


Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 9 de abril de 2012

ZERO HORA - Edição de 09 de abril de 2012 | N° 17034

TOGAS E CITY TOUR

Banco ajudou a financiar encontro de magistrados no Amazonas

O último encontro de presidentes de Tribunais de Justiça estaduais, realizado em um hotel de luxo em Manaus no fim de semana retrasado, teve despesas pagas pelo governo do Estado do Amazonas e pelo Bradesco. Na programação do 91º Encontro do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça não houve apenas palestras e reuniões, mas também eventos sociais e turismo, como um passeio em iate pelo Rio Negro.

Segundo o presidente do TJ do Amazonas, João Simões, o encontro custou cerca de R$ 200 mil. Simões não revelou quanto cada patrocinador investiu, mas afirmou que o maior apoiador foi o governo estadual.

Dos 25 tribunais que enviaram representantes, 14 responderam questionamentos sobre a forma como foram pagas as despesas de hospedagem, transporte e alimentação dos presidentes, assessores e acompanhantes.

No total, as cortes gastaram cerca de R$ 43 mil com a viagem de magistrados ou assessores. Segundo as assessorias dos TJs, despesas de acompanhantes foram pagas pelos próprios magistrados. Na primeira noite houve uma cerimônia de abertura e um jantar com apresentação de danças folclóricas e cantores famosos na região.

No dia seguinte, os presidentes dos TJs se reuniram no salão nobre do hotel por cerca de oito horas para discutir temas do Judiciário e assistir a duas palestras – sobre o controle do Judiciário pelos Tribunais de Contas e a gestão de preços em licitações.

Os acompanhantes dos magistrados fizeram um “city tour” por Manaus, incluindo uma visita a uma fábrica de relógios. O Tribunal de Justiça do Amazonas e o Bradesco já foram protagonistas de uma polêmica no meio jurídico do Estado no ano passado.

Judiciário fez mutirão após pedido de banco

A pedido do banco, o TJ-AM promoveu dois mutirões de conciliação judicial em que 90% dos processos tinham como autor o próprio banco ou empresas do grupo. Esses mutirões são esforços concentrados do Judiciário para buscar entendimento entre as partes. Servidores dos tribunais selecionam processos com chances de acordo e os submetem às tentativas.

Segundo a Associação dos Magistrados do Amazonas, ofício encaminhado pelo TJ a juízes das varas cíveis e de registros públicos determinava que apenas processos indicados pelo Bradesco fossem incluídos na conciliação. O banco não quis se pronunciar.