TOGAS E CITY TOUR
Banco ajudou a financiar encontro de magistrados no Amazonas
Segundo o presidente do TJ do Amazonas, João Simões, o encontro custou cerca de R$ 200 mil. Simões não revelou quanto cada patrocinador investiu, mas afirmou que o maior apoiador foi o governo estadual.
Dos 25 tribunais que enviaram representantes, 14 responderam questionamentos sobre a forma como foram pagas as despesas de hospedagem, transporte e alimentação dos presidentes, assessores e acompanhantes.
No total, as cortes gastaram cerca de R$ 43 mil com a viagem de magistrados ou assessores. Segundo as assessorias dos TJs, despesas de acompanhantes foram pagas pelos próprios magistrados. Na primeira noite houve uma cerimônia de abertura e um jantar com apresentação de danças folclóricas e cantores famosos na região.
No dia seguinte, os presidentes dos TJs se reuniram no salão nobre do hotel por cerca de oito horas para discutir temas do Judiciário e assistir a duas palestras – sobre o controle do Judiciário pelos Tribunais de Contas e a gestão de preços em licitações.
Os acompanhantes dos magistrados fizeram um “city tour” por Manaus, incluindo uma visita a uma fábrica de relógios. O Tribunal de Justiça do Amazonas e o Bradesco já foram protagonistas de uma polêmica no meio jurídico do Estado no ano passado.
Judiciário fez mutirão após pedido de banco
A pedido do banco, o TJ-AM promoveu dois mutirões de conciliação judicial em que 90% dos processos tinham como autor o próprio banco ou empresas do grupo. Esses mutirões são esforços concentrados do Judiciário para buscar entendimento entre as partes. Servidores dos tribunais selecionam processos com chances de acordo e os submetem às tentativas.
Segundo a Associação dos Magistrados do Amazonas, ofício encaminhado pelo TJ a juízes das varas cíveis e de registros públicos determinava que apenas processos indicados pelo Bradesco fossem incluídos na conciliação. O banco não quis se pronunciar.
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