PLENÁRIA DE MOBILIZAÇÃO DOS BANCÁRIOS E BANCÁRIAS DE PORTO ALEGRE

Em plenária realizada ontem pela Articulação Bancária de Porto Alegre, mais de 150  bancários e bancárias estiveram presentes no Salão de Festas do Sindbancários. Trabalhadores de Bancos Públicos e Privados, Dirigentes Sindicais e representantes de várias entidades dos trabalhadores confraternizaram e celebraram a aprovação da realização de um painel que versará sobre o tema: "OS TRABALHADORES E O GOVERNO DEMOCRÁTICO POPULAR: DESAFIOS E OPORTUNIDADES".

O painel será realizado no dia 04.04.2011, às 18h, no Espaço de Convergência no andar térreo da Assembléia Legislativa do RS, e contará com a presença de representantes dos trabalhadores, do executivo e do parlamento. Celso Woyciechowski (Presidente da CUT/RS), Adão Villaverde (Presidente da Assembléia Legislativa), João Motta (Secretário Estadual de Planejamento do RS) e Maria Eunice Wolf (Secretária Especial de Estratégia e Inovação de Canoas), já confirmaram suas participações.

A proposta se incorpora a atual conjuntura política do Estado, que importa na preparação e na qualificação dos trabalhadores e seus dirigentes para avançar nas pautas gerais e específicas da sociedade como um todo e a disputa dos rumos e o protagonismo das necessárias transformações sociais, de forma autônoma e independente, sem atrelamento aos partidos e aos governos.

Nesse sentido, devemos aprofundar debates, reflexões e elaborar políticas e estratégias inovadoras, sob eixos como as reformas e a pauta da classe trabalhadora e a organização, a estrutura e a sustentabilidade sindical. Outro destaque é o da construção permanente da unidade dos trabalhadores, que, via reflexa, influi na efetividade da mobilização, da luta e de seus resultados.

Antes de saborear o jantar, os presentes puderam ouvir algumas das lideranças da ARTICULAÇÃO BANCÁRIA RS se pronunciarem sobre as novas propostas e encaminhamentos que, no nosso entendimento, se fazem necessárias diante deste novo período político, não somente no Estado mas também no País.

Ademir Wiederkehr (Santander), diretor da CONTRAF-CUT, ressaltou a importância do fortalecimento da luta dos trabalhadores, principalmente do Ramo Bancário, como ferramenta de ampliação das conquistas e direitos. Além da valorização das pessoas, sejam funcionários ou clientes, as empresas do ramo financeiro precisam investir ainda mais em segurança e melhoria das condições de trabalho e atendimento.

Pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), Loricardo de Oliveira, diretor financeiro da entidade, enfatizou a importância dos bancários dentro do conjunto da classe trabalhadora e o papel fundamental que a nossa categoria exerce nos rumos do desenvolvimento social e financeiro do país.

Carlos Augusto Rocha (Banrisul), diretor da FETRAFI-RS, lembrou da expectativa sobre os rumos do Banrisul neste novo período e o papel importantíssimo dos BANRISULENSES na condução da entidade em conjunto com a nova diretoria recém impossada.

O também diretor da FETRAFI-RS e funcionário da Caixa Econômica Federal, Devanir Camargo, registrou a importância da luta dos bancários do setor público e as conquistas significativas da categoria por um todo, que somente foram possíveis com muita luta e disposição e que devem ser cada vez mais ampliadas.

Pedro Loss (BB), diretor do Sindbancários-Poa, enfatizou o poder de organização da categoria bancária e a necessária  disposição e mobilização de todos os bancários e bancárias nas demandas e lutas por melhores condições de trabalho e remuneração.

O diretor da FETRAFI-RS e Sindbancários, Lúcio Paz (HSBC), lembrou da importância da organização dos trabalhadores e do movimento sindical como ferramenta para o avanço das conquistas, ampliação dos direitos dos bancários e bancárias, da construção permanente da unidade classista e dos desafios impostos a este novo cenário político.



Após os encaminhamentos formais da plenária os convidados saborearam um suculento churrasco e confraternizaram em mais um evento de sucesso, que contou com a presença de militantes e simpatizantes da ARTICULAÇÃO BANCÁRIA DO RS.

O BANCO DO BRASIL QUE O BRASIL PRECISA

O Banco do Brasil vem apresentando lucros extraordinários, ano após ano. Esses são os parâmetros impostos pelo mercado e pelo tipo de economia que se configurou nestas três últimas décadas. O problema está no caráter do lucro, pois ele não vem de uma atividade de fomento, mas de uma prática meramente mercantil.

Desde o início dos anos 90, o foco do BB passou a ser o de gerar “funding” (fundo de recursos) para realizar suas atividades comerciais e financeiras. O problema é que com isso o Banco deixou de lado uma postura de fomento e passou a “explorar” o mercado, retirando da mesma sociedade que um dia ele fomentou,  os lucros que agora constituem a única razão da sua existência.

O Banco alterou sua estrutura organizativa e funcional dotando-a das mais “modernas” formas de mercado.  A palavra “negócio” virou o vocábulo mais usado e difundido entre todos os funcionários. A palavra chave é competir, ganhar em tudo, inclusive, na exploração e assédio moral dos seus funcionários e clientes,  que conforme a sua renda ou faixa etária são jogados no “varejão” das salas de auto-atendimento, deixando o atendimento “VIP” para aqueles clientes com maior poder aquisitivo.

O Brasil precisa de um Banco que seja o suporte do desenvolvimento sustentável.  Precisa de um Banco que invista na atividade produtiva, que seja moderador do sistema financeiro nacional, forçando a queda dos juros praticados pela concorrência. Enfim, precisa de um Banco que ajude na construção de um Brasil mais justo, fraterno e igualitário. O Banco do Brasil precisa ser reconduzido  ao papel de instrumento fomentador das atividades produtivas, em prol da sociedade brasileira, em especial, aos que mais precisam, sem deixar de atender o lado comercial.

Articulação Bancária do RS

O BANRISUL QUE QUEREMOS

A posse da Diretoria indicada pelo Governo Tarso abre um novo ciclo de expectativas e desafios no BANRISUL e na sociedade gaúcha. Com 82 anos de história, o Banco do Estado do Rio Grande do Sul tem um papel estratégico importantíssimo para o desenvolvimento, tanto econômico como também social do nosso estado.  Além disso, os banrisulenses precisam ser valorizados, pois são imprescindíveis para o fortalecimento do banco.

Desta forma, não basta a indicação de três funcionários para participarem da nova diretoria. É preciso ir além. As reivindicações históricas de Democratização da Gestão do BANRISUL precisam sair do papel. É hora de eleger finalmente o diretor representante, previsto desde 1989 na Constituição Estadual, juntamente com um Conselho também de representantes dos funcionários, para que os BANRISULENSES possam ter voz ativa e ajudar a ditar os rumos do banco, participando em conjunto com as ações da diretoria.

Também é fundamental a democratização da FUNDAÇÃO BANRISUL e da CABERGS, através da eleição de diretores nas duas instituições, garantindo a paridade na gestão, a exemplo de outras empresas públicas como BANCO DO BRASIL  e CAIXA ECONÔMICA FEDERAL.

Para tanto, a organização e a mobilização dos funcionários serão essenciais para fazer com que os sonhos de todos se tornem realidade. É preciso lutar para conquistar a implantação de um novo quadro de cargos, salários e carreiras, que traga valorização e perspectivas de ascensão profissional para todos os BANRISULENSES. A seleção interna deve ser requisito para a ascensão na carreira, eliminando qualquer subterfúgio no preenchimento de cargos comissionados. Os valores referentes a CAMPANHAS SALARIAIS devem ser distribuídos de forma equânime. A RV tem que ser paga linearmente a todo o quadro funcional, em todos as suas fases. É inaceitável qualquer forma de discriminação no BANRISUL, sendo preciso  garantir igualdade de oportunidades para todos.

Para nós, democratizar o BANRISUL significa colocar as pessoas em primeiro lugar.

Articulação Bancária do Rio Grande do Sul

blog da Articulação Bancária RS: http//bancariostche.blogspot.com