sexta-feira, 18 de março de 2011

O BANCO DO BRASIL QUE O BRASIL PRECISA

O Banco do Brasil vem apresentando lucros extraordinários, ano após ano. Esses são os parâmetros impostos pelo mercado e pelo tipo de economia que se configurou nestas três últimas décadas. O problema está no caráter do lucro, pois ele não vem de uma atividade de fomento, mas de uma prática meramente mercantil.
Desde o início dos anos 90, o foco do BB passou a ser o de gerar “funding” (fundo de recursos) para realizar suas atividades comerciais e financeiras. O problema é que com isso o Banco deixou de lado uma postura de fomento e passou a “explorar” o mercado, retirando da mesma sociedade que um dia ele fomentou,  os lucros que agora constituem a única razão da sua existência.
O Banco alterou sua estrutura organizativa e funcional dotando-a das mais “modernas” formas de mercado.  A palavra “negócio” virou o vocábulo mais usado e difundido entre todos os funcionários. A palavra chave é competir, ganhar em tudo, inclusive, na exploração e assédio moral dos seus funcionários e clientes,  que conforme a sua renda ou faixa etária são jogados no “varejão” das salas de auto-atendimento, deixando o atendimento “VIP” para aqueles clientes com maior poder aquisitivo.
O Brasil precisa de um Banco que seja o suporte do desenvolvimento sustentável.  Precisa de um Banco que invista na atividade produtiva, que seja moderador do sistema financeiro nacional, forçando a queda dos juros praticados pela concorrência. Enfim, precisa de um Banco que ajude na construção de um Brasil mais justo, fraterno e igualitário. O Banco do Brasil precisa ser reconduzido  ao papel de instrumento fomentador das atividades produtivas, em prol da sociedade brasileira, em especial, aos que mais precisam, sem deixar de atender o lado comercial.

Articulação Bancária do RS

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