quinta-feira, 22 de novembro de 2012

21/11/2012

CCJC da Câmara discute nesta quinta projeto que regulamenta terceirização

 
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), realiza nesta quinta-feira (22), às 10h, audiência pública sobre o Projeto de Lei (PL) nº 4330, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) que, inicialmente, foi apresentado como uma proposta de regulamentação da terceirização, mas, na verdade, amplia essa forma de contratação que vem aumentando a precarização do trabalho no Brasil.

Clique aqui para ver a íntegra do PL 4330.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, é um dos convidados. Ele vai reafirmar as premissas construídas em conjunto com as demais centrais sindicais para a regulamentação da terceirização no Brasil, como a isonomia de tratamento e salarial, proibição da terceirização nas atividades-fim, responsabilidade solidária entre tomadores e prestadores de serviços, acesso às informações de negociação prévia e punição às empresas infratoras.

O PL, relatado e modificado pelo deputado federal Roberto Santiago (PSD-SP), cuja mudança foi aprovada na Comissão Especial sobre o assunto no dia 23 de novembro de 2011, libera a terceirização para as atividades-fim das empresas. Atualmente, só podem ser terceirizadas atividades-meio, como porteiros, vigilantes, pessoal de limpeza etc.

Além disso, o PL não estabelece nenhum tipo de isonomia salarial e de direitos, o que deve provocar a substituição na contratação de trabalhadores diretos por empresas terceirizadas. O enquadramento sindical também se mantém diferenciado, dividindo os trabalhadores.

"A nova versão piorou, e muito, o projeto de lei inicial. Representa um ataque aos direitos conquistados dos trabalhadores", avalia o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, que participará da audiência.

"Além de precarizar os direitos dos trabalhadores, a terceirização tem enorme impacto social, uma vez que reduz salários e o terceirizado é discriminado em todos os espaços da empresa e na sociedade. É um golpe contra o emprego decente, contra a CLT e contra a organização dos trabalhadores", afirma Miguel.

"Promover o empobrecimento da classe trabalhadora é promover o empobrecimento do país. Menos ainda se justifica na atual conjuntura econômica, onde o Brasil vem apresentando crescimento econômico e é hoje a sexta maior economia do mundo, mas está entre os 12 países com pior distribuição de renda", aponta o diretor da Contraf-CUT.

A proposta, que já passou pela Comissão do Trabalho, está agora em tramitação na CCJC. A votação na comissão encerra o debate na Casa. "O que aumenta a importância da audiência pública", salienta Miguel.


Fonte: Contraf-CUT
21/11/2012

Emprego e condições de trabalho em negociação com Santander nesta quinta

 
A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta quinta-feira (22), o Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) do Santander. Trata-se de espaço de negociação permanente que está previsto na cláusula 31ª do acordo coletivo aditivo assinado entre as entidades sindicais e o banco espanhol. A reunião ocorre das 14h às 17h, no prédio do Banesprev, no centro de São Paulo.

A pauta de reivindicações dos funcionários que será negociada com o banco foi encaminhada na última sexta-feira (16), tendo sido elaborada a partir das sugestões enviadas por federações e sindicatos. Também foram incluídas pendências de reuniões anteriores.

Clique aqui para ler a íntegra da pauta.

Emprego

Uma das questões pautadas é o emprego. No primeiro trimestre de 2012, o quadro de pessoal era de 55.053 funcionários, sendo reduzido para 54.918 no segundo trimestre, o que representou um corte de 135 vagas. No terceiro trimestre, o número de trabalhadores subiu para 55.120, significando a criação de 202 vagas.

"Essa pequena geração de empregos é insuficiente diante da abertura de 90 agências nos últimos 12 meses e da carência de funcionários nas unidades", salienta Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT.

A representação sindical reivindica novas contratações e fim da rotatividade, visando gerar mais empregos, melhorar as condições de trabalho, garantir qualidade de atendimento para os clientes e a população e contribuir com o desenvolvimento do país.

Condições de trabalho

Além do emprego, os bancários cobram outras medidas para melhorar as condições de trabalho. "Queremos o fim das metas individuais, o fim das metas para os caixas, o fim das reuniões diárias para cobrança de metas, a proibição de abertura e prospecção de conta universitária fora da jornada e do local de trabalho, o fim do desvio de funções nas agências, envolvendo caixas, coordenadores e gerentes de atendimento e de negócios, e a proibição de cobrança de metas para estagiários e menores aprendizes", afirma Maria Rosani, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Outras demandas

As entidades sindicais também pautaram a criação de um plano de cargos e salários (PCS), conforme proposta apresentada na Campanha Nacional dos Bancários 2012 para a Fenaban, que remeteu o debate para negociação banco a banco.

Também será cobrada a redução das taxas de juros e a isenção das tarifas para funcionários e aposentados do banco.

Outra reivindicação é a concessão de folga no dia de aniversário para todos os funcionários do Banco, conforme já tem sido praticado em vários locais de trabalho.

Reunião da COE do Santander

Antes do CRT, a Contraf-CUT realiza, às 9h30, uma reunião da COE do Santander, na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, para preparar os debates com o banco.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

terça-feira, 20 de novembro de 2012



ARTBAN REUNE BANCÁRIOS PARA CONFRATERNIZAR O ANO DE 2012 E PREPARAR OS DESAFIOS PARA 2013      

A Articulação Bancária reuniu no último dia 13, no Salão de Festas do SindBancários, mais de uma centena de bancários e bancárias, de bancos públicos e privados, nacionais, regionais e internacionais, para confraternizar mais um ano que se encerra, celebrar o sucesso de 2012 e preparar os desafios para 2013.

O evento contou com a presença do presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, que parabenizou os bancários pelo protagonismo da categoria nos avanços de suas campanhas salariais e por conquistarem, ano após ano, direitos sociais importantes para a dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras.  

Claudir e Lúcio Mauro na abertura
Claudir lembrou da pauta dos trabalhadores empreendida pela CUT e convocou os presentes para continuar fazendo a diferença não apenas no âmbito categorial, mas também nas transformações sociais e globais, citando o Fórum Social por uma Palestina Livre. 

Na sequência, os dirigentes da ArtBan fizeram um resgate das últimas Campanhas Salariais e enalteceram a unidade e a organização dos bancários nos processos negociais e nas pautas permanentes. Além disso, lembraram dos 20 anos da Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários que é modelo para todos os trabalhadores no país e no mundo. Os dirigentes também fizeram um chamamento à unidade e à articulação das proposições para a categoria avançar ainda mais em sua organização em 2013 e 2014. 

Elza, Claudir, Welf e Celsinho dialogando
Além do atual presidente da CUT RS, o evento também contou com a presença de outras lideranças da Articulação. Celso Woycieckowski, o “Celsinho da CUT”, trouxe o seu fraterno abraço aos bancários.


Flávio Pastoriz e Milton Mottini
O ex-presidente do SindBancários, Milton Mottini, figura histórica do movimento sindical bancário compartilhou suas experiências e ensinamentos com a vanguarda da ArtBan.


Lúcio Mauro e Carlos Rocha
     

O diretor da Federação dos Bancários (FETRAFI-RS), Carlos Augusto Rocha, não poderia faltar ao evento. Rocha celebrou junto com os bancários compartilhando suas ações na federação, uma instância estratégica na organização da categoria.

Bancários e bancárias confraternizando
Bancários e bancárias confraternizando

 Enquanto o plenário confraternizava, um delicioso churrasco estava sendo preparado com todo o requinte que o momento exigia.


















Chef Lucas, baita assador


O evento contou com o expertise de um “baita” assador, o Chef Lucas. À partir daí foram só elogios!!!









Na sequência do jantar, a ArtBan inovou; já no clima natalino, organizou um conjunto de brincadeiras e sorteios.







  
A proposta tinha como pano de fundo um conjunto de reflexões sobre o cotidiano da categoria bancária, suas dificuldades e como de forma unificada e organizada se é possível vencer, conquistar e avançar!!!


Jairo, Claudir, Pastoriz, Geovana, Lúcio e Orlando
 


17/11/2012

Contraf-CUT celebra consciência negra e reforça luta por igualdade racial

 
Bancários combatem racismo e discriminações e defendem igualdade

A Contraf-CUT celebra o mês da consciência negra e, junto com a CUT, reforça a luta por igualdade racial no trabalho e na vida. A entidade chama federações e sindicatos a organizar e integrar atividades de mobilização que visem combater o racismo, denunciar qualquer discriminação racial, promover ações afirmativas e fortalecer a luta por igualdade de oportunidades nos bancos e na sociedade.


Para tanto, a Contraf-CUT divulga uma publicação especial para o mês da consciência negra, denunciando a exclusão das pessoas negras no sistema financeiro, alertando que as mulheres são duplamente discriminadas e apontando o descompasso entre os lucros e a responsabilidade social dos bancos.


Clique
aqui para ler o jornal especial da Contraf-CUT.

"Percebe-se o desafio e a urgência de traçar estratégias específicas para combater o racismo estrutural, principalmente por meio de ações afirmativas que possam contrabalançar os efeitos históricos dessas discriminações. Situação que comprova o quão violento e perverso é atual realidade da população negra em nosso país", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.


"As instituições financeiras mantêm os mecanismos de exclusão que perpetuam o passado no presente e, portanto, cooperam com as desigualdades sociais e com o racismo no Brasil", destaca Andrea Vasconcelos, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.


Bancos excluem pessoas negras


Há mais de uma década, os trabalhadores têm denunciado a existência de discriminação contra a população negra nos bancos. Por isso, neste mês da consciência negra, a Contraf-CUT não tem muito a comemorar, uma vez que o quadro segue inalterado e as pessoas negras continuam sendo minoria no sistema financeiro e no mercado formal de trabalho do país.


Os números mostram que, apesar do Brasil ser a segunda maior população afrodescendente do mundo, ficando atrás apenas da Nigéria, não é verificado um mesmo patamar de respeito à diversidade e à herança cultural que devem fazer parte de uma sociedade democrática. E quando tomamos como referência a América Latina e o Caribe constatamos a presença estimada de 150 a 200 milhões de pessoas afrodescendentes. Ou seja, é a maior população do mundo.


Porém, em pleno século XXI, o mercado de trabalho ainda pratica ao menos três tipos de discriminações contra os negros e as negras: a ocupacional, a salarial e a pela imagem.


Portanto, o modelo predominante de exclusão e marginalização institucionalizadas nas instituições financeiras demonstra na prática a falta de responsabilidade social dos bancos e evidencia também a não valorização de um capital humano multicultural e multirracial riquíssimo presente numa sociedade plural e diversa como a brasileira.


Mulheres negras são duplamente discriminadas


Pesquisas confirmam que a inserção da mulher negra no mercado de trabalho é caracterizada por ingresso precoce e tem como porta de entrada o trabalho doméstico, onde 75% não têm carteira assinada. "É uma condição de extrema desvantagem em relação às demais mulheres brancas e aos homens, brancos e negros", salienta Deise Recoaro, secretária de Mulheres da Contraf-CUT.


As mulheres negras trabalham em situações mais precárias, têm menos anos de estudo, menos possibilidades de carreira, têm os rendimentos mais baixos e as mais altas taxas de desemprego. São as últimas a serem contratadas e as primeiras a serem demitidas. Situação que comprova a dura realidade da mulher negra no Brasil.


Pesquisa elaborada pelo Instituto Ethos, em 2010, mostra que a presença de mulheres negras nos cargos de comando das empresas é quase nula: apenas 0,5% está no executivo, 2% na gerência, 5% na supervisão e 9% no quadro funcional.


O descompasso dos lucros e a responsabilidade social dos bancos


Em 2011, os cinco maiores bancos do país - Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal - alcançaram juntos a cifra de R$ 51 bilhões de lucro líquido.


Apesar desse valor astronômico, os lucros não se refletem em mais empregos, mais inclusão e mais responsabilidade social. Ao contrário, os bancos demitem, praticam a rotatividade - despedem pessoas com mais tempo de casa com salários maiores e contratam (não na mesma proporção) com salários menores.


Os bancos devem implantar programas de inclusão


Conforme demonstram pesquisas, os programas de valorização da diversidade influenciam fortemente o bom desempenho financeiro das empresas. Isso porque reforça vínculos e cria um clima positivo no ambiente de trabalho.


Porém, o que é verificado na maioria dos bancos, principalmente nos privados, é que não há implantação de políticas de diversidade. Pelo contrário, as empresas segregam e excluem de seus quadros pessoas negras. "Para piorar ainda mais, as instituições financeiras não divulgam planos de ascensão na carreira, o que caracteriza o não reconhecimento do potencial, da criatividade, do talento e do empenho dos trabalhadores e das trabalhadoras. Enfim, comete preconceito e discriminação velada e indireta", conclui Andrea.



Fonte: Contraf-CUT