segunda-feira, 11 de novembro de 2013

07/11/2013

Contraf-CUT apoia Chapa 130 para o Conselho de Administração da Caixa

 
A Contraf-CUT apoia a candidatura de Fernando Neiva para o Conselho de Administração da Caixa e de Maria Rita Serrano como suplente para as eleições que acontecem entre os dias 11 e 18 de novembro. Eles compõem a Chapa 130. A participação dos trabalhadores na administração da Caixa é uma conquista histórica dos empregados. O voto é secreto, facultativo e será feito por meio eletrônico. Todos os empregados ativos poderão votar.

"Fernando Neiva e Rita Serrano têm uma longa trajetória de luta em defesa dos bancários e dos trabalhadores. Temos certeza de que são a melhor opção e a garantia de uma representação real e qualificada dos empregados na defesa de seus direitos junto à mais alta instância de decisão da Caixa, instituição financeira pública indispensável para o desenvolvimento econômico e social do país", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Fernando Neiva é economista com extensão em Agenda das Políticas Públicas: Tendências Contemporâneas e pós-graduação em Políticas Públicas, Estratégia de Gestão. Atualmente, cursa Direito. Ingressou na Caixa em 1989 e integrou as diretorias do Sindicato dos Bancários de BH e Região a partir de 1996, tendo sido presidente entre 1999 e 2008. Atualmente, é diretor do Departamento Jurídico da entidade. Foi também membro do Conselho Fiscal da APCEF/MG, diretor da Fenae e da CUT Nacional.

Maria Rita Serrano é mestre em Administração, em História e em Estudos Sociais. É empregada da Caixa desde 1989. Foi vice-prefeita de Rio Grande da Serra (SP) e respondeu durante o mandato pela Secretaria de Cidadania do município. É autora do livro O desenvolvimento socioeconômico de Rio Grande da Serra. Foi secretária de Finanças da Fetec/SP, integrou por duas gestões o Comitê de Investimento da Funcef e participou da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) entre 2003 e 2009. Presidiu o Sindicato dos Bancários do ABC entre 2006 e 2012. É diretora do Sindicato e da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC.


Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 10 de junho de 2013

07/06/2013

Veja os deputados da CCJC da Câmara e proteste contra o PL 4330

 
A Contraf-CUT orienta bancários e entidades sindicais a enviar mensagens de protesto aos deputados que integram a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara Federal contra a aprovação do Projeto de Lei (PL) nº 4330/2004. O PL que escancara a terceirização e precariza o emprego está na pauta de votação da reunião ordinária da CCJC, que ocorre na próxima terça-feira (11), às 14h30, em Brasília.

O projeto, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) e piorado pelo relator, deputado Artur Maia (PMDB-BA), prevê a regulamentação do trabalho terceirizado até mesmo nas atividades-fim, mediante contratação de empresas especializadas, exceto nos correspondentes bancários.

Além do envio de mensagens via cartas, e-mails e telefone, a Contraf-CUT convoca sindicatos e federações a enviarem delegações a Brasília. A concentração ocorre na sede da CUT Nacional, a partir das 13h, seguindo para a CCJC, que se reúne no Anexo II, no Plenário 1 da Câmara.

Clique aqui para contatar os deputados da CCJC.

Veja quem são os deputados da CCJC:

Presidente: Décio Lima - PT/SC
1º Vice-Presidente: Mauro Benevides - PMDB/CE
2º Vice-Presidente: Luiz Carlos - PSDB/AP
3º Vice-Presidente: Carlos Bezerra - PMDB/MT

Titulares

PT
Alessandro Molon - PT/RJ
Cândido Vaccarezza - PT/SP
Décio Lima - PT/SC
Iriny Lopes - PT/ES
João Paulo Cunha - PT/SP
João Paulo Lima - PT/PE
José Genoíno - PT/SP
José Mentor - PT/SP
Luiz Couto - PT/PB
Odair Cunha - PT/MG
Ricardo Berzoini - PT/SP
Taumaturgo Lima - PT/AC
Vicente Candido - PT/SP

PMDB
Alceu Moreira - PMDB/RS
Arthur Oliveira Maia - PMDB/BA
Carlos Bezerra - PMDB/MT
Benjamin Maranhão - PMDB/PB
Danilo Forte - PMDB/CE
Eduardo Cunha - PMDB/RJ
Fabio Trad - PMDB/MS
Leonardo Picciani - PMDB/RJ
Marcelo Almeida - PMDB/PR
Mauro Benevides - PMDB/CE
Osmar Serraglio - PMDB/PR

PSDB
Bonifácio de Andrada - PSDB/MG
Cesar Colnago - PSDB/ES
João Campos - PSDB/GO
Jutahy Junior - PSDB/BA
Luiz Carlos - PSDB/AP
William Dib - PSDB/SP

PSD
Eduardo Sciarra - PSD/PR
Heuler Cruvinel - PSD/GO
Onofre Santo Agostini - PSD/SC
Paulo Magalhães - PSD/BA
Sergio Zveiter - PSD/RJ

PP
Esperidião Amin - PP/SC
Paulo Maluf - PP/SP
Renato Andrade - PP/MG
Vilson Covatti - PP/RS

PR
Jorginho Mello - PR/SC
Ronaldo Fonseca - PR/DF
Vicente Arruda - PR/CE

PSB
Beto Albuquerque - PSB/RS
Edson Silva - PSB/CE
Márcio França - PSB/SP
Sandra Rosado - PSB/RN
Valtenir Pereira - PSB/MT

DEM
Felipe Maia - DEM/RN
Luiz de Deus - DEM/BA
Mendonça Prado - DEM/SE

PDT
Félix Mendonça Júnior - PDT/BA
Marcos Medrado - PDT/BA
Marcos Rogério - PDT/RO
Vieira da Cunha - PDT/RS

PTB
Arnaldo Faria de Sá - PTB/SP
Paes Landim - PTB/PI

Bloco PV, PPS
Fábio Ramalho - PV/MG
Roberto Freire - PPS/SP

PSC
Andre Moura - PSC/SE
Leonardo Gadelha - PSC/PB

PCdoB
Delegado Protógenes - PCdoB/SP

PRB
Antonio Bulhões - PRB/SP

PTdoB
Lourival Mendes - PTdoB/MA

PSL
Dr. Grilo - PSL/MG

Suplentes

PT
Artur Bruno - PT/CE
Fátima Bezerra - PT/RN
Gabriel Guimarães - PT/MG
Geraldo Simões - PT/BA
José Guimarães - PT/CE
Márcio Macêdo - PT/SE
Miguel Corrêa - PT/MG
Nazareno Fonteles - PT/PI
Paulo Teixeira - PT/SP
Rogério Carvalho - PT/SE
Zezéu Ribeiro - PT/BA

PMDB
Alberto Filho - PMDB/MA
Francisco Escórcio - PMDB/MA
João Magalhães - PMDB/MG
Júnior Coimbra - PMDB/TO
Marçal Filho - PMDB/MS
Mauro Lopes - PMDB/MG
Mendes Ribeiro Filho - PMDB/RS
Renan Filho - PMDB/AL
Sandro Mabel - PMDB/GO

PSDB
Bruno Araújo - PSDB/PE
Carlos Sampaio - PSDB/SP
Dudimar Paxiuba - PSDB/PA
Eduardo Azeredo - PSDB/MG
Nelson Marchezan Junior - PSDB/RS
Reinaldo Azambuja - PSDB/MS
Ricardo Tripoli - PSDB/SP

PSD
Ademir Camilo - PSD/MG
Armando Vergílio - PSD/GO
João Lyra - PSD/AL
José Nunes - PSD/BA
Moreira Mendes - PSD/RO
Silas Câmara - PSD/AM
Walter Tosta - PSD/MG

PP
Beto Mansur - PP/SP
Dilceu Sperafico - PP/PR
Sandes Júnior - PP/GO

PR
Anthony Garotinho - PR/RJ
Davi Alves Silva Júnior - PR/MA
Gorete Pereira - PR/CE
Jaime Martins - PR/MG
Laercio Oliveira - PR/SE
Lincoln Portela - PR/MG
Luciano Castro - PR/RR

PSB
Gonzaga Patriota - PSB/PE
Janete Capiberibe - PSB/AP
Jose Stédile - PSB/RS
Luiza Erundina - PSB/SP

DEM
Alexandre Leite - DEM/SP
Efraim Filho - DEM/PB
Eli Correa Filho - DEM/SP
Mendonça Filho - DEM/PE
Onyx Lorenzoni - DEM/RS

PDT
João Dado - PDT/SP
Oziel Oliveira - PDT/BA
Wolney Queiroz - PDT/PE

Bloco PV, PPS
Sandro Alex - PPS/PR
Sarney Filho - PV/MA

PSC
Hugo Leal - PSC/RJ
Ricardo Arruda - PSC/PR

PCdoB
Assis Melo - PCdoB/RS
Daniel Almeida - PCdoB/BA

PRB
Vilalba - PRB/PE

PSOL
Chico Alencar - PSOL/RJ

PTdoB
Luis Tibé - PTdoB/MG



Fonte: Contraf-CUT com Agência Câmara

sexta-feira, 5 de abril de 2013

04/04/2013

Contraf-CUT critica projeto dos bancos para regulamentar sistema financeiro

Depois de seis anos tramitando no Senado, o projeto de lei complementar substitutivo do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) que regulamenta o Sistema Financeiro Nacional (SFN), e dentre outras coisas concede "autonomia operacional" ao Banco Central, recebeu parecer favorável e vai entrar na pauta de votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), segundo informou o jornal Valor Econômico na edição de quarta-feira (3).

"Esse é o projeto dos bancos. O parecer favorável faz parte da gigantesca ofensiva em curso promovida pelo mercado financeiro, com forte repercussão na mídia, para pressionar o governo federal a abandonar a política desenvolvimentista e a assumir a agenda neoliberal que, a pretexto de combater a inflação, propõe o aumento dos juros, contenção do consumo e do crédito e demissões de trabalhadores", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.


"Esse projeto visa blindar o Banco Central, torná-lo ainda mais independente do governo, aniquilando a transparência. O BC ficaria assim sob controle absoluto dos banqueiros", critica Carlos Cordeiro. "Nós queremos o oposto disso, que é tornar o BC independente do mercado financeiro, transparente e sob controle da sociedade."


Por uma conferência nacional do sistema financeiro


Para o presidente da Contraf-CUT, a ofensiva do mercado financeiro no Congresso e contra a política desenvolvimentista da presidenta Dilma Roussef torna ainda mais urgente a convocação de uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro, antiga reivindicação dos bancários e da CUT.


"Os bancos estão claramente chantageando o governo e a população com a campanha maciça por aumento dos juros para conter a ameaça inflacionária. A sociedade brasileira precisa reagir e entrar nesse debate para escolher que tipo de sistema financeiro ela quer para o Brasil. Esse que está aí, que cobra os juros e spreads mais altos do mundo, segura o crédito e marginaliza amplos setores da população, ou um outro que cumpra a função de financiar o desenvolvimento econômico e social do país?", indaga Carlos Cordeiro.


"Por isso, é imprescindível uma Conferência Nacional que discuta o sistema financeiro. A presidenta Dilma já concordou com a defesa dos interesses dos consumidores, incluindo os direitos dos clientes bancários. Consideramos isso muito importante e vamos participar, mas continuamos defendendo um grande debate nacional sobre o papel do sistema financeiro", salienta Cordeiro.


Dois projetos em confronto


O projeto de lei que recebeu parecer favorável na CAE, de autoria do ex-senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), mas bastante modificado pelo relator Dornelles, se aprovado pelo Congresso, regulamentará o Artigo 192 da Constituição e substituirá a Lei 4.595, de dezembro de 1964, que até hoje regula o sistema financeiro.


Ele é frontalmente contrário às propostas que vêm sendo aprovadas pelos bancários em suas conferências nacionais, que visam atualizar o projeto apresentado ao Congresso Nacional na década de 1990 pela então CNB-CUT, antecessora da Contraf-CUT.


O projeto de Dornelles propõe mandatos de seis anos (escalonados) do presidente e dos diretores do Banco Central, que podem ser reconduzidos uma única vez. A demissão do presidente ou dos diretores do BC, pelo presidente da República, terá que ser devidamente justificada e previamente aprovada pelo Senado, em votação secreta.


A demissão dos diretores do BC só poderá ocorrer, segundo o projeto de Dornelles, se houver descumprimento de metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) ou por gestão que cause grave prejuízo à economia nacional. O presidente do BC ou os diretores também poderão ser substituídos em caso de renúncia, aposentadoria compulsória ou condenação judicial transitada em julgado.


Os objetivos principais do BC serão, de acordo com o projeto, "a estabilidade de preços e a solidez do sistema financeiro". Está prevista a criação de uma taxa de fiscalização que será recolhida, semestralmente, ao BC pelas instituições sob sua supervisão. Essa taxa será regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O BC será responsável pela execução das políticas monetária e cambial definidas pelo CMN e terá autonomia para escolher os instrumentos de execução dessas políticas.


Cheque em branco


"Avaliamos que definir um mandato de seis anos para os diretores do BC, não coincidindo com o mandato do presidente da República e sem estabelecer atribuições e responsabilidades, é passar um cheque em branco para as instituições financeiras. Hoje, o BC já vem atuando como um sindicato dos bancos, baixando resoluções que somente atendem aos interesses dos banqueiros, como a substituição de agências e postos de serviços por correspondentes bancários, precarizando o atendimento da população", aponta Cordeiro.


"Mais importante", para o presidente da Contraf-CUT, "seria regulamentar o artigo 192 da Constituição, após a Conferência Nacional do Sistema Financeiro, bem como estabelecer que o Banco Central, além das metas de inflação, passe a definir também metas sociais, como o aumento do emprego e da renda dos trabalhadores e a redução das desigualdades sociais do país, impulsionado o desenvolvimento do Brasil", conclui o dirigente sindical.


Propostas dos bancários


As propostas dos bancários para regulamentação do Artigo 192 da Constituição defendem um SFN voltado para o desenvolvimento econômico e social do país, democrático e sob o controle da sociedade. Querem, entre outras coisas:


- Ampliação do Conselho Monetário Nacional (CNM), permitindo a participação fiscalizadora da sociedade.


- Democratização e controle social do sistema financeiro.


- Definir mecanismos de política econômica que o BC disporá para cumprir sua missão de controle da inflação.


- Direcionamento de crédito e regulação dos juros para áreas prioritárias.


- Discutir volumes, custos e setores a serem atingidos por operações de crédito obrigatórias.


- Normatizar a atuação dos bancos públicos e privados e orientar a sua atuação para o desenvolvimento econômico e social do país


- Regular as atividades dos bancos estrangeiros para sejam subordinados aos objetivos nacionais.


- Assegurar regras para a supervisão bancária.


- Estabelecer metas sociais e não apenas controle da inflação.



Fonte: Contraf-CUT com Valor Econômico

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Mandato de seis anos para diretores do BC entra em pauta

Por Ribamar Oliveira | De Brasília
José Cruz/ABr - 13/4/2011 / José Cruz/ABr - 13/4/2011 
 
Dornelles: recondução de diretoria do Banco Central será limitada a uma vez
Depois de seis anos tramitando no Senado, o primeiro projeto de lei complementar que regulamenta a estrutura do Sistema Financeiro Nacional (STN) recebeu, finalmente, parecer favorável e entra agora na pauta de votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Se aprovado pelo Congresso, o projeto substituirá a Lei 4.595, de dezembro de 1964, que até hoje regula o funcionamento do sistema financeiro. O relator do projeto é o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que apresentou um substitutivo.
Dornelles propôs, em seu substitutivo, que o presidente e os diretores do Banco Central tenham mandatos de seis anos, podendo ser reconduzidos uma única vez. A demissão do presidente ou dos diretores do BC, pelo presidente da República, terá que ser devidamente justificada e previamente aprovada pelo Senado, em votação secreta.
A demissão só poderá ocorrer se houver descumprimento de metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) ou por gestão conducente a grave prejuízo à economia nacional. O presidente do BC ou os diretores também poderão ser substituídos em caso de renúncia, aposentadoria compulsória ou condenação judicial transitada em julgado.
Os primeiros diretores do BC a serem empossados após a entrada em vigor da lei terão mandatos de um a seis anos, escalonados, de acordo com o projeto. "Assim, haverá constante renovação da diretoria colegiada [do BC] e os mandatos não coincidirão com o do presidente da República, garantindo o objetivo de autonomia operacional da instituição", escreveu o senador do Rio de Janeiro em seu parecer.
Os objetivos principais do Banco Central serão, de acordo com o projeto, a estabilidade de preços e a solidez do sistema financeiro. Está prevista a criação de uma taxa de fiscalização que será recolhida, semestralmente, ao BC pelas instituições sob sua supervisão. Essa taxa será regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O BC será responsável pela execução das políticas monetária e cambial definidas pelo CMN e terá autonomia para escolher os instrumentos de execução dessas políticas.
De acordo com o projeto, caberá ao Conselho Monetário, além de estabelecer as metas das políticas monetária e cambial, regulamentar o controle do risco sistêmico sobre todo o sistema financeiro nacional, que abrange, além dos mercados financeiro e de capitais, os mercados de seguros, capitalização e previdência complementar.
Dornelles diz, em seu parecer, que uma das lições da atual crise financeira internacional é que a supervisão dos sistemas financeiros deve ser feita de forma a considerar os riscos gerados em todos os mercados, ou seja, deve considerar as possibilidades de difusão de risco de um mercado para outro. "A experiência demonstrou que a segregação regulatória entre mercados não é a melhor forma de gerir riscos quando há grande interdependência entre eles", explicou. "É necessário, assim, que haja uma centralização na tarefa de controle do risco no sistema financeiro na sua conceituação mais ampla, que vai além dos limites do mercado financeiro". A proposta prevê que caberá ao BC o monitoramento, a prevenção e o controle do risco sistêmico.
Uma instituição financeira passa a ser a pessoa jurídica cuja atividade principal seja o empréstimo remunerado de recursos monetários captados de terceiros, de acordo com o projeto. Foram classificadas também como instituição financeira as empresas atuantes no mercado de cartões de crédito e de débito, por terem papel relevante tanto na concessão de crédito quanto no sistema de pagamentos. As empresas que atuam na captação de poupança popular, mas que não se enquadram estritamente na definição de instituição financeira, como administradora de consórcio, por exemplo, terão organização e funcionamento regulamentados pelo CMN.
O projeto é de autoria do ex-senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), mas foi bastante modificado por Dornelles, que preferiu um texto mais conciso. O projeto original previa, por exemplo, que o Conselho Monetário Nacional teria participação dos presidentes da comissões econômicas da Câmara e do Senado, sem direito a voto. Isto foi suprimido.
Questionado ontem pelo senador Dornelles sobre o projeto que regulamenta o sistema financeiro, durante audiência pública na CAE, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que está à disposição para contribuir no debate "trazendo um pouco da experiência internacional".

terça-feira, 2 de abril de 2013

Amar os bancos

Por Luiz Gonzaga Belluzzo
Daniel Acker/Bloomberg 
 
Amar os bancos
"Amar os bancos, odiar os banqueiros" é o título do artigo do economista Raghuram Rajan publicado ontem no Valor. Rajan inscreveu seu nome entre os poucos que soaram com antecedência os alarmes da crise. Em 2005, ele apresentou em uma conferência em Jackson Hole o texto "Has Financial Development Made the World Riskier?". Foi açoitado por invectivas e desqualificações, isto é, pelos métodos mais utilizados nos debates contemporâneos, cuide-se de temas econômicos, esportivos, sociais ou políticos. Entre os críticos mais ferozes de suas advertências figurava o expoente dos saberes econômicos Lawrence Summers.
No artigo de ontem, Rajan trata das posições radicalizadas que se digladiam em torno da regulamentação das atividades dos bancos: 1) os críticos recomendam uma forte redução da alavancagem, especialmente no tocante à sustentação de ativos com empréstimos de curto prazo; 2) os banqueiros argumentam que ampliações adicionais na capitalização elevariam as taxas de juro e assim afetariam negativamente a atividade econômica.
A estabilidade da economia monetária depende das complexas relações entre os fundos coletivos administrados pelos comitês privados de avaliação do crédito e da riqueza mobiliária e a capacidade do Estado, mediante as decisões do Banco Central, de orientar as expectativas dos agentes privados empenhados na liça da acumulação de riqueza abstrata. Esses trabalhos do Estado são executados pela política monetária do Banco Central em conjunto com a gestão da dívida pública pelo Tesouro.
Os grandes conglomerados financeiros buscaram escapar das regras prudenciais
No regime de moeda denominada pelo Estado e emitida pelo sistema bancário, a estabilidade da economia não pode ser garantida, como imaginam os partidários da desregulamentação máxima pelos critérios privados, como o demonstra à saciedade a experiência histórica dos sistemas bancários desregulamentados e, na prática, desprovidos de autoridade central pública. A crise de 2007 desvelou as relações carnais entre o dinheiro, as finanças públicas e os mercados financeiros privados no capitalismo contemporâneo.
O moderno sistema de crédito - aí incluído o Banco Central - opera como o espaço em que se explicita a natureza ambígua do dinheiro na economia capitalista: bem público, ou seja, forma social da riqueza e objeto do enriquecimento privado. Os bancos (e, hoje, os demais intermediários financeiros que se abastecem nos mercados monetários) são provedores da infraestrutura do mercado, na medida em que definem as normas de acesso à liquidez, ao crédito e administram o sistema de pagamentos. Tais normas impõem constrangimentos às condições de produção e de concorrência das empresas. Gestores público-privados da forma geral da riqueza, os bancos cuidam de administrar o estado da liquidez e do crédito de acordo com a maior ou menor confiança na possibilidade das empresas e dos governos de controlarem seus balanços.
A propriedade, agora socializada pelo controle do capital líquido (pelos bancos e pela massa de poupadores), reclama a presença de um ente público capaz de garantir, em última instância, as condições monetárias adequadas à reprodução do capital. O Banco Central assume a função de coordenador das expectativas privadas que governam as decisões sobre a posse da riqueza.
O sistema bancário deve assumir as funções e administrar simultaneamente os dois riscos inerentes à economia monetária, o de liquidez e o de pagamento. O sistema bancário, incluído o Banco Central, deve respeitar as regras "convencionadas" que o obrigam a funcionar como redutor de riscos e de incerteza e como gestor dos limites impostos aos produtores e detentores privados de riqueza, enquanto candidatos a acumular riqueza universal.
Por isso, num regime de moeda fiduciária, a prerrogativa de criação de moeda pelos bancos privados está subordinada às regras de capitalização impostas pelas autoridades reguladoras. As exigências de garantias para a "criação" das moedas bancárias de emissão "privada" (mas de aceitação geral) revela o duplo caráter dos bancos na economia capitalista: 1) empresas privadas que visam maximizar a rentabilidade de seu capital num ambiente de concorrência; e 2) instituições responsáveis pela gestão da moeda e do sistema de pagamentos.
Nos anos 2000, no rastro da desregulamentação, a dívida intrafinanceira como proporção do PIB americano cresceu mais rapidamente do que o endividamento das famílias e das empresas. A "endogeinização" da criação monetária mediante a expansão do crédito chegou à perfeição em suas relações com o crescimento do estoque de quase-moedas abrigado nos "money markets" funds. Esses fenômenos correspondem ao "controle privado da riqueza social", fenômeno que se realiza no movimento de expansão do sistema capitalista.
Eliminada a separação de funções entre os bancos comerciais, de investimento, seguradoras e associações encarregadas dos empréstimos hipotecários, os grandes conglomerados financeiros buscaram escapar das regras prudenciais, promovendo o processo de originar e distribuir, impulsionando a securitização dos créditos e a alavancagem das posições financiada nos mercados monetários.
Luiz Gonzaga Belluzzo - ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda é professor titular do Instituto de Economia da Unicamp e escreve mensalmente às terças-feiras. Em 2001, foi incluído entre os 100 maiores economistas heterodoxos do século XX no Biographical Dictionary of Dissenting Economists.

sábado, 9 de março de 2013


06/03/2013

Contraf-CUT denuncia abusos da gestão do BB ao governo e cobra negociação


Crédito: Augusto Coelho

Augusto Coelho












Bancários foram recebidos na Secretaria-Geral da Presidência da República

A Contraf-CUT, federações e sindicatos foram recebidos, no início da tarde desta quarta-feira (6), em audiência na Secretaria-Geral da Presidência da República, onde denunciaram a política de desvalorização da remuneração baixada de forma unilateral pela direção do Banco do Brasil com a implantação do novo plano de funções comissionadas.

O encontro ocorreu logo após a reunião dos dirigentes sindicais na parte da manhã com o Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest), no Ministério do Planejamento, e um dia depois da comitiva liderada pela Contraf-CUT ter feito a mesma denúncia na Câmara dos Deputados.

Clique
aqui para ler o material entregue ao governo e parlamentares.

O assessor especial do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopez Feijóo, ouviu os representantes dos bancários, prometeu apurar todas as denúncias e fazer os devidos encaminhamentos.

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, destacou que as entidades sindicais estão promovendo uma campanha pela valorização do funcionalismo do BB. "O banco tem adotado uma série de políticas arbitrárias, sem qualquer negociação com o movimento sindical, como ocorreu na implantação do plano de funções. Queremos abrir um processo de negociações, a fim de apontar os problemas existentes e buscar reverter os entraves", disse.

"Mostramos ao governo que o novo plano traz prejuízos aos funcionários e aumenta gravemente o risco de aumentar o passivo trabalhista do BB, uma vez que o banco impôs mudanças que lesam direitos dos trabalhadores", salientou o secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, William Mendes.

Campanha de mobilização

A audiência com Feijóo integrou o calendário da campanha definida no Comando Nacional dos Bancários. Novas reuniões estão sendo agendadas com autoridades e representantes do governo federal, além da continuidade às visitas aos parlamentares.

"Temos que divulgar a postura com que a atual gestão do BB tem agido com os funcionários da empresa. Estamos preocupados com as condições de trabalho dos bancários, mas também com o patrimônio público que é o BB. A maneira como foi implementado o novo plano de funções trará sérios prejuízos ao povo brasileiro com um passivo trabalhista enorme em relação às 7ª e 8ª horas, além da insatisfação do funcionalismo já provocada", alerta o diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo.

Além das denúncias sobre a forma abusiva de implantação do plano de funções, os dirigentes sindicais ressaltaram vários outros problemas causados pela atual gestão no BB. A terceirização e demissão imotivada foram apontados como inadmissíveis.

Também participaram do encontro a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, e o diretor da Contraf-CUT, José Ricardo Sasseron.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília
09/03/2013

Chapa 1 - CUT Bancários vence eleições do Sindicato de Brasília

 
 










Vitória da democracia, da participação dos bancários e da unidade nacional

Com exatos 5.585 votos (56,39% dos votos válidos), a Chapa 1 - CUT Bancários - Autonomia e Ousadia com Responsabilidade, encabeçada por Eduardo Araújo, venceu a eleição que escolheu a nova diretoria do Sindicato para o triênio 2013-2016. A Chapa 2 obteve 6,67% dos votos e a Chapa 3, 36,94%.

Foram três dias de votação, que terminou nesta sexta-feira (8). A apuração teve início à 00h40 deste sábado (9) e terminou às 6h da manhã do mesmo dia, no ginásio de esportes da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcef-DF). Participaram do pleito 10.119 associados, numa lição de exercício de cidadania e democracia.

Logo após o anúncio do resultado, o novo presidente eleito do Sindicato, Eduardo Araújo, que foi diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, agradeceu a confiança depositada pelos bancários, reforçou o seu compromisso com a categoria e destacou a importância da unidade.

"Fizemos uma campanha propositiva. Agradeço a confiança dos trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro de Brasília, que reconheceram a nossa história de luta no movimento sindical. Os desafios são grandes, mas estamos totalmente comprometidos com a categoria. Vamos planejar e organizar as campanhas para ampliar as conquistas, sempre na defesa dos direitos de todos os trabalhadores e contando com o apoio dos sindicatos de todo o país", destacou Araújo.

Venceram a democracia, a unidade nacional e a autonomia

Presentes na apuração, dirigentes do movimento sindical de todo o país parabenizaram a Chapa 1 pela vitória. "Felicito o companheiro Eduardo Araújo e todos os integrantes da Chapa 1 pelo resultado. Também parabenizo o companheiro Rodrigo Britto (atual presidente do Sindicato) por conduzir a vitória da Chapa 1 e pelo êxito que vem obtendo à frente da Central Única dos Trabalhadores de Brasília. Estaremos ao lado dos companheiros Eduardo Araújo e Rodrigo Britto em todas as lutas em defesa dos trabalhadores do ramo financeiro", afirmou o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, ao lembrar que o Sindicato de Brasília é um dos mais importantes do território nacional.

Jacy Afonso, ex-presidente do Sindicato e secretário de Organização da CUT Nacional, falou sobre o processo de renovação da diretoria do Sindicato. "Desde 2004, a renovação contínua transformou a diretoria da entidade numa seleção, com os melhores representantes", frisou. "A vitória da Chapa 1 significa que os bancários de Brasília querem a continuação de um sindicato classista, com autonomia e ousadia", acrescentou.

Ao congratular os integrantes da Chapa 1 pela vitória, o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, destacou que o resultado da eleição é fundamental para a unidade nacional da categoria. "O êxito da Chapa 1 é fruto de um trabalho que é feito há anos pelos companheiros de Brasília e que vem enriquecendo a nossa Convenção Coletiva Nacional, que completou 20 anos no ano passado, com a ampliação das conquistas para todos os bancários", destacou.

"A vitória da Chapa 1 é a garantia da participação de todos os bancários e bancárias nas decisões que envolvem a categoria, representando, desta forma, o reconhecimento dos trabalhadores e o fortalecimento do processo democrático do Sindicato, que é um dos mais importantes de todo Brasil", concluiu Carlos Cordeiro.

Presidente da CUT Brasília e atual presidente do Sindicato de Brasília, Rodrigo Britto parabenizou a Chapa 1 pela vitória. "A classe trabalhadora saiu vitoriosa com o êxito da Chapa 1 no pleito da eleição para a diretoria do Sindicato, pois esses dirigentes sindicais são forjados na luta e fiéis aos princípios de autonomia, independência, democracia e solidariedade de classe da CUT. Parabéns à Chapa 1. Somos fortes, Somos Chapa 1, Somos CUT".

Homenagem

Pouco antes do início da apuração, os bancários fizeram uma homenagem ao diretor do Sindicato, Márcio Antônio Teixeira, falecido no último dia 21 de fevereiro, durante atividade sindical na região administrativa de Ceilândia.

Em coro, os trabalhadores gritaram: "Márcio, presente!", enquanto soltavam balões vermelhos personalizados com o rosto do dirigente sindical, que era funcionário do Bradesco e dedicou grande parte da sua vida à luta dos trabalhadores. Um grande banner com a foto de Márcio foi exposto no ginásio da Apcef.

Confira a composição da diretoria eleita do Sindicato para o triênio 2013/2016:

Executiva

Presidência - Eduardo Araújo de Souza (BB)
Secretaria-Geral - Maria Aparecida Sousa - Cida (BRB)
Secretaria de Finanças - Wandeir Souza Severo (Caixa)
Secretaria de Administração - Rosane Maria Goncalves Alaby (Santander)
Secretaria de Imprensa - Talita Régia da Silva (Cooperforte)
Secretaria de Assuntos Jurídicos - Wescly Mendes de Queiroz (BB)
Secretaria de Formação Sindical - Antonio Abdan Teixeira Silva (Caixa)
Secretaria de Política Sindical - José Garcia de Sousa Rocha (Bradesco)
Secretaria Social e Cultural - Sandro Silva Oliveira (Itaú)
Secretaria de Relações com a Comunidade - Saulo Rodrigues dos Santos (BB)
Secretaria de Comunicação e Divulgação - Jeferson Gustavo Pinheiro Meira (BB)
Secretaria de Assuntos Parlamentares - Louraci Morais dos Santos (Itaú)
Secretaria de Estudos Socioeconômicos - Cristiano Alencar Severo (BRB)
Secretaria de Saúde e Condições de Trabalho - Wadson Francisco dos S. Boaventura (BB)

Conselho Fiscal

Conselheiro Fiscal Efetivo - Antonio Eustáquio Ribeiro (BRB)
Conselheira Fiscal Efetivo - Cinthia Damasceno Reis (BB)
Conselheiro Fiscal Efetivo - Edmilson Wanderley Lacerda (Itaú)

Conselheira Fiscal Suplente - Fabiana Uehara Proscholdt (Caixa)
Conselheiro Fiscal Suplente - José Herculano do Nasc. Neto - Bala (Caixa)
Conselheira Fiscal Suplente - Larissa Cristina Ribeiro Lopes (BV Financeira)

Diretoria

Adilson Antonio de Sousa (Caixa)
Alfredo Núncio da Silva Sol (BRB)
Daniel de Oliveira (BRB)
Fátima Suzana Marsaro (BB)
Helenilda Ribeiro Cândido (Caixa)
Jaqueline Perroud do Sacramento (BB)
Karina Gomes Sena (BB)
Kleytton Guimarães Morais (BB)
Lilian Julia Pires (BRB)
Maria Mônica Holanda Oliveira (BB)
Mariana Marques Goncalves Ferreira - Dara (Caixa)
Marianna Coelho de Almeida Akutsu Lopes (BB)
Paulo Wilson de Araújo (Caixa)
Peterson Gomes de Miranda (BB)
Rafael Zanon Guerra de Araújo (BB)
Rafaella Gomes Freitas (Caixa)
Raimundo Dantas de Lima (HSBC)
Renato Shalders (Caixa)
Roberto Alves de Sousa (Itaú)
Ronaldo Lustosa da Rocha (BRB)
Sérgio Henrique Oliveira Silva (Caixa)
Teresa Cristina Mata Pujals (BB)
Vanessa Sobreira Pereira (Caixa)
Vicente de Paula Mota Frazão - Piqui (HSBC)


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

terça-feira, 5 de março de 2013

Banrisulenses, todo mundo de preto dia 7 (quinta-feira) para lutar pelo Plano de Carreira
 
 
Ter, 05 de Março de 2013 15:04

O discurso de eficiência da direção do Banrisul, na divulgação do balanço anual do banco, mostra que não vamos ter outra alternativa a não ser nos mobilizarmos para garantir que nosso Plano de Carreira seja implantado. Mas essa conquista histórica que há tanto tempo exige de nós que sejamos incansáveis, não sairá de graça. Nós, os banrisulenses, temos que ter unidade e muita disposição para a luta.

Por isso, no dia 7 de março, a próxima quinta-feira, vamos dar mais uma demonstração de que somos muito fortes unidos no nosso Dia Nacional de Luta pelo Plano de Carreira. Vamos vestir preto. Vá trabalhar em sua agência todo de preto. Não há outro modo de enfrentar o poder do canetaço da direção do Banrisul que não com a nossa unidade, a nossa disposição para a luta e a nossa mobilização.

Já mostramos, no dia 22 de fevereiro, quando fechamos a Caldas Junior, rua em frente à DG, que não vamos ficar esperando que a caneta da direção garanta nossos direitos. Nesta quinta-feira, vamos mostrar mais uma vez que não estamos para brincadeira. O Banrisul terá que apresentar, no dia 31 de março, um Plano de Carreira decente que combata o assédio moral, a pressão por metas abusivas e amplie os direitos dos banrisulenses.

Todo Mundo de Preto no Banrisul | Quinta-feira, 7/3

Calendário de lutas do Banrisul

7 de março: Todos de Preto no Dia Nacional de Luta pelo Plano de Carreira.
23 de março: Assembleia Nacional dos Banrisulenses em Porto Alegre.




31 de março: Conclusão do Plano de Carreira negociado no GT Carreiras e proposta de calendário de implementação.

Fonte: Imprensa SindBancários

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

20/02/2013

MPT entra com ação contra Santander para reintegrar demitidos em dezembro

 
Crédito: Guina - Contraf-CUT
Guina - Contraf-CUT  












Contraf-CUT, federações e sindicatos, na 3ª audiência de mediação no MPT

O Ministério Público do Trabalho (MPT), por intermédio da procuradora Ana Cristina Tostes Ribeiro, ingressou com Ação Civil Pública (ACP) contra o Santander, em Brasília, requerendo a nulidade de todas as demissões sem justa causa ocorridas em dezembro de 2012 e a reintegração desses demitidos, com exceção daqueles que foram abrangidos pelos acordos coletivos assinados entre o banco e alguns sindicatos.

O MPT requereu, ainda, a concessão de tutela antecipada para que o Santander seja condenado a abster-se de realizar demissões coletivas ou em massa sem que haja prévia negociação com as entidades sindicais representantes dos trabalhadores. A ACP foi distribuída para a 14ª Vara do Trabalho.

A juíza Laura Morais Ramos proferiu despacho no último dia 4, onde não concedeu a liminar solicitada pelo MPT, mas marcou audiência para o próximo dia 4 de março, às 14h27, entre as partes. A ação possui o nº 0000132-60.2013.5.10.0014.

O ajuizamento da ACP ocorreu após a Contraf-CUT ter interposto uma representação junto ao MPT, em Brasília, tendo em vista ter o Santander promovido as demissões coletivas. A procuradora realizou quatro audiências de mediação (12 de dezembro e 9, 17 e 23 de janeiro).

As últimas duas foram abertas à participação de sindicatos e federações de todo país. Nas reuniões, o MPT determinou ao Santander a entrega da lista de 1.280 demitidos em todo país e o acesso pela primeira vez aos dados do Caged de 2011 e 2012.

Na penúltima audiência, a procuradora do MPT requereu também informações ao Santander sobre os tipos dos desligamentos em 2012, possibilitando que o Dieese elaborasse um estudo sobre as demissões sem justa causa em cada mês. O levantamento foi apresentado pela Contraf-CUT na última reunião, retirando a máscara das dispensas no banco.

"Enquanto a média de demissões sem justa causa era de 182 entre janeiro e novembro, o banco despediu 1.153 em dezembro, quase seis vezes mais, significando um crescimento de 533,5%, o que caracteriza demissões em massa", destaca o funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. Os números foram conferidos mês a mês e confirmados pelos advogados do banco.

O estudo do Dieese apontou também que a taxa de rotatividade do banco é maior que a média do setor bancário. Com base no Caged, a rotatividade (excluídas as transferências) do Santander foi de 11% entre janeiro e dezembro de 2012, sendo que a rotatividade do setor bancário de janeiro a novembro do ano passado foi de 7,6%.

Mais um passo na luta pelo emprego

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, avalia que a ação do MPT é mais um passo firme na luta dos bancários contra as demissões imotivadas e a política de rotatividade dos bancos. "O ajuizamento comprova que estávamos certos quando buscamos uma mediação no MPT, diante das demissões em massa, da ausência de negociação com o movimento sindical e da falta de transparência do Santander", afirma.

"Queremos negociar políticas de proteção ao emprego e valorização dos trabalhadores brasileiros, que contribuem com 26% do lucro mundial do banco espanhol", defende Carlos Cordeiro. "Não é admissível que, lá na Espanha, o banco negocie emprego com os sindicatos espanhóis, sem medidas traumáticas, enquanto aqui os bancários são tratados como se fossem de segunda categoria", compara.

Para o assessor jurídico da Contraf-CUT, Sávio Lobato, "a ação do MPT é muito importante, pois, a partir dos números do Caged e dos estudos do Dieese, configura a ocorrência de demissão coletiva em dezembro e reforça a jurisprudência dos tribunais pela necessidade de negociação prévia, a exemplo do que já acontece na Espanha".

"O Santander faz propaganda milionária dizendo que está investindo forte no Brasil. No entanto, o banco não faz a lição de casa, pois não investe no emprego, na medida em que, com as demissões em massa em dezembro, eliminou 975 postos de trabalho, andando na contramão do desenvolvimento econômico e social do país", conclui o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira.


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013




05/02/2013

Dilma acata proposta da Contraf-CUT de conferência sobre sistema financeiro


Crédito: Roberto Stuckert Filho/PR

Roberto Stuckert Filho/PR












Presidenta Dilma Rousseff recebe direção da CUT no Palácio do Planalto

Na reunião mantida nesta terça-feira 5 com a direção da CUT Nacional, no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff acatou a proposta da Contraf-CUT para a realização de uma conferência nacional sobre o sistema financeiro e sugeriu que seja ampliada para discutir também os direitos dos consumidores. Dilma ordenou ainda ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que receba o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, para discutir o processo de demissões e a reestruturação no sistema financeiro.

"A presidenta Dilma atendeu as duas demandas da Contraf-CUT", comemorou ao final do encontro o presidente da CUT, Vagner Freitas. "Na verdade, a conferência nacional para discutir o sistema financeiro nacional é uma iniciativa da Contraf, mas também foi encampada pela CUT no 11º Concut", acrescentou Vagner.

"A presidenta da República não só concordou com a proposta, como disse que vai trabalhar por ela e propôs ampliar a abrangência da conferência nacional. Além da discussão do papel dos bancos, da ampliação e do barateamento do crédito, a presidenta quer debater também na conferência os direitos dos consumidores, tanto no que diz respeito aos juros do cartão de crédito, do cheque especial e das tarifas, quanto em relação ao consumo das novas classes emergentes de todos os tipos de serviços, incluídos os dos celulares e telecomunicações em geral", detalhou o presidente da CUT.

Segundo Vagner, ex-presidente da Contraf-CUT, Dilma disse que as políticas econômicas e sociais do seu governo e do governo Lula ampliaram o poder de compra dos trabalhadores e de grande parte da população antes excluída. "Os serviços a que essa nova classe média passou a ter acesso são ainda muito caros e em geral estão acima dos padrões internacionais. Eles precisam não apenas ter as tarifas reduzidas, como proporcionar um melhor atendimento à população."

Audiência com o ministro da Fazenda

Vagner Freitas também cobrou da presidenta Dilma o pedido de audiência ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, feito em dezembro do ano passado (logo após as demissões em massa no Santander) e reiterado no último dia 10 de janeiro. "A presidenta mandou o ministro Mantega receber a Contraf-CUT para discutir as demandas dos bancários", informou o presidente da CUT.

Nas cartas enviadas a Mantega, a Contraf-CUT reforçou a necessidade de debater o emprego no setor bancário, ameaçado com a redução de postos de trabalho nos bancos privados.

A intenção é buscar medidas para garantir a proteção do emprego dos bancários e a defesa dos interesses da sociedade. "Não aceitamos pagar a conta da pequena redução de juros. Os bancos podem aumentar os lucros emprestando mais com juros e spread ainda menores. Queremos um sistema financeiro sólido e forte, que amplie o crédito e que trate o emprego como fator de desenvolvimento", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

"Todo início de ano é carregado de esperanças, porém, infelizmente, o dos bancários chegou com as preocupações do ano que se findou. Quais sejam: demissões em massa no Santander e anúncios de demissões também no Itaú e fechamento de agências do Citibank no Brasil", afirma a Contraf-CUT na correspondência.

"Através da grande imprensa, os bancos alegam que é necessário buscar maior eficiência, tendo em vista que seus lucros decresceram em função da queda de juros, medida do governo federal com a qual estamos totalmente de acordo. Porém, somos totalmente contra que esta busca pela eficiência dos bancos seja empreendida à custa de demissões em massa", alerta ainda a Contraf-CUT no ofício ao ministro da Fazenda.

Voz dos trabalhadores no G20

Vagner pediu ainda que a presidenta Dila ajudasse o movimento sindical a ter espaço e voz na próxima reunião de cúpula do G20, que acontece nos dias 5 e 6 de setembro, em São Petersburgo, na Rússia. Dilma disse que vai trabalhar para que uma delegação sindical internacional tenha direito de fala na próxima reunião do G20 e também para que os líderes sindicais sejam recebidos pelos chefes de Estado. Com a presidenta Dilma, a audiência já está garantida.

"A presidenta se comprometeu a ser a interlocutora do nosso pedido porque concorda que a crise financeira internacional não pode ser colocada como responsabilidade da classe trabalhadora", disse Vagner. Segundo ele, a CUT e a Confederação Sindical Internacional (CSI) vão escolher o grupo de dirigentes que vão participar dessas audiências.

Marcha das centrais sindicais

Vagner Freitas classificou de "muito proveitosa" a reunião com a presidenta Dilma, no Palácio do Planalto, na qual ela também se comprometeu a receber os presidentes das centrais sindicais durante a marcha do dia 6 de março, em Brasília.

"Isso nos dá a possibilidade de iniciarmos a discussão da pauta da classe trabalhadora, que inclui a jornada de 40 horas, o fim do fator previdenciário, o direito ao modelo de negociação salarial do setor público, a ratificação da Convenção 158 da OIT e a reforma agrária", afirma o presidente da CUT.

Além de Vagner, outros dois bancários da direção nacional da CUT participaram da reunião com a presidenta Dilma: Jacy Afonso e Expedito Solaney Pereira de Magalhães. Compareceram ainda o secetário-geral Sérgio Nobre, o secretário de Relações Internacionais João Felício, a vice-presidenta Carmen Foro, a secretária da Mulher Trabalhadora Rosane da Silva e o secretário de Finanças Quintino Severo.

(Atualizada às 10h10 de 6 de fevereiro)

Fonte: Contraf-CUT, com CUT


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

28/01/2013

BB mantém intransigência e reduz salários das funções comissionadas de 6h

 
Crédito: Jaílton Garcia
Jaílton Garcia  











Na reunião desta segunda-feira em São Paulo, BB apenas apresentou o plano unilateral para as entidades sindicais

Em nova rodada de discussões realizada nesta segunda-feira 28 em São Paulo com a Contraf-CUT, as federações e os sindicatos, o Banco do Brasil manteve a linha intransigente, apresentada na semana passada, de não negociar e implantar unilateralmente o novo plano de funções comissionadas de 6 horas, que envolvem a vida de milhares de trabalhadores.

Com o novo plano, o BB extinguiu neste domingo 27 todas as funções comissionadas de 8 horas - que amanheceram nesta segunda-feira com novas nomenclaturas e todos os comissionados que o banco entende estarem em função de confiança (FC) migrados unilateralmente. Já o público-alvo das funções gratificadas (FG) tem a opção de migrar para as novas funções de 6 horas, com redução de salários, ou ficar em suas funções de 8 horas em extinção.

"O plano é uma decepção porque o banco reduz salário de milhares de funcionários comissionados, que já deveriam estar trabalhando 6 horas, e fez uma manobra interna nas verbas remuneratórias de maneira a prejudicar os funcionários que migrarem. Quanto mais direitos conquistados o funcionário tiver, como por exemplo letras de mérito e antiguidade, maior pode ser o prejuízo", critica William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Segundo William, o banco está reduzindo de forma diferenciada os pisos de funções (VRs) e os valores das gratificações de funções, de maneira a prejudicar os funcionários com maior tempo de dedicação à empresa. "Quanto mais tempo de banco, maior a perda líquida de salário ao aderir às novas funções de 6 horas com redução de salário", afirma o dirigente sindical.

Orientações das entidades sindicais

A Contraf-CUT e a Comissão de Empresa orientam as entidades sindicais a realizarem reuniões e plenárias com os trabalhadores para dar informações e orientações jurídicas e políticas, bem como para recolher informações dos bancários para que, juntos, bancários e sindicatos, possam embasar a tomada de decisões por parte dos funcionários.

A Contraf-CUT e as entidades sindicais reafirmam a orientação da semana passada para que os bancários mantenham a calma e não tenham pressa em assinar nada até as plenárias - tanto no caso dos migrados compulsoriamente nas funções de confiança (8h) como o público-alvo das funções gratificadas (FG) com redução de salário (6h) -, uma vez que terão o tempo que acharem necessário para migrar ou não, de acordo com a avaliação de cada um.

As entidades sindicais seguirão à disposição dos bancários durante todo o período de implantação do novo plano de funções do banco, tanto para defendê-los com atividades sindicais, bem como com ações judiciais e também para buscar acordos individuais e extrajudiciais nas CCV.


Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013



Porto Alegre – RS – Janeiro/Fevereiro 2013

Eleições na Federação dos Bancários

CONSTRUINDO A UNIDADE

Está aberto o processo eleitoral à Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS). O Congresso Estadual da Federação será realizado nos dias 05, 06 e 07 de abril de 2013, no município de Imbé/RS; tendo um temário que compreenderá o Plano de Lutas e Ação Sindical da entidade; aprofundará e debaterá as Políticas Permanentes sobre Saúde, Gênero, Raça, Formação, Comunicação, Jurídico, Segurança Bancária, Aposentados; bem como a organização do movimento sindical bancário; além de eleger a nova direção da entidade.

Participam do Congresso os delegados e as delegadas eleitos democraticamente em assembleias da categoria, que deverão ocorrer entre os dias 18 a 22 de março, de acordo com cada sindicato.

Você, que é sindicalizado, é quem vai decidir os rumos de nossa federação, uma entidade de segundo grau, responsável pela luta e defesa de nossa categoria em âmbito estadual.

Nós, da Articulação Bancária, que participamos ativamente da atual direção do Sindicato junto com outros grupos de bancários, queremos construir uma delegação comprometida com o fortalecimento da Federação, com programa e unidade de ação, para fazermos uma gestão combativa, com autonomia e independência, a fim de ampliarmos ainda mais as conquistas dos bancários e da classe trabalhadora.

A participação da categoria nesse processo é fundamental, por isso vamos construir uma delegação representativa de todos os bancários, com a presença de funcionários de bancos públicos e privados.
PARTICIPE!!!
Blog da ArtBan: http:/bancariostche.blogspot.com