quinta-feira, 10 de maio de 2012

10/05/2012

Conflito entre governo e bancos reforça conferência do sistema financeiro

 
Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT

Jailton Garcia - Contraf-CUT A disputa entre o governo federal e os bancos privados pela redução dos juros e do spread bancário teve um novo capítulo nesta semana, com declarações fortes de ambos os lados. O estopim foi uma nota emitida na segunda-feira (7) pelo economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, que questionou o potencial efeito dos juros mais baixos para aumentar a oferta de crédito.

"Você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber água. É possível criar condições mais favoráveis à expansão do crédito reduzindo as taxas básicas, mas uma ampliação efetiva das operações passa por uma postura mais agressiva, tanto dos emprestadores como dos tomadores de crédito, que por sua vez depende de expectativas econômicas mais otimistas", escreveu Sardenberg.


Redução dos juros e do spread


A presidenta Dilma Rousseff viu a nota como um ataque à política do governo e exigiu uma retratação dos bancos. Interlocutores da presidenta teriam retrucado com a seguinte frase: "Você não pode obrigar um cavalo a beber água, mas ele também pode morrer de sede".


O recuo da Febraban veio no início da noite de terça-feira (8), com nota oficial dizendo que o texto de Sardenberg não pode ser interpretado "como posicionamento oficial da entidade ou de seus associados".


Também buscando apagar o mal-estar causado pela nota de Sardenberg, os presidentes do Itaú, Roberto Setúbal, e do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, deram declarações de apoio à política do governo e afirmaram que realizarão novos cortes de juros em breve.


Desde o início da ofensiva do governo pela redução dos juros, atendendo uma antiga reivindicação do movimento sindical, os bancos privados têm se mostrado resistentes. Até agora, realizaram apenas um corte nas taxas de algumas linhas de crédito e sem transparência. Enquanto isso, Banco do Brasil e Caixa já realizaram três cortes nos juros, com maior abrangência. Mas ainda existe muito espaço para baixar o alto custo do crédito no Brasil.


Dilma já havia feito um ataque frontal aos bancos em seu discurso aos trabalhadores, em comemoração ao 1º de maio. "É inadmissível que o Brasil, que tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com os juros mais altos do mundo", criticou.


Ela lembrou a sequência de cortes promovidos desde agosto do ano passado na taxa Selic, que está atualmente em 9% ao ano. "Os bancos não podem continuar cobrando os mesmo juros para empresas e para o consumidor, enquanto a taxa básica Selic cai, a economia se mantém estável, e a maioria esmagadora dos brasileiros honra com presteza e honestidade os seus compromissos", disse. "O setor financeiro, portanto, não tem como explicar essa lógica perversa aos brasileiros. A Selic baixa, a inflação permanece estável, mas os juros do cheque especial, das prestações ou do cartão de credito não diminuem."


Portabilidade


O próximo passo do governo é combater a burocracia imposta pelos bancos para a migração de dívidas de uma instituição para outra - a chamada portabilidade. A medida visa aumentar a concorrência entre os bancos e forçar a queda dos juros ao consumidor final.


Permitida desde 2006, a transferência é dificultada pelos bancos para não perder clientes. O governo quer que o cliente resolva tudo com o banco para o qual deseja migrar sua dívida, a exemplo do que ocorre na telefonia. Caberia a esse banco tomar as providências para completar o processo de transferência da dívida, na forma on-line. Hoje, o cliente tem de ir pessoalmente às duas instituições para negociar a portabilidade, o que desestimula o refinanciamento de dívidas.


Conferência Nacional do Sistema Financeiro


Para a Contraf-CUT, a postura de enfrentamento do governo federal pela queda dos spreads, bem como a trajetória de queda da taxa Selic, colocam o Brasil em um momento importantíssimo. A ampliação da oferta e o barateamento do crédito estão entre os principais desafios para o desenvolvimento econômico e social do país, com investimento produtivo, geração de empregos e distribuição de renda. No entanto, a grande maioria da sociedade brasileira continua fora do debate.


"Esse momento torna ainda mais importante a convocação de uma conferência nacional sobre o sistema financeiro, nos moldes de outros encontros temáticos já realizados sobre saúde, educação, segurança pública e comunicação, como forma de envolver a sociedade no debate sobre o banco que temos e o que queremos", defende Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.


"A queda da taxa de juros básicos e dos juros ao consumidor são fundamentais, mas há ainda outros pontos a discutir, como a regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal, que trata do sistema financeiro. É uma discussão necessária para que os bancos públicos e privados venham a atender os interesses da sociedade brasileira", completa.


A mobilização dos bancários para a convocação da conferência do sistema financeiro será um dos temas centrais da reunião da Diretoria Executiva da Contraf-CUT, que ocorrerá na próxima terça-feira, dia 15, em São Paulo. "Vamos aprofundar o discussão e definir encaminhamentos, a partir das resoluções do 3º Congresso da Contraf-CUT, a fim de ampliar o movimento visando dialogar com a sociedade para fazer acontecer esse grande debate nacional sobre o papel e a contribuição dos bancos para o desenvolvimento do país", conclui Cordeiro.


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 9 de maio de 2012

08/05/2012

Contraf chama mobilização contra abertura de agências da Caixa neste sábado

 
A Caixa Econômica Federal comunicou a Contraf-CUT, na última sexta-feira (4), que manterá decisão de abrir as 500 principais agências em todo o Brasil neste sábado (12). O banco decidiu manter a decisão, mesmo após a Contraf-CUT ter questionado o anúncio da abertura. "Esta é uma decisão ilegal e inadmissível. Não vamos ficar quietos", afirma Plínio Pavão, diretor da Contraf-CUT.

No mesmo dia do anúncio, o Comando Nacional dos Bancários, reunido na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, repudiou a iniciativa da Caixa e orientou os sindicatos de todo o país a denunciar a medida junto às Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) e demais órgãos competentes.


A Contraf-CUT já tinha se reunido no dia 26 de abril com o diretor de Recursos Humanos da Caixa, Nelson Antônio de Souza, em Brasília, quando manifestou posição contrária à abertura das agências. Na ocasião, a Caixa alegou que, com a política de redução dos juros, a abertura nesse dia seria mais uma oportunidade para a sociedade conhecer a nova política de crédito da instituição e receber orientações sobre aplicações financeiras.


Apesar de o movimento sindical apoiar a queda dos juros, a abertura de agências da Caixa num sábado não se justifica. "Se o banco entende que os empregados atuais não são suficientes para dar conta das demandas criadas pela redução das taxas de juros, deve contratar novos trabalhadores, e não aumentar a sobrecarga de trabalho, piorando o atendimento aos clientes", defende o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.


A medida da Caixa parece estar mais para uma ação de marketing do que para uma prestação de serviços à sociedade. "Não vemos necessidade. Temos a preocupação de que a estratégia se repita. É uma questão que precisamos combater", conclui Plínio.


Desta forma, a Contraf-CUT chama mobilização nacional dos sindicatos para combater essa ofensiva da Caixa que agride o direito ao descanso dos bancários.


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 8 de maio de 2012

03/05/2012

BC volta a favorecer bancos e flexibiliza regras para postos de atendimento

 
O Banco Central (BC) deu mais uma demonstração de seu papel de "sindicato dos bancos" no último dia 26 de abril, quando anunciou a flexibilização das exigências para abertura de postos de atendimento bancário. Após ampliar a atuação dos correspondentes bancários no ano passado, a nova medida permite aos bancos a diminuição de seus custos sem garantir a melhoria do atendimento à população e das condições de trabalho dos bancários.

A resolução aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) acaba com os limites para a instalação de dependências bancárias. Assim, os bancos passarão a instalar postos de atendimento de acordo com sua conveniência, sem a necessidade de obedecer a restrições sobre o tipo de cliente atendido e os serviços oferecidos. Pelos critérios anteriores, os postos de atendimento estavam classificados em diversas modalidades - como posto de atendimento eletrônico, de microcrédito e bancário (destinado apenas a funcionários de determinada empresa).


Pela nova regra, os serviços nos postos poderão ser livremente oferecidos. Os bancos poderão até montar postos exclusivos para serviços de conveniência, sem a realização de serviços financeiros, ou instalar postos mistos, com diversos tipos de atendimento. O CMN também permitiu aos bancos a instalação de postos de atendimento móveis, opção até agora permitida apenas às agências.


A norma mantém as agências bancárias como principal tipo de dependência das instituições financeiras, mas flexibiliza os serviços que elas precisam oferecer. As agências continuam a ter de dispor guichês de caixa e de atendimento presencial, mas não precisam fornecer todos os serviços exigidos de um banco comercial. Os bancos, no entanto, serão obrigados a divulgar em local visível todos os serviços oferecidos na dependência e, quando for o caso, informar onde podem ser encontrados os serviços não disponíveis.


"O BC mostra mais uma vez que está mais preocupado em assegurar as margens de lucro dos bancos, reduzindo os seus custos, do que em oferecer serviços de qualidade para a população", critica Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.


Para ele, a medida poderá levar ao aumento da precarização das condições de trabalho e do atendimento à população. "O que garante que gradativamente as agências bancárias não serão substituídas por esse tipo de novo canal de atendimento?", indaga o dirigente. "Essa nova modalidade de posto poderá inclusive frear a abertura de novas agências, o que vários bancos vinham fazendo", aponta.


"O papel do BC é de fiscalizador do sistema financeiro nacional, a partir de definições legais e da constituição federal, e não cabe à autarquia legislar em substituição ao Congresso Nacional, baixando normas sem qualquer debate com a sociedade", conclui o diretor da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT com Agência Brasil
02/05/2012

Contraf-CUT apoia Chapa 1 nas eleições da Funcef de 7 a 11 de maio

 
Candidatos com competência e experiência na luta em favor dos empregados

A Contraf-CUT manifesta total apoio à
Chapa 1 - Movimento pela Funcef, formada por empregados da Caixa Econômica Federal na ativa e aposentados. As eleições começam em todo país na próxima segunda-feira, dia 7, e terminam na sexta, 11.

Os participantes e assistidos escolherão um titular e um suplente para os Conselhos Deliberativo e Fiscal da Funcef.


Clique
aqui para acessar o site da Chapa 1.

Veja os candidatos da Chapa 1


Conselho Deliberativo - Antonio Luiz Fermino (titular)

Conselho Deliberativo - Marco Antonio de Oliveira Moita (suplente)

Conselho Fiscal - Regina Maria da Costa Brito Pereira (titular)

Conselho Fiscal - Francisco Vagner Dantas Leite (suplente)

Capacidade, experiência e luta


Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, não há dúvida de que a Chapa 1 é a mais preparada para participar da gestão da Funcef. "Os integrantes dessa chapa são pessoas capacitadas e experientes. Estou seguro de que farão um trabalho sério na gestão do fundo de pensão dos empregados da Caixa", afirma.


"São pessoas que ainda tem uma trajetória de luta em favor dos empregados da Caixa. A Funcef é estratégica, pois ela é que garante o futuro dos trabalhadores da empresa", salienta Plínio Pavão, empregado da Caixa e diretor da Contraf-CUT.


"É imporante que os empregados da ativa e aposentados participem da eleição, que decide o destino do patrimonio dos trabalhadores para garantir aposentadoria digna. A Chapa 1 representa as entidades do funcionalismo, tem experiência nas lutas coletivas e vai defender os interesses dos trabalhadores na Funcef", afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, órgão da Contraf-CUT que assessora as negociações com o banco.


Principais compromissos da Chapa 1


- Apenas empregados da Caixa em conselhos e na diretoria da Funcef

- Assessoramento: oferecer aos associados assessoramento ágil na solução de problemas junto a órgãos como a Receita Federal, o INSS, entre outros.
- Atitude proativa em relação às ações judiciais
- Defender CTVA como verba salarial
- Defesa do Fundo para Revisão de Benefícios
- Defesa dos associados do REG/Replan não-saldado
- Educação previdenciária
- Previdência Complementar e da Previdência Social.
- Fim ao voto de Minerva
- Fortalecer mobilização relativa ao contencioso jurídico
- Fortalecimento do Credinâmico
- Fortalecimento dos Comitês de Assessoramento Técnico
- Incorporação do pessoal da Prevhab
- Incorporação do REB pelo Novo Plano
- Informação ao associado
- Melhores benefícios: em debates nas instâncias decisórias da Fundação, sobre destinação de resultados, conferir prioridade à melhoria dos benefícios a todos os participantes de todos os planos.
- Todos na Funcef: propor e apoiar iniciativas que levem de forma clara e persistente aos empregados da Caixa as vantagens de se associarem à Funcef, para que todos se sintam motivados a aderir o quanto antes à Fundação.
- Transparência, segurança e qualidade aos investimentos

A Chapa 1 também se compromete a atuar em defesa dos participantes do REG/Replan não-saldado. "A defesa deve ser permanente. Vamos manter o combate a toda e qualquer discriminação aos participantes do REG/Replan não-saldado e vamos zelar pelo equilíbrio desse plano", ressalta o candidato a titular no Conselho Deliberativo, Antonio Luiz Fermino.


Quem pode votar


Poderão votar todos os participantes da Funcef: empregados da Caixa, aposentados, pensionistas, autopatrocinados e empregados da Fundação.


Como votar


Empregados da caixa (inclusive os que estiverem em gozo de férias e licença) votam pelo autoatendimento, opção 4.1 do SISRH, que pode ser acessado em qualquer unidade da Caixa. Devem selecionar Selecione a opção "Eleições Funcef 2012", seguir as orientações e fazer a sua escolha.


Os aposentados e pensionistas, autopatrocinados, afastados, cedidos e empregados da Funcef, poderão votar pelo site da Funcef (www. funcef.com.br), clicando no banner do processo eleitoral e seguindo as orientações, ou pelo telefone 0800 722 0158.


Nos dois casos, é preciso ter em mãos a senha de votação encaminhada pela Fundação à residência do participante.


Fonte: Chapa 1 - Movimento pela Funcef e Fenae