20/01/2012
Contraf-CUT negocia sobre bancos incorporados com BB nesta segunda
A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam o debate da mesa
específica com o BB nesta segunda-feira (23), em Brasília. Na pauta da
reunião estará a saúde e a previdência dos bancários egressos de bancos
incorporados pelo BB.
As entidades reivindicam que o BB possibilite o direito dos
trabalhadores oriundos do BESC, Nossa Caixa e BEP de se filiarem à Cassi
e à Previ. "O movimento sindical cobra a extensão desses direitos. O
banco não pode diferenciar seus funcionários. Todos os trabalhadores,
incorporados ao quadro do BB, devem ter o mesmo tratamento, com direitos
e benefícios iguais", afirma Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de
Empresa dos Funcionários do BB, órgão que assessora a Contraf-CUT nas
negociações com o banco.
Jornada de 6 horas para todos
Durante a retomada dos debates nas mesas temáticas, no último dia 23 de
novembro, as entidades sindicais encaminharam propostas relativas à
jornada de 6 horas e planos de carreira, além de buscar definir um
calendário de debates com encerramento até março de 2012. Na ocasião, o
banco se comprometeu em analisar as críticas e ponderações do movimento
sindical e apresentar uma solução ao menos parcial sobre jornada de 6
horas.
A Comissão de Empresa apresentou à direção do BB um relatório sobre as
ações judiciais movidas em todas as bases sindicais do país, requerendo o
pagamento das 7ª e 8ª horas, as de protesto de interrupção de
prescrição e as de cumprimento da jornada e seus impactos sobre o
passivo trabalhista do banco.
"Fizemos um relato histórico da conquista do direito à jornada especial e
as constantes tentativas de descumprimento da lei. Com dados sobre as
ações judiciais, expusemos os riscos que o banco sofre ao não resolver a
situação e apontamos a necessidade de não se fazer um novo plano de
comissões que apresente erros cometidos no passado. A luta pelo
cumprimento da jornada de 6 horas no BB avança para um novo estágio. O
movimento sindical já explicitou a reivindicação dos trabalhadores e
espera uma solução da empresa", ressalta Araújo.
Em setembro do ano passado, na Campanha Nacional dos Bancários, um
diretor do BB se comprometeu em resolver o problema da jornada de 6
horas por meio de um comunicado exibido no sistema interno de
comunicação do banco. Contudo, na mesa, o banco se recusava a negociar.
Depois das mobilizações ocorridas durante todo o ano de 2011 e com a
força da greve, o banco aceitou fazer o debate antes de tomar qualquer
decisão.
Em contato com a diretoria do BB, na última semana, a Contraf-CUT e o
banco concordaram que, em relação à jornada e PCR, não há mais
necessidade de discussões, mas sim de negociações de fato, uma vez que
as partes já estão esclarecidas sobre todas as reivindicações e as
considerações conceituais.
A Contraf-CUT continua aguardando o posicionamento da direção do BB em
relação à 7ª e 8ª horas. À época, o banco informou que estava concluindo
estudo sobre o tema. Até agora, nada foi apresentado ou decidido.
"É importante que o banco resolva essa questão o mais rápido possível. A
jornada de 6 horas é um direito que precisa ser cumprido pelo BB. Com o
apoio dos sindicatos, os bancários não desistirão de lutar por esse
direito que já foi conquistado", observa Araújo.
PCR
Os debates com o banco sobre o PCR ficaram em torno das questões como o
percentual de interstícios da carreira de antiguidade, a inclusão da
pontuação dos caixas e dos congelados (B-0) e a aceleração da progressão
na carreira de mérito com alteração no prazo de promoção de cada um dos
quatro grupos de pontuação.
A coordenação da Comissão de Empresa solicitou do BB dados detalhados
sobre as comissões praticadas e a quantidade de funcionários em cargos
de carreira no PCR para subsidiar o movimento sindical nos debates
futuros. "Esperamos que na negociação, em data ainda a ser agendada, o
banco apresente os dados detalhados para que possamos avançar nos
debates", destaca Eduardo Araújo.
A Contraf-CUT solicitou que os representantes do banco façam uma
apresentação o mais breve possível sobre o "Novo Sinergia" e as relações
com o Banco Postal.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília
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