quarta-feira, 3 de agosto de 2011

13ª CONFERÊNCIA NACIONAL - DEBATE SOBRE SEGURANÇA BANCÁRIA

A ARTICULAÇÃO BANCÁRIA de Porto Alegre esteve a frente nas discussões que envolveram o tema Segurança Bancária durante a 13ª Conferência Nacional. Conduzido  pelo companheiro Ademir Wiederkehr, Secretário de Comunicação da CONTRAF-CUT, no segundo dia da Conferência, o grupo que debateu Segurança Bancária estabeleceu uma grande pauta de reivindicações que deverão ser encaminhadas na Minuta que será proposta à FENABAN.

Para Ademir Wiederkehr, coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, as discussões no grupo de trabalho foram altamente qualificadas e serviram para atualizar por consenso a pauta de reivindicações. "A falta de segurança nos bancos é um tema que os bancários têm discutido há anos. Esse problema já deveria ter sido resolvido faz tempo, se não fosse o descaso dos bancos", comenta Ademir.
Entre os principais temas debatidos, a garantia e melhoria da assistência médica e também psicológica aos bancários e bancárias vitimados por assaltos em suas unidades deve ser um dos principais temas abordados na negociação com os bancos.

A instalação de equipamentos de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões também serão reivindicados junto às instituições financeiras. "Com lucros acima de R$ 12 bilhões somente no primeiro trimestre deste ano, os bancos têm recursos de sobra para colocar portas de segurança em todas as agências e antes do autoatendimento, além da implantação de mais câmeras de filmagem internas e externas e vidros blindados nas fachadas", diz Ademir.

Outra proposta é a obrigatoriedade da instalação das portas individualizadas de segurança antes do autoatendimento, com pequeno recuo em relação à calçada para colocação de um guarda-volumes para evitar qualquer constrangimento aos clientes. "Queremos segurança em todos os espaços das agências, começando pelo autoatendimento, onde ocorrem cerca de 31% das operações dos clientes", destaca o diretor da Contraf-CUT.

Outra reivindicação importante dos bancários é o adicional de risco de morte no valor equivalente a 30% da remuneração total que o trabalhador recebe no mês. "O problema da insegurança está tão assustador que agora não estamos mais reivindicando um adicional por risco de vida, mas sim por risco de morte", salienta Ademir.

Também contribuiu para os  debates o Presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura Santos. Ele destacou a importância da luta conjunta pela segurança. "Pesquisa nacional da CNTV e da Contraf-CUT revelou 838 ataques a bancos no primeiro semestre, sendo 537 arrombamentos e 301 assaltos, o que exige mobilização permanente dos vigilantes e bancários para mudar esta situação", afirma Boaventura.

Também foram destacadas algumas ações propostas pelo Coletivo de Segurança Bancária da CONTRAF, que já estão sendo adotadas para reduzir a incidência de furtos após operações realizadas por clientes, a famosa “saidinha de banco”, como a implantação de biombos entre a fila de espera e a bateria de caixas e a nova reivindicação de instalação de divisórias entre os caixas, inclusive os eletrônicos, para que os saques em dinheiro sejam feitos com privacidade. Outra proposta que deverá ser encaminhada é a da isenção das tarifas de transferência de recursos (TED, DOC e ordens de pagamento), o que reduziria a circulação de dinheiro, dificultando as ações dos assaltantes.

"Agora, vamos levar todas as propostas para a minuta e convercer os bancos da necessidade de melhorias n a Segurança Bancária. Além disso, como forma de pressão, o grupo de segurança vai propor ao Comando Nacional a realização de um Dia Nacional de Luta por mais segurança nos bancos durante o calendário de mobilização da Campanha Nacional, em parceria com a CNTV", finaliza Ademir.

Matéria: Grupo de Segurança Bancária – 13ª Conferência Nacional dos Bancários
Fonte: CONTRAF-CUT
Fotos: Jorge Lucas (Delegado da Conferência – RS)

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