terça-feira, 22 de março de 2011

DIRETORES DO MOVIMENTO SINDICAL DISCUTEM O ASSÉDIO MORAL NO BANCO DO BRASIL

O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre recebeu na manhã de quinta-feira, dia 17, a visita do negociador do Banco do Brasil, Sérgio Braga. Acompanhado do Gerente de Administração da Super RS, Jesus Nonoai e da nova Gerente Geral da GEPES, Célia Gomes Santos, os representantes do banco foram recebidos pelos diretores das entidades e representantes de sindicatos do Interior do Estado.

 O encontro partiu do BB, visando esclarecer o papel desenvolvido pela Ouvidoria e pelo Comitê de Ética, implantado no ano passado após a Campanha Salarial.

 No início do encontro, Sérgio fez uma explanação das atividades da Ouvidoria. "Recebemos a demanda, avaliamos e damos o encaminhamento aos problemas que se apresentam. É um processo que envolve a gestão de pessoas. A Ouvidoria interage e media os conflitos, se não conseguir resolver, encaminha para o Comitê de Ética", afirmou.

 O representante do BB disse ainda que o setor está sendo consolidado, e que tal estrutura requer crédito de confiança do funcionalismo e do meio sindical. "Estamos aqui no Sindicato para que vocês apontem os avanços e as carências, para que possamos fazer com que toda essa estrutura funcione", afirmou Sérgio.


Assédio moral e metas abusivas


Para o diretor de Comunicação do SindBancários, Flávio Pastoriz, o banco deveria informar os casos recebidos. Disse que a Ouvidoria e o Comitê de Ética são ferramentas para passar a eficiência e a credibilidade da gestão do banco. Os sindicatos e os Comitês podem ter acompanhamento das denúncias.


Pastoriz também destacou a situação de terror a que são submetidos os funcionários. "Há cobrança de metas das 7h às 23h, sem falar dos finais de semana. Isso não é apenas com os escriturários, mas com os gestores", relacionou.

 "Aonde vamos parar com tudo isso? Se não cumprem as metas, os funcionários são ameaçados de descomissionamento ou transferência para outra cidade. O banco deu um salto na prática do assédio e no desrespeito ao funcionalismo. O Comitê a e Ouvidoria são instrumentos importantes, mas as pessoas não acreditam na eficácia desses instrumentos", acrescentou Pastoriz.


Outro modelo de gestão é preciso

Na avaliação do diretor do SindBancários, Pedro Loss, o modelo de gestão do BB também piorou de uns tempos para cá. "Na regional de Porto Alegre, onde atuo, os colegas são ameaçados de perda de comissão ou mudança de cidade. O banco falha no modelo de gestão aos gestores. A gente quer melhores condições de trabalho, deseja bons resultados e um ambiente agradável. Muitos não denunciam porque lá na frente temem represálias. Somos parceiros e queremos ver as coisas acontecendo. Queremos que o banco dê lucro, mas com responsabilidade social interna", disse Loss.

 O diretor do Sindicato de Horizontina, Eloi Horst, o Melão, afirmou que o funcionalismo está doente. "O modelo de gestão está passando dos limites, provocando uma legião de infelizes."

Resposta do BB
Após ouvir as manifestações dos dirigentes, Sérgio Braga comentou algumas delas. Com relação à divulgação dos casos feitos à Ouvidoria, o representante do banco disse que a maioria é de processos internos. "O que interessa são as denúncias de desvios éticos profissionais, como o assédio moral e sexual. Esse é um problema do mundo contemporâneo do trabalho. Por isso questionamos até que ponto é interessante divulgar as denúncias". frisou.

Fonte: Sindbancários-Poa e Fetrafi-rs

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